domingo, 28 de dezembro de 2008

Tilápia é versátil e rica em proteína

Maria do Carmo/Folha Imagem

RACHEL BOTELHO
da Folha de S.Paulo

Após algumas horas no pesque-pague, a recompensa que deveria chegar à mesa parece castigo: a tilápia, peixe dos mais populares nesses locais onde se come o que se pesca, vem com um indefectível gosto de terra. "Esse peixe não come ração, filtra organismos e algas dos reservatórios e costuma ser magro, de tamanho inadequado, com gosto de barro. Até por isso a tilápia tem o nome queimado entre os consumidores", acredita Tito Lívio Capobianco Júnior, membro da AB-Tilápia (Associação Brasileira da Indústria de Processamento de Tilápia) e sócio da GeneSeas Aquacultura, empresa que cria e processa o pescado.

Segundo ele, a tilápia apropriada para consumo é aquela criada em cativeiro, onde recebe ração, é abatida com peso em torno de 800 gramas --que rende dois filés de cerca de 120 gramas-- e cortada de forma a eliminar todos os espinhos.

Com carne branca e de sabor suave, que pode ser utilizada para assar, grelhar ou cozinhar, trata-se do peixe cujo consumo mais cresce no mundo, principalmente nos Estados Unidos. No ano 2000, o país importou o equivalente a US$ 51 milhões de tilápia fresca; em 2005, foram US$ 162 milhões.

Para Yanic Bertini Anieri, gerente de exportação e marketing da Mar & Terra, empresa sediada em Mato Grosso do Sul que cria e comercializa cortes do peixe, a rusticidade é outro fator que contribui para sua disseminação, já que barateia os custos de produção. "E ainda tem o baixo teor de gordura, a presença de ômega 6 --um ácido graxo importante-- e um bom valor protéico."

De origem africana, as primeiras espécies de tilápia foram introduzidas no Brasil no início da década de 1950, época em que a piscicultura de subsistência retardou o avanço da produção. A partir do final dos anos 1960, o quadro começou a mudar com a introdução da tilápia nilótica, mais fácil de criar. A AB-Tilápia estima que em 2005 a produção nacional tenha sido de 130 mil toneladas, com destaque para os Estados do Ceará, Bahia, São Paulo e Paraná.

Em supermercados e restaurantes, é mais fácil encontrar o peixe com o nome de "saint peter" ou "saint pierre". "Este nome é padrão exportação, usado para diferenciar da tilápia pescada em açude, para a qual muitos torcem o nariz", afirma Capobianco.

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/comida/ult10005u368144.shtml

Aproveite e aprenda a fazer um canelone de Peixe foto acima

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/comida/ult10005u368147.shtml



sábado, 27 de dezembro de 2008

Tartaruga - mata mata


A Mata mata é uma tartaruga semi-aquática originária da América do Sul, que vive especificamente na região amazônica, sua carapaça, cabeça triangular e membros possuem uma ótima camuflagem, dando uma aparência similar a de folhas e pedras, possuí diversas franjas na cabeça muito similares a vermes, essas franjas foram responsáveis pela origem de seu nome científico Chelus fimbriatus, que em latim significa Tartaruga franjada ou ornamentada. Seu nariz é bem comprido e pontudo. Sua carapaça possuí 3 quilhas longitudinais, com uma coloração marrom escura ou clara, o plastrão é um pouco mais claro e mais colorido, com placas escuras e linhas claras nas separações das placas. Suas patas são extremamente fortes e largas e seus olhos são pequenos e muito sensíveis, proporcionado uma visão bem fraca. O pescoço é maior do que a coluna vertebral e apresenta uma franja lateral constituída de pequenas barbelas em cada lado. Nos indivíduos adultos, a cabeça, pescoço, bordas laterais e cauda possuem coloração marrom-acinzentada. Apresenta a carapaça com largura maior do que o comprimento. Vivem aproximadamente 35 anos e atigem um comprimento médio de 50 centímetros.

leia mais http://www.tartarugas.avph.com.br/matamata.htm

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Dicas de Manutenção do Motor de Popa - parte 1


Para que o seu braço não fique desta forma de tanta puxada cuide de seu motor antes e após a pescaria.

Dicas.


GASOLINA:

Como a maioria dos motores de popa de pequeno e médio porte são 2 tempos, devemos sempre usar a gasolina comum, pois a gasolina aditivada tem detergentes, e isto não combina bem com o Óleo Náutico 2 tempos (TCW3), que acaba não lubrificando o interior do motor de popa.
Sempre que você terminar de usar seu motor, deverá esgotá-lo, tirando a mangueira do tanque, e deixe ele funcionando até acabar toda a gasolina do carburador. E lembre-se a gasolina "temperada" com o óleo, deverá ser utilizada dentro de um mês, depois disso, descarte o combustível pois ele não serve mais para o consumo.

