domingo, 28 de dezembro de 2008

Tilápia é versátil e rica em proteína

Maria do Carmo/Folha Imagem

RACHEL BOTELHO
da Folha de S.Paulo

Após algumas horas no pesque-pague, a recompensa que deveria chegar à mesa parece castigo: a tilápia, peixe dos mais populares nesses locais onde se come o que se pesca, vem com um indefectível gosto de terra. "Esse peixe não come ração, filtra organismos e algas dos reservatórios e costuma ser magro, de tamanho inadequado, com gosto de barro. Até por isso a tilápia tem o nome queimado entre os consumidores", acredita Tito Lívio Capobianco Júnior, membro da AB-Tilápia (Associação Brasileira da Indústria de Processamento de Tilápia) e sócio da GeneSeas Aquacultura, empresa que cria e processa o pescado.

Segundo ele, a tilápia apropriada para consumo é aquela criada em cativeiro, onde recebe ração, é abatida com peso em torno de 800 gramas --que rende dois filés de cerca de 120 gramas-- e cortada de forma a eliminar todos os espinhos.

Com carne branca e de sabor suave, que pode ser utilizada para assar, grelhar ou cozinhar, trata-se do peixe cujo consumo mais cresce no mundo, principalmente nos Estados Unidos. No ano 2000, o país importou o equivalente a US$ 51 milhões de tilápia fresca; em 2005, foram US$ 162 milhões.

Para Yanic Bertini Anieri, gerente de exportação e marketing da Mar & Terra, empresa sediada em Mato Grosso do Sul que cria e comercializa cortes do peixe, a rusticidade é outro fator que contribui para sua disseminação, já que barateia os custos de produção. "E ainda tem o baixo teor de gordura, a presença de ômega 6 --um ácido graxo importante-- e um bom valor protéico."

De origem africana, as primeiras espécies de tilápia foram introduzidas no Brasil no início da década de 1950, época em que a piscicultura de subsistência retardou o avanço da produção. A partir do final dos anos 1960, o quadro começou a mudar com a introdução da tilápia nilótica, mais fácil de criar. A AB-Tilápia estima que em 2005 a produção nacional tenha sido de 130 mil toneladas, com destaque para os Estados do Ceará, Bahia, São Paulo e Paraná.

Em supermercados e restaurantes, é mais fácil encontrar o peixe com o nome de "saint peter" ou "saint pierre". "Este nome é padrão exportação, usado para diferenciar da tilápia pescada em açude, para a qual muitos torcem o nariz", afirma Capobianco.

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/comida/ult10005u368144.shtml

Aproveite e aprenda a fazer um canelone de Peixe foto acima

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/comida/ult10005u368147.shtml



sábado, 27 de dezembro de 2008

Tartaruga - mata mata


A Mata mata é uma tartaruga semi-aquática originária da América do Sul, que vive especificamente na região amazônica, sua carapaça, cabeça triangular e membros possuem uma ótima camuflagem, dando uma aparência similar a de folhas e pedras, possuí diversas franjas na cabeça muito similares a vermes, essas franjas foram responsáveis pela origem de seu nome científico Chelus fimbriatus, que em latim significa Tartaruga franjada ou ornamentada. Seu nariz é bem comprido e pontudo. Sua carapaça possuí 3 quilhas longitudinais, com uma coloração marrom escura ou clara, o plastrão é um pouco mais claro e mais colorido, com placas escuras e linhas claras nas separações das placas. Suas patas são extremamente fortes e largas e seus olhos são pequenos e muito sensíveis, proporcionado uma visão bem fraca. O pescoço é maior do que a coluna vertebral e apresenta uma franja lateral constituída de pequenas barbelas em cada lado. Nos indivíduos adultos, a cabeça, pescoço, bordas laterais e cauda possuem coloração marrom-acinzentada. Apresenta a carapaça com largura maior do que o comprimento. Vivem aproximadamente 35 anos e atigem um comprimento médio de 50 centímetros.

leia mais http://www.tartarugas.avph.com.br/matamata.htm

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Dicas de Manutenção do Motor de Popa - parte 1


Para que o seu braço não fique desta forma de tanta puxada cuide de seu motor antes e após a pescaria.

