quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Mortandade de peixes em área de hidrelétrica




Madeira Energia informa que retirada de peixes da ensecadeira tem autorização do Ibama.




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PORTO VELHO, RO – Milhares de peixes boiaram, mortos, no rio Madeira, a seis quilômetros da capital de Rondônia, após o início da construção da barragem da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, a primeira projetada para este Estado da Amazônia Ocidental Brasileira. É o primeiro acidente ecológico na fase inicial das obras do chamado Complexo Madeira. Quando concluídas, Santo Antônio e Jirau (sob embargo judicial, após ser transferida a área de sua construção) deverão produzir, juntas, seis mil megawatts de energia elétrica.



Acidente ecológico é o primeiro desafio aos construtores da primeira usina / TV RONDÔNIA

Estima-se em cerca de duas toneladas o total de peixes mortos. Nesta segunda-feira, uma equipe da TV Rondônia mostrou a área onde se se acumulam peixes de diversas espécies, entre os quais surubins, jaraquis, pirapitingas e pescadas. Elas morreram por falta de oxigenação da água, informam os biólogos.


Funcionários da Madeira Energia S/A (Mesa) improvisaram máscaras para entrar na área repleta de peixes. A fedentina e os urubus são obstáculos. Em nota, a Mesa informou que desde o início do mês de outubro vem atuando no lançamento de ensecadeiras entre a margem direita do rio Madeira e a Ilha do Presídio. “Nesse processo, são formados pequenos lagos, nos quais ficam confinados peixes que são continuamente retirados e devolvidos ao leito do rio”, assinala a empresa.


Área de construção da ensecadeira da Usina de Santo Antônio / JOSÉ CARLOS SÁ

“120 mil peixes resgatados”

Ainda de acordo com a nota, esse trabalho de resgate foi autorizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

É executado por uma equipe técnica da Universidade Federal de Rondônia contratada pela Mesa. “Ao longo destes últimos 70 dias, o procedimento de resgate tem sido realizado com sucesso, contabilizando-se cerca de 120 mil peixes resgatados", assinala a nota. "A ação de resgate de peixes está, neste momento, em sua fase final, quando, em geral, se concentram as espécies de pequeno porte”, acrescenta.


Apesar dos cuidados tomados pela empresa, sexta-feira passada ocorreu mortandade de peixes de pequeno porte. Uma equipe formada por 57 pessoas – biólogos, pescadores, operadores de máquinas e motoristas – acelera o trabalho de salvamento e devolução de peixes ao rio.

Eles estão usando bombas de esgotamento de água, bombas para recirculação, compressor de ar para aeração da água e barcos. Orientada pelo Ibama, a Mesa colocou em câmaras frias parte dos peixes sem condições de aguardar o resgate. Os biólogos verificarão as condições sanitárias desses peixes para doá-los a entidades filantrópicas cadastradas.


fonte:
http://www.agenciaamazonia.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=3096&Itemid=507

Desastre ambiental em Rondônia repercute no Brasil

“Peixes do rio Madeira estão morrendo de pirraça”, diz Ricardo Boechat. Empreiteira teve de usar pás-carregadeiras e caçambas para remover 10 toneladas de peixes apodrecidos

18/12/2008 - 17h08min - Atualizado em 18/12/2008 - 17h08min

Da redação do TUDORONDONIA

Porto Velho - O desastre ambiental no rio Madeira, em Rondônia, em que já morreram cerca de 10 toneladas de peixe devido a falta de oxigenação da água, em conseqüência das obras de construção da Usina de Santo Antônio, começa a chamar a atenção do Brasil. Nesta quinta-feira, o Jornal da Band repercutiu o assunto. O jornalista Ricardo Boechat, apresentador do telejornal, chegou a ironizar as explicações do consórcio que está construindo as obras.
“A empreiteira diz que está tomando todas as providências para evitar a situação, o que nos leva a concluir que os peixes estão morrendo de pirraça”, disse Ricardo Boechat.

Na quarta-feira o TUDORONDONIA apurou que a morte dos peixes continua ocorrendo no local onde está sendo construída a usina. A situação é tão dramática que chegou a alarmar até pescadores experientes contratados pelo Consócio para participarem do resgate.

Já se sabe que a morte das primeiras três toneladas de peixe ocorreu devido a um descuido, pois o resgate demorou a ocorrer.

Os urubus continuam se banqueteando no canteiro de obras, pois diversas espécies de pescado, inclusive consideradas nobres, como o surubim, continuam morrendo diariamente.

Um funcionário da empreiteira relatou que foram utilizadas pás-carregadeiras para remover os peixes mortos e transportá-los em várias caçambas até o local d eincineração. “A podridão no canteiro de obras impregna até nas nossas roupas, de maneira que quando entramos nos ônibus para voltar para casa estamos fedendo a peixe podre”, disse um o funcionário.

leia mais sobre o problema no link Tudo Rondônia

http://www.tudorondonia.com.br/ler.php?id=9552



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