ÓLEO:
O óleo náutico (TCW3) é um dos componentes mais importantes, caso você esqueça de fazer a mistura, fatalmente seu motor irá fundir.
Se o seu motor é Zero, você terá que amaciá-lo, então a mistura é o seguinte, 25 litros de gasolina para 1 litro de óleo náutico (TCW3), agora se ele já estiver amaciado, então a mistura é de 50 litros de gasolina para 1 litro de óleo (TCW3).
Existem várias marcas de óleos (TCW3), escolha uma e daí para frente use sempre a mesma, isso vai aumentar a vida útil de suas velas de ignição e elas não carbonizaram tão rápido.

dicas de um ex-sofredor

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Consórcio de usina do rio Madeira é multado em R$ 7,7 milhões

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou crédito de R$ 6,1 bilhões para a construção da usina hidrelétrica Santo Antônio, no complexo do rio Madeira. Trata-se do maior financiamento já concedido para um único projeto na história do banco.
leia mais

Agora como essa multa vai ser paga?

Infelizmente não vamos saber do resultado.


Relembrando: 

E o desastre no Rio Paraíba do Sul alguém tem alguma notícia?

Esse e o nosso Certificado de Doutorado em Burrice.

SOFIA PINHEIRO
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A Superintendência do Ibama de Rondônia multou ontem a empresa Mesa (Madeira Energia S.A), responsável pela construção da hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira. A empresa terá que pagar R$ 7,7 milhões por conta da morte de 11 toneladas de peixes em decorrência da primeira etapa da construção da hidrelétrica. A empresa poderá recorrer.

O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) antecipou à Folha na semana passada que o governo aplicaria a multa. A Mesa é um consórcio formado por Odebrecht, Furnas, Andrade Gutierrez, Cemig e um fundo de participações criado pelo Santander e pelo Banif.

A legislação ambiental brasileira determina a pena de R$ 500 por quilo de espécime da fauna morto. No caso da Madeira Energia, que também terá que reparar a perda de 11 toneladas de peixes, a multa terá o acréscimo de 40% do valor por causa da gravidade do incidente ambiental. O Ibama reconhece que a construção de hidrelétricas costuma causar a morte de peixes, mas não nas dimensões registradas na obra da usina de Santo Antônio.

Ao ser informada sobre a multa, no final da tarde de ontem, a assessoria de imprensa da Madeira Energia informou que ainda não tinha recebido a notificação do Ibama.

A empresa tem direito à defesa e alega que a morte dos peixes se deve à grande quantidade de material em suspensão no fundo do rio e a uma "brusca" variação de temperatura no final da semana passada.

A Madeira Energia considera esses dois fatores como "não controláveis".

Seis toneladas perdidas

Segundo a empresa, a maioria dos peixes mortos era de pequeno porte. Entre eles estão sardinhas, branquinhas, peixes-cachorro, bicos-de-pato e bagres, espécie que protagonizou o polêmico processo de licenciamento ambiental das usinas do rio Madeira.

A operação de resgate dos peixes começou em outubro, um mês depois do início das obras da usina. Segundo a Madeira Energia, 70 toneladas de peixes ficaram retidas pelos diques, que represam as águas do rio onde ficarão as turbinas.

Do total de 70 toneladas, foram resgatadas e devolvidas ao Madeira 59 toneladas. Outras cinco toneladas foram congeladas e poderão ser doadas, após análise da vigilância sanitária. As outras seis toneladas foram consideradas perdidas.


fonte http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u482904.shtml

sábado, 20 de dezembro de 2008

Maior peixe de água doce do mundo é pescado na Tailândia

Pescadores da cidade tailandesa de Chiang Khong capturaram o que é, provavelmente, um dos maiores peixes de água doce já vistos. Com 292kg e conhecido como bagre gigante do rio Mekong, o animal é estudado pelo WWF em parceria com a National Geographic Society que atuam na região para evitar a extinção da espécie.

(Foto: © WWF/Suthep Kritsanavarin).

Pesando o mesmo que um urso pardo, o bagre do rio Mekong é uma das várias espécies de peixes de água doce gigantes ameaçados de extinção.

“Ficamos felizes com o recorde que estabelecemos, ao mesmo tempo fico preocupado porque este tipo de peixe gigante é pouco estudado e está muito ameaçado. Alguns deles, como o próprio bagre de Mekong, têm alto risco de desaparecerem”, afirmou o pesquisador do WWF, Zeb Hogan.

Os peixes de água doce gigantes estão em extinção no mundo todo, inclusive no Brasil. A maior espécie encontrada nos rios brasileiros é a piraíba que atinge até 2,8m e tem ampla distribuição na bacia amazônica. Por sua característica migratória, os bagres sofrem especialmente o impacto de grandes obras de infra-estrutura, especialmente represas e reservatórios que impedem a mobilidade da espécie. A dourada e a piramutaba, por exemplo, são bagres nacionais conhecidos por realizarem as mais longas migrações de peixes em qualquer bacia hidrográfica do mundo.

fonte: http://www.wwf.org.br/

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Mortandade de peixes em área de hidrelétrica




Madeira Energia informