Por Yuri Vasconcelos
Os maiores peixes de água doce do Brasil são o pirarucu (Arapaima gigas) e a piraíba (Brachyplatystoma filamentosum). Considerados também dois dos maiores peixes do mundo, alcançam, em média, 2,5 metros e podem atingir 200 quilos. No passado, existiam pirarucus ainda maiores, próximos dos 3 metros. "Para crescer tanto, ele teria de viver muitos anos, o que não ocorre hoje em dia, por causa da intensa atividade pesqueira", afirma o ictiólogo (especialista em peixes) Ricardo Macedo Correia e Castro, da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto (SP). O pirarucu é mais encontrado na região amazônica, onde tem grande importância econômica — suas escamas, por exemplo, são usadas para fazer artesanato e lixas de unhas. A piraíba também vive na mesma região. Outros grandalhões da Amazônia são o peixe-boi (2,8 metros) e o boto-cor-de-rosa (2,5 metros), mas ambos não entram nesse ranking, pois não são peixes, e sim mamíferos aquáticos. Entre os peixes de água salgada do nosso litoral, alguns dos maiores são o tubarão-baleia (12 metros e 12 toneladas), o agulhão-negro (3,5 metros e mais de 600 quilos) e o mero (2 metros e até 400 quilos). "Apesar de enorme, o tubarão-baleia é inofensivo, se alimenta de zooplâncton e pequenos peixes", diz o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Arfelli, do Instituto de Pesca do Estado de São Paulo, em Santos (SP). O Brasil possui mais de 2 mil espécies de peixe de água doce e pelo menos 1.300 peixes marinhos.
TAMBAQUI (Colossoma macropomum)
Tamanho: cerca de 1 m • peso 35 kg
Onde vive: rios da Amazônia e na bacia do Paraná
O tambaqui tem o maxilar prolongado para frente e uma forte mordida. No período da seca nos rios da Amazônia, ele vive praticamente sem se alimentar, graças à gordura acumulada no corpo. Na cheia, ruma para trechos de mata inundados, onde come frutas e sementes
Tamanho: cerca de 1 m • peso 35 kg
Onde vive: rios da Amazônia e na bacia do Paraná
O tambaqui tem o maxilar prolongado para frente e uma forte mordida. No período da seca nos rios da Amazônia, ele vive praticamente sem se alimentar, graças à gordura acumulada no corpo. Na cheia, ruma para trechos de mata inundados, onde come frutas e sementes
PIRAÍBA (Brachyplatystoma filamentosum)
Tamanho: cerca de 2,5 m • peso 200 kg
Onde vive: rios da Amazônia e região do Araguaia—Tocantins
A piraíba é um bagre de corpo roliço e hábito noturno. É nesse período que ela sai para caçar, principalmente pequenos bagres de outras espécies, caranguejos e répteis. Na época da reprodução, é capaz de migrar 4 mil quilômetros para encontrar o local ideal para lançar seus ovos
DOURADO (Salminus maxillosus)
Tamanho: mais de 1 m • peso mais de 20 kg
Onde vive: bacias dos rios Paraná e São Francisco
Coberto de escamas douradas, ele é famoso pelos saltos espetaculares que costuma dar para fora da água quando é fisgado por pescadores. Em geral, nada em cardumes nas correntezas dos rios e realiza longas migrações reprodutivas. Tem dentes afiados e é um predador temido e voraz
JAÚ (Paulicea luetkeni)
Tamanho: 1,5 m • peso mais de 100 kg
Onde vive: bacias dos rios Amazonas e Paraná
Muito procurado por pescadores esportivos, o jaú, quando fisgado, pode arrastar uma canoa por vários quilômetros. Ele gosta de viver em rios caudalosos e de se esconder perto de pedras submersas. Uma de suas presas preferidas é o armau, pequeno peixe comum no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul
PORAQUÊ (Electrophorus electricus)
Tamanho: mais de 2 m • peso cerca de 20 kg
Onde vive: em quase toda América do Sul
Conhecido como peixe-elétrico, ele parece uma enguia. O poraquê é capaz de produzir uma descarga elétrica de até 600 volts, arma que usa para se defender e caçar seu almoço — pequenos peixes. A cada oito minutos, em média, o poraquê tem de subir à superfície para respirar
PIRARUCU (Arapaima gigas)
Tamanho: cerca de 2,5 m • peso até 200 kg
Onde vive: rios da bacia Amazônica
O pirarucu gosta de nadar em águas calmas e rasas e se alimenta de peixes como cascudo, pescada e tucunaré, além de camarão, caramujos, tartarugas e até cobras. Quando está para acasalar, a cabeça do macho fica preta e a fêmea ganha um tom amarronzado
Fonte http://mundoestranho.abril.com.br/mundoanimal/pergunta_287181.shtml
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