Tomemos como exemplo as capturas excedentes. Um pescador sozinho captura apenas um peixe por vez. Dado esse ritmo lento, eles podem praticar técnicas de captura e restituição (em inglês) que resultam em índices relativamente baixos de mortalidade para os peixes descartados. Até mesmo os torneios de pesca esportiva marinha tendem em sua maioria a adotar métodos de captura e restituição [fonte: NOAA - em inglês]. De acordo com a Administração Nacional da Atmosfera e Oceano (NOAA) dos Estados Unidos, os pescadores libertaram 58% dos peixes que capturaram em 2007. O volume de peixes liberados varia de acordo com o tipo. Entre os peixes-gato, o índice de libertação foi de 2004, em 2007; já para o robalo listrado a restituição foi de apenas 21% [fonte: NOAA - em inglês].
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Libertar os peixes capturados na pesca esportiva não resulta em tanto desperdício quanto se poderia imaginar. Se um peixe for restituído à sua profundidade original em 10 minutos, as chances de sobrevivência dele aumentam [fonte: Sea Grant California - em inglês]. Um método controverso de fazê-lo envolve desinflar sua bexiga com um objeto agudo, como uma seringa hipodérmica. A bexiga de flutuação do peixe é o que permite que flutue e nade. Quando certas espécies de peixes são capturadas rapidamente, a pressão do ar causa inflação exagerada das bexigas. A menos que o pescador as perfure, o peixe pode retornar à superfície do mar e morrer, depois da restituição.
• Número de pescadores esportivos reportados nos Estados Unidos: 40 milhões • Vendas anuais de produtos relacionados à pesca esportiva no varejo: US$ 45 bilhões • Receita anual com emissão de licenças de pesca: US$ 600 milhões • Despesas anuais de pesca por pescador, nos Estados Unidos: US$ 1.514 • Maior Estado para a pesca com vara e carretilha nos Estados Unidos: Flórida [fonte: American Sportfishing Association] |
A seleção de equipamento de pesca também pode reduzir a destruição involuntária de espécies. Um estudo conduzido pela Ecological Society of America determinou que combinações de ganchos e linhas causam menos capturas acidentais, e com isso menor impacto ambiental. Ganchos circulares em forma de “Js” metálicos são preferidos pelos pescadores e conservacionistas igualmente. Além de prender um peixe de forma mais firme, em geral se prendem à mandíbula, o que resulta em menor mortalidade [fonte: Quinn].
É claro que a pesca esportiva tem seus problemas ambientais. O lixo descartado pelos pescadores, bem como vazamentos de gasolina e óleo de seus barcos, podem poluir vias aquáticas. Práticas negligentes de ancoragem podem prejudicar as linhas costeiras e resultar em destruição de habitats. Os pescadores dos Estados Unidos também compram 3.975 toneladas de pesos de chumbo para iscas a cada ano [fonte: U.S. Geological Survey]. O chumbo pode prejudicar a fauna, no mar e fora dele.
Mas, em comparação com as operações comerciais de pesca, os pescadores individuais têm mais controle para atenuar o impacto ambiental negativo de suas atividades. Da mesma forma que pessoas podem reduzir suas emissões de carbono sem alterar drasticamente a maneira pela qual vivem, os pescadores recreativos podem continuar a desfrutar de seu esporte enquanto protegem o ecossistema marinho
fonte: http://www.hsw.uol.com.br
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