quarta-feira, 20 de junho de 2012

MP sai 'à caça' do mexilhão dourado em Ilha Solteira, SP

Molusco está causando um desequilíbrio ambiental nos rios da região.
Animal vem pelas embarcações que chegam da China.

(Foto: Reprodução / TV Tem)

O Ministério Público Federal está preocupado com a proliferação desordenada do molusco mexilhão dourado nos rios da região noroeste paulista. O mexilhão pode trazer consequências graves para a saúde humana e provocar desequilíbrio ambiental. Uma ação civil cobra providências.


Este tipo de mexilhão vive naturalmente nos rios da China e do sudoeste da Ásia. Ele foi trazido para a América acidentalmente por meio de navios mercantes. Hoje, o molusco está espalhado por rios do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.

O gerente de psicultura Joseli Dal Santo conhece bem a dificuldade de lutar contra essa praga. Ele cria peixes em tanques fechados com redes, dentro do rio. É preciso ficar de olho para não ter prejuízo. “Com o molusco começa a dar mortalidade de peixes porque a água não passa mais dentro dos tanques e, com isso, falta oxigênio”, afirma.

O animal gruda no casco dos barcos e pode ser transportado também pela água que fica no tanque dos navios, responsável pelo equilíbrio das embarcações. No Brasil, o molusco está presente em vários estados. No noroeste paulista, ele pode ser facilmente encontrado nos rios represados da usina de Ilha Solteira (SP).

O Ministério Público Federal ajuizou uma ação civil pública por causa desta proliferação desordenada do animal nesta região. Estudos comprovaram que o mexilhão pode trazer problemas a saúde humana e prejuízos. “Como não tem predadores naturais, ele vem causando desequilíbrio ambiental muito grande. Contaminando água, prejudicando a geração de energia e trazendo risco para a saúde das pessoas. É preciso ter um controle desta praga”, afirma o procurador da República Thiago Lacerda Nobre.

A ação pede que o Ibama, a União, o Estado e a Cesp, Companhia Energética de São Paulo, que é responsável pela usina de Ilha Solteira, diminuam ou controlem a quantidade de mexilhões no reservatório. “Os réus são obrigados a fiscalizar e orientar a população com relação a prática para evitar estas doenças”, diz o procurador.

A Cesp informou, em nota, que ainda não foi notificada da ação, mas que já faz um trabalho de combate à praga.

fonte: www,g1,com

Do G1 Rio Preto e Araçatuba





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