domingo, 2 de janeiro de 2011

Pescadores do Rio de Janeiro ganham caminhões que funcionam como peixaria ambulante

Equipamentos somam cerca de R$ 2,5 milhões.

Rio de Janeiro - Um caminhão que funciona como uma peixaria móvel vai deixar o peixe mais perto do consumidor. Equipado com uma carroceria frigorífica projetada para congelar e armazenar até 3,5 toneladas de pescado, o caminhão também pode ajudar a baratear os custos da produção, acabando com a figura do atravessador, que compra o peixe no cais e revende nos mercados urbanos.

Pelo menos, essa é a expectativa das associações de pescadores dos municípios de Maricá e Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, que receberam no dia 16 de dezembro (quinta-feira), do Ministério da Pesca dois veículos do tipo, batizados Feira do Peixe.

O presidente da Associação dos Pescadores do 4º Distrito de Angra dos Reis, Carlos Santana, disse que, para atender a todos os pescadores do município, seriam necessários pelo menos dois caminhões. A unidade entregue hoje servirá apenas para os pescadores do Cais de Santa Luzia, no centro da cidade.

"O caminhão agrega mais valor ao pescado e, por isso, queremos mais um na nossa região, que fica mais distante do centro. Vai dar para desembarcar o peixe direto no caminhão e levar até os consumidores. É menos custo para quem produz e para quem compra”, disse ele.

Segundo o ministro da Pesca, Altemir Gregolin, os caminhões são entregues por meio de edital. A concorrência leva em consideração a quantidade de associações de pescadores nos municípios, custos de produção, renda, potencial pesqueiro e parcerias com as prefeituras, que ficam responsáveis pelo abastecimento e manutenção dos carros.

"Fazemos [a escolha dos municípios] por editais públicos. É uma forma de dar transparência de acesso a todos que se habilitem para esses equipamentos", explicou o ministro.

Além dos caminhões, os pescadores de Angra cobraram a construção de um centro de beneficiamento de pescado, de uma fábrica de gelo e a oferta de cursos de capacitação para a comunidade pesqueira da cidade. O presidente da associação também pediu a dragagem da foz do Rio Mambucaba, no limite com Paraty.

Atendendo à reclamação de pescadores ameaçados por barcos pesqueiros ilegais, o ministério entregou ao Governo do Rio de Janeiro uma lancha-patrulha, no valor de R$ 1 milhão, para ajudar na fiscalização da costa. Outros equipamentos, como fábricas de gelo, caminhões frigoríficos e peças de comercialização (balanças e refrigeradores, por exemplo) também foram entregues a associações de todo estado. Os equipamentos somam cerca de R$ 2,5 milhões.

Fonte:  Isabela Vieira/ABr .revistafatorbrasil

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