Dicas.


GASOLINA:

Como a maioria dos motores de popa de pequeno e médio porte são 2 tempos, devemos sempre usar a gasolina comum, pois a gasolina aditivada tem detergentes, e isto não combina bem com o Óleo Náutico 2 tempos (TCW3), que acaba não lubrificando o interior do motor de popa.
Sempre que você terminar de usar seu motor, deverá esgotá-lo, tirando a mangueira do tanque, e deixe ele funcionando até acabar toda a gasolina do carburador. E lembre-se a gasolina "temperada" com o óleo, deverá ser utilizada dentro de um mês, depois disso, descarte o combustível pois ele não serve mais para o consumo.

ÓLEO:
O óleo náutico (TCW3) é um dos componentes mais importantes, caso você esqueça de fazer a mistura, fatalmente seu motor irá fundir.
Se o seu motor é Zero, você terá que amaciá-lo, então a mistura é o seguinte, 25 litros de gasolina para 1 litro de óleo náutico (TCW3), agora se ele já estiver amaciado, então a mistura é de 50 litros de gasolina para 1 litro de óleo (TCW3).
Existem várias marcas de óleos (TCW3), escolha uma e daí para frente use sempre a mesma, isso vai aumentar a vida útil de suas velas de ignição e elas não carbonizaram tão rápido.

dicas de um ex-sofredor

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Consórcio de usina do rio Madeira é multado em R$ 7,7 milhões

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou crédito de R$ 6,1 bilhões para a construção da usina hidrelétrica Santo Antônio, no complexo do rio Madeira. Trata-se do maior financiamento já concedido para um único projeto na história do banco.
leia mais

Agora como essa multa vai ser paga?

Infelizmente não vamos saber do resultado.


Relembrando: 

E o desastre no Rio Paraíba do Sul alguém tem alguma notícia?

Esse e o nosso Certificado de Doutorado em Burrice.

SOFIA PINHEIRO
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A Superintendência do Ibama de Rondônia multou ontem a empresa Mesa (Madeira Energia S.A), responsável pela construção da hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira. A empresa terá que pagar R$ 7,7 milhões por conta da morte de 11 toneladas de peixes em decorrência da primeira etapa da construção da hidrelétrica. A empresa poderá recorrer.

O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) antecipou à Folha na semana passada que o governo aplicaria a multa. A Mesa é um consórcio formado por Odebrecht, Furnas, Andrade Gutierrez, Cemig e um fundo de participações criado pelo Santander e pelo Banif.

A legislação ambiental brasileira determina a pena de R$ 500 por quilo de espécime da fauna morto. No caso da Madeira Energia, que também terá que reparar a perda de 11 toneladas de peixes, a multa terá o acréscimo de 40% do valor por causa da gravidade do incidente ambiental. O Ibama reconhece que a construção de hidrelétricas costuma causar a morte de peixes, mas não nas dimensões registradas na obra da usina de Santo Antônio.

Ao ser informada sobre a multa, no final da tarde de ontem, a assessoria de imprensa da Madeira Energia informou que ainda não tinha recebido a notificação do Ibama.

A empresa tem direito à defesa e alega que a morte dos peixes se deve à grande quantidade de material em suspensão no fundo do rio e a uma "brusca" variação de temperatura no final da semana passada.

A Madeira Energia considera esses dois fatores como "não controláveis".

Seis toneladas perdidas

Segundo a empresa, a maioria dos peixes mortos era de pequeno porte. Entre eles estão sardinhas, branquinhas, peixes-cachorro, bicos-de-pato e bagres, espécie que protagonizou o polêmico processo de licenciamento ambiental das usinas do rio Madeira.

A operação de resgate dos peixes começou em outubro, um mês depois do início das obras da usina. Segundo a Madeira Energia, 70 toneladas de peixes ficaram retidas pelos diques, que represam as águas do rio onde ficarão as turbinas.

