Foto: Ari Friedlaender |
Cientistas avistaram 300 baleias-jubarte na Baía Wilhelmina, no oeste da Antártida
I
Cientistas que realizam suas observações na Baía Wilhelmina, no oeste da Antártida, descobriram aproximadamente 2 milhões de toneladas de krill e mais de 300 baleias-jubarte alimentando-se deles. É a população mais densa dessas baleias já registrada, ou seja, mais de 15 por quilômetro quadrado.
As observações foram realizadas em maio de 2009 – estação de outono no Hemisfério Sul. Durante quatro semanas, os cientistas documentaram a gigantesca quantidade de krills do tipo camarão e a forma como as baleias se alimentavam deles. Os pesquisadores identificaram 11 baleias em Wilhelmina e próximo à Baía de Andvord e descobriram que elas descansavam ao longo do dia, mergulhavam a quase 300 metros no final da tarde e se alimentavam à noite, quando os krills beiravam a superfície.
Uma baleia do tipo jubarte é capaz de consumir meia tonelada de krill por dia, mas, mesmo com esse índice, os autores estimam que a ingestão diária das 306 baleias era menor do que sete milésimos de 1 por cento dos krills disponíveis.
Ainda assim, segundo o autor líder da pesquisa, Douglas P. Nowacek, professor adjunto de tecnologia de conservação marinha da Universidade de Duke, o futuro das baleias e da comunidade de krills na Antártida permanece incerto.
“As baleias viverão por alguns anos a mais”, ele explica, pois os krills contam com menos gelo sob o qual se esconder, fazendo com que fiquem expostos a predadores por um longo período. Mas a espécie se alimenta e se reproduz sob as camadas de gelo, e, com o clima mais ameno e a água mais aberta durante o inverno, a quantidade de krill poderá cair.
“Em longo prazo, os krills não terão a proteção necessária para poderem se reproduzir”, explica Nowacek, “e, se eles desaparecerem, o mesmo acontecerá com as baleias”
fonte: ww.ig.com.br
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