Do total de 70 toneladas, foram resgatadas e devolvidas ao Madeira 59 toneladas. Outras cinco toneladas foram congeladas e poderão ser doadas, após análise da vigilância sanitária. As outras seis toneladas foram consideradas perdidas.


fonte http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u482904.shtml

sábado, 20 de dezembro de 2008

Maior peixe de água doce do mundo é pescado na Tailândia

Pescadores da cidade tailandesa de Chiang Khong capturaram o que é, provavelmente, um dos maiores peixes de água doce já vistos. Com 292kg e conhecido como bagre gigante do rio Mekong, o animal é estudado pelo WWF em parceria com a National Geographic Society que atuam na região para evitar a extinção da espécie.

(Foto: © WWF/Suthep Kritsanavarin).

Pesando o mesmo que um urso pardo, o bagre do rio Mekong é uma das várias espécies de peixes de água doce gigantes ameaçados de extinção.

“Ficamos felizes com o recorde que estabelecemos, ao mesmo tempo fico preocupado porque este tipo de peixe gigante é pouco estudado e está muito ameaçado. Alguns deles, como o próprio bagre de Mekong, têm alto risco de desaparecerem”, afirmou o pesquisador do WWF, Zeb Hogan.

Os peixes de água doce gigantes estão em extinção no mundo todo, inclusive no Brasil. A maior espécie encontrada nos rios brasileiros é a piraíba que atinge até 2,8m e tem ampla distribuição na bacia amazônica. Por sua característica migratória, os bagres sofrem especialmente o impacto de grandes obras de infra-estrutura, especialmente represas e reservatórios que impedem a mobilidade da espécie. A dourada e a piramutaba, por exemplo, são bagres nacionais conhecidos por realizarem as mais longas migrações de peixes em qualquer bacia hidrográfica do mundo.

fonte: http://www.wwf.org.br/

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Mortandade de peixes em área de hidrelétrica




Madeira Energia informa que retirada de peixes da ensecadeira tem autorização do Ibama.




contato@agenciaamazonia.com.br


PORTO VELHO, RO – Milhares de peixes boiaram, mortos, no rio Madeira, a seis quilômetros da capital de Rondônia, após o início da construção da barragem da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, a primeira projetada para este Estado da Amazônia Ocidental Brasileira. É o primeiro acidente ecológico na fase inicial das obras do chamado Complexo Madeira. Quando concluídas, Santo Antônio e Jirau (sob embargo judicial, após ser transferida a área de sua construção) deverão produzir, juntas, seis mil megawatts de energia elétrica.



Acidente ecológico é o primeiro desafio aos construtores da primeira usina / TV RONDÔNIA

Estima-se em cerca de duas toneladas o total de peixes mortos. Nesta segunda-feira, uma equipe da TV Rondônia mostrou a área onde se se acumulam peixes de diversas espécies, entre os quais surubins, jaraquis, pirapitingas e pescadas. Elas morreram por falta de oxigenação da água, informam os biólogos.


Funcionários da Madeira Energia S/A (Mesa) improvisaram máscaras para entrar na área repleta de peixes. A fedentina e os urubus são obstáculos. Em nota, a Mesa informou que desde o início do mês de outubro vem atuando no lançamento de ensecadeiras entre a margem direita do rio Madeira e a Ilha do Presídio. “Nesse processo, são formados pequenos lagos, nos quais ficam confinados peixes que são continuamente retirados e devolvidos ao leito do rio”, assinala a empresa.


Área de construção da ensecadeira da Usina de Santo Antônio / JOSÉ CARLOS SÁ

“120 mil peixes resgatados”

Ainda de acordo com a nota, esse trabalho de resgate foi autorizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

É executado por uma equipe técnica da Universidade Federal de Rondônia contratada pela Mesa. “Ao longo destes últimos 70 dias, o procedimento de resgate tem sido realizado com sucesso, contabilizando-se cerca de 120 mil peixes resgatados", assinala a nota. "A ação de resgate de peixes está, neste momento, em sua fase final, quando, em geral, se concentram as espécies de pequeno porte”, acrescenta.


Apesar dos cuidados tomados pela empresa, sexta-feira passada ocorreu mortandade de peixes de pequeno porte. Uma equipe formada por 57 pessoas – biólogos, pescadores, operadores de máquinas e motoristas – acelera o trabalho de salvamento e devolução de peixes ao rio.

Eles estão usando bombas de esgotamento de água, bombas para recirculação, compressor de ar para aeração da água e barcos. Orientada pelo Ibama, a Mesa colocou em câmaras frias parte dos peixes sem condições de aguardar o resgate. Os biólogos verificarão as condições sanitárias desses peixes para doá-los a entidades filantrópicas cadastradas.


fonte:
http://www.agenciaamazonia.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=3096&Itemid=507

Desastre ambiental em Rondônia repercute no Brasil

“Peixes do rio Madeira estão morrendo de pirraça”, diz Ricardo Boechat. Empreiteira teve de usar pás-carregadeiras e caçambas para remover 10 toneladas de peixes apodrecidos

18/12/2008 - 17h08min - Atualizado em 18/12/2008 - 17h08min

Da redação do TUDORONDONIA

Porto Velho - O desastre ambiental no rio Madeira, em Rondônia, em que já morreram cerca de 10 toneladas de peixe devido a falta de oxigenação da água, em conseqüência das obras de construção da Usina de Santo Antônio, começa a chamar a atenção do Brasil. Nesta quinta-feira, o Jornal da Band repercutiu o assunto. O jornalista Ricardo Boechat, apresentador do telejornal, chegou a ironizar as explicações do consórcio que está construindo as obras.
“A empreiteira diz que está tomando todas as providências para evitar a situação, o que nos leva a concluir que os peixes estão morrendo de pirraça”, disse Ricardo Boechat.

Na quarta-feira o TUDORONDONIA apurou que a morte dos peixes continua ocorrendo no local onde está sendo construída a usina. A situação é tão dramática que chegou a alarmar até pescadores experientes contratados pelo Consócio para participarem do resgate.

Já se sabe que a morte das primeiras três toneladas de peixe ocorreu devido a um descuido, pois o resgate demorou a ocorrer.

Os urubus continuam se banqueteando no canteiro de obras, pois diversas espécies de pescado, inclusive consideradas nobres, como o surubim, continuam morrendo diariamente.

Um funcionário da empreiteira relatou que foram utilizadas pás-carregadeiras para remover os peixes mortos e transportá-los em várias caçambas até o local d eincineração. “A podridão no canteiro de obras impregna até nas nossas roupas, de maneira que quando entramos nos ônibus para voltar para casa estamos fedendo a peixe podre”, disse um o funcionário.

leia mais sobre o problema no link Tudo Rondônia

http://www.tudorondonia.com.br/ler.php?id=9552



Segue receita do nosso Bacalhau Brasileiro.


Pirarucu de Casaca

Ingredientes:
1 kg de pirarucu seco (filé)
1 kg de farinha do uariní
½ kg de batata portuguesa
½ kg de cenoura
4-ovos cozidos
1-vidro de azeitona-verde (pequeno)
1-vidro de azeitona-preta (pequeno)
1-maço de feijões verde
1-maço de cheiros-verde
1-pacote de. uvas - passas (pequeno)
02-bananas-grande pacova fritas
01-pimentão verde
01-pimentão amarelo
01-pimentão vermelho
01-lata de ervilha
azeite

Modo de preparar:
Coloque o pirarucu de molho de um dia para o outro, lave
com limão e coloque para fritar, depois desfie (reserve).
Cozinhe todas as verduras, batatas, cenoura e os ovos
(reserve).
Corte todas as verduras em rodelas, os pimentões, a
cebola e pique a banana , o cheiro - verde (reserve).
Num pirex, vá arrumando as camadas. Faça uma farofa com
a farinha uarini e regue com leite de coco.
Vá arrumando as camadas :
Uma camada de farofa;
Uma camada de batatas e cenouras;
Uma camada de pirarucu;
Uma camada de verduras
Por último cubra com a farofa e enfeite à gosto.

fonte
http://portalamazonia.globo.com/culinaria.php?idReceita=229
Receita feita por: DILACI D’CARLI
Telefone: (0xx92) 634-4866 / 9144-2656

no blog Bisbilhotecarias@blogspot.com no índice lendas leia a do Pirarucu

domingo, 14 de dezembro de 2008

Pesca do Bacalhau. O período de dominação dos Filipes (1580-1640) levou quase à extinção da pesca do bacalhau



A pesca predatória já ocorria no século XIV conforme a história abaixo relata.



Na pesca do bacalhau, tudo era duplamente complicado. "Maus tratos, má comida, má dormida... Trabalhavam vinte horas, com quatro horas de descanso e isto, durante seis meses. A fragilidade das embarcações ameaçava a vida dos tripulantes" dizia Mário Neto, um pescador que viveu estes episódios e pode falar deles com conhecimento de causa.

Quando chegava à Terra Nova ou Gronelândia, o navio ancorava e largava os botes. Os pescadores saíam do navio às quatro da manhã e só regressavam à mesma hora do dia seguinte, com ou sem peixe e uma mínima refeição: chá num termo, pão e peixe frito. No navio, o bacalhau era preparado até às duas ou três da manhã. Às cinco ou seis horas retomava-se a mesma faina. Isto, dias e dias a fio, rodeados apenas de mar e céu.

Teresa Reis, A pesca do bacalhau"


A pesca do bacalhau realizada pelos pescadores portugueses na Terra Nova e Gronelândia, encontra-se intimamente associada à saga das navegações e descobertas, datando do séc. XIV. Há registo da partida, da ilha do Faial, de Diogo, de Teive em 1452. A partir da viagem dos Corte-Real, em meados do século XVI, foi elaborado o Planisfério de Cantino, onde se divulgava um primeiro mapa menos fantasioso dessas regiões (Terra Nova e Labrador) e com o qual a navegação se tornou mais segura e maior a presença portuguesa na pesca do bacalhau.

Em 1504 havia na Terra Nova colónias de pescadores de Aveiro e de Viana do Minho. Em 1506 um dos principais portos bacalhoeiros era Aveiro. Entre 1520 e 1525 existiu, na Terra Nova, uma colónia de pescadores de Viana do Minho que se dedicava à pesca sedentária - pescavam e secavam o peixe ali mesmo. A permanência ia de Abril a Setembro.

No reinado de D. Manuel I (1465-1521) Aveiro foi o porto que mais navios enviou para a Terra Nova (cerca de 60 naus) e em 1550 saíram cerca de 150 naus. O período de dominação dos Filipes (1580-1640) levou quase à extinção da pesca do bacalhau (em 1624 não havia qualquer barco nos portos de Aveiro). A recuperação da Pesca do Bacalhau só se faz no séc. XIX. Até lá, 90% do consumo interno do bacalhau é importado. Em 1830 foram criados incentivos à pesca com a extinção do pagamento dos dízimos e com a construção de 19 barcos.

Sem alterações notórias, através dos séculos, a tripulação dos Bacalhoeiros era composta por:

  • Capitão
  • Piloto
  • Marinheiros (pescadores)
  • Cozinheiro
  • 1 ou 2 moços (mais recentemente passaram a ser 6, 8 ou 10) conforme a capacidade do navio.

Entre os marinheiros - Pescadores, a divisão era:

  • Escalador
  • Salgador
  • Simples pescador
  • "Os verdes" (os que se iniciavam na faina)

Havia tripulantes com funções específicas: "troteiro", "cabeças', "porão", "garfo", "celhas", etc. E muitos estão enterrados num cemitério em St. John's, do qual ninguém fala, nem sequer atrai visitantes.

As iscas usadas eram amêijoas, lulas.... Só na década de 20, apareceu a assistência aos barcos feita por 2 barcos a vapor - Carvalho Araújo, em 1923, e Gil Eanes, em 1927.

O atraso português no processo de industrialização determinou que esta pesca se prolongasse pelo século XX (até 25 de Abril de 1974) com base numa tecnologia ultrapassada: pesca à linha de mão, munida dum único anzol, a bordo dos dóris, pequenas embarcações individuais de fundo chato e tabuado rincado, com um comprimento de 4 a 5 metros e 80 a 100 Kg de peso, apoiando-se nos tradicionais veleiros de madeira. Tratava-se, contudo, de uma técnica de pesca bastante menos agressiva dos recursos dos que as redes de emalhar ou de arrasto.

Em 1934 foi feita a organização corporativa da Indústria Bacalhoeira. Planeou-se uma grande reorganização da Pesca do Bacalhau, através de:

  • Empréstimos do Estado a armadores portugueses
  • Criação da Comissão Reguladora do Comércio do Bacalhau e da Cooperativa dos Armadores de Navios de Pesca do Bacalhau entre outras.
  • Renovação da frota
  • Desenvolvimento da Pesca do Arrasto

Mas em Portugal continuou-se a insistir na pesca à linha. Os últimos grandes veleiros foram construídos em 1937: Argus, Santa Maria Manuela e Creoula, mas poucos anos se mantiveram nesta faina. A última viagem dum lugre - o Gazela Primeiro - ocorreu em 1969. As capturas tinham começado a diminuir e em 1974 a situação estava num caos. Era difícil recrutar pescadores, que preferiam emigrar, o que lhes proporcionava menos sofrimento e melhor perspectiva de vida. O total de barcos era então de 55, sendo 5 de pesca à linha, 13 com redes de malha e 37 de arrasto.

Crédito: texto parcialmente adaptado de História da Pesca do Bacalhau

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Indígenas são flagrados pescando na piracema em Miranda

por Fábio Pellegrini.

Em pleno período de piracema, época em que é proibida a pesca, quatro homens foram presos pela PMA (Polícia Militar Ambiental) na manhã de hoje em Miranda, sudoeste do Estado.

Por volta de 7 horas, os policiais flagraram, no Pesqueiro Primavera, Antonio Maciel da Silva, 44 anos, Severino Pinto da Silva, 37 anos, Julio Luciano da Silva e Sebastião de Arruda Rondon, 41 anos, utilizando material proibido para pesca como lambada, que são linhadas com vários anzóis.

Dentre os acusados, três são indígenas. O grupo já tinha pescado 14 exemplares de curimbatá fora da permitida. Todos foram encaminhados à delegacia de Miranda, onde foram autuados por crime ambiental.

A piracema vai até o primeiro dia de março de 2009. As penas previstas para quem pesca nesse período são de um a três anos de detenção, multa de R$ 700 a R$ 100 mil, mais R$ 20 por quilo de pescado irregular, além de apreensão de todo o material. Todo o pescado apreendido pela PMA é doado a instituições de caridade.

Fonte

http://www.campogrande.news.com.br/canais/view/?canal=8&id=241372



Poraquê ou popular Peixe Elétrico


Poraquê

O corpo do Poraquê é alongado e tem uma grande nadadeira por baixo da barriga. A cabeça é achatada e na boca ele tem uma fileira de dentes muito afiados.

Sua cor é escura mas a barriga é amarelada. As vezes pode-se ver esses peixes de cor marrom escura com pintas mais claras.

Quando adulto pode pesar até 20 quilos e medir 2 metros.

A coisa mais bacana desse peixe é sua capacidade de dar choques, por isso é conhecido como peixe-elétrico. Poraquê na língua dos índios, tupi-guarani, quer dizer o que coloca para dormir.

O Poraquê também usa ondas elétricas para se guiar no escuro, assim como os morcegos usam ondas sonoras. Além disso esse peixe também respira ar e precisa vir à superfície para respirar a cada 8 minutos.

Onde vive?

No rio Amazonas, nos lugares onde as águas são mais escuras e o fundo cheio de lodo. Nesses locais a visão debaixo d'água é muito ruim, mas é lá que o Poraquê vive.

Alimentação

Se alimenta de peixes de várias espécies e pequenos répteis.

Hábitos

Mais do que falar dos hábitos, esse peixe tem muitas coisas curiosas para comentarmos.

A maior curiosidade dele é o fato de dar choques, ele funciona como uma pilha, porque a frente do seu corpo tem carga positiva e a ponta da cauda tem carga negativa, isso quer dizer que, se uma pessoa pegar na cabeça e na cauda do peixe ao mesmo tempo, vai levar um choque capaz de fritá-la em segundos. Um choque do Poraquê é capaz de matar um cavalo.

Os índios foram mesmo muito observadores e devem sido colocados para dormir algumas vezes, e foi assim que o Poraquê ganhou esse nome tão inteligente.

O maior risco para quem nada no rio, é encontrar o Poraquê na superfície, quando ele sobe para respirar oxigênio.

Poraquê.

É engraçado de dizer isso, mas, você sabia que esse peixe se afoga se não respirar ar? Pois é, os cientistas dizem que o peixe-elétrico é um respirador aéreo obrigatório.

Um choque de 600 volts do peixe-elétrico é cinco vezes e meia mais do que o que se leva colocando o dedo numa tomada de 110 volts.

Muitas vezes a pessoa que leva um choque do Poraquê, desmaia e morre afogada.

Reprodução

Quando os rios enchem entre maio e junho, é a época dos peixes-elétricos namorarem, e esse namoro é dos mais curiosos.

Nessa fase eles nadam soltando choques tremendos contra os outros machos. As fêmeas ficam foram do caminho. Quem vence a disputa do peixe mais chocante, ganha a atenção da fêmea.

O macho vencedor dispara um choque na direção da fêmea e ela desova, o macho então, fertiliza os ovos. Isso foi descrito e descoberto pelo biólogo gaúcho José Alves Gomes, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, em Manaus.

Fonte.

http://pt.wikibooks.org/wiki/Bichos_da_mata/Poraqu%C3%A


Curiosidades: Como morei na região escutei muitas.

Uma delas e que o Peixe Elétrico ou Poraquê na época da cheia dos rios abraça o coqueiro de açaí e emiti uma descarga elétrica e os frutos cai dentro do rio.

(observando as informações acimas não inclui na dieta alimentar frutas mais conforme constatação do pessoal da região ele come o açai.) (Jorge)






quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Exploração de cascudo ameaçado continua


Por: Luca Contro
Publicado em: 11/2008


Mesmo depois de entrar na lista de animais ameaçados, a proteção do hypancistrus zebra - uma espécie rara de cascudo - tem gerado grandes problemas para o Ibama, que sofre com pesca legal e contrabando.

A descoberta do acari zebra, no ano de 1989, gerou furor no mundo da pesca e do aquarismo, entretanto, hoje a realidade do animal é bem mais complicada. Fortemente procurado por sua beleza, atualmente a espécie tem comercialização e pescarias proibidas. “Provavelmente a exploração e a baixa reprodução do animal pode ter contribuído para a entrada do animal na lista de espécies ameaçadas”explica Henrique Anatoly, analista ambiental e ictiólogo do Ibama de Brasília.

Outro grande motivo que incentiva o tráfico da espécie são as dificuldades da reprodução. Em cada cruzamento este tipo de cascudo tem apenas oito filhotes. Pela insipiência dos criadores nacionais ao lidar com a espécie, a reprodução tem sido mais comum no exterior, o que incentiva ainda mais o tráfico internacional.

Falta de números

Anatoly explica que não há números oficiais para as operações ilegais realizadas com o acari zebra atualmente. Porém, o membro do Ibama destaca que, por meio, denúncias já há o conhecimento da presença de diversas rotas específicas do tráfico do animal. Segundo ele, estima-se que de 300 a 500 animais sejam contrabandeados ilegalmente.

Estes números impressionantes têm uma de suas razões nas dificuldades para as fiscalizações. Patrícia Campos, analista ambiental do Instituto Chico Mendes, que realiza trabalho conjunto com Ibama na vigilância, sinaliza a falta de resultados em operações. “Ainda não tivemos nenhuma apreensão, mas a gente sabe que há contrabando por via fluvial e terrestre”.

Campos destaca que a falta de pessoal e a dificuldade para se chegar aos locais onde atuam os pescadores ilegais, com grande conhecimento da região, compromete o sucesso da proteção ao acari zebra. A analista ambiental explica que a geografia do Rio Xingu, região endêmica do animal, favorece as práticas ilegais, já que os pescadores costumam a se posicionar em “ilhas” do manancial.

O acari zebra foi descrito no ano de 1991 e causou uma enorme procura entre os fãs do aquarismo no Brasil e no mundo. Hoje, ameaçado de extinção, estima-se que um dos principais alvos do contrabando do animal são os países sul-americanos vizinhos, inclusive com a possibilidade do uso de pistas e aeroportos ilegais, como explica Anatoly.

fonte http://pesca-cia.uol.com.br/noticias/noticias.aspx?c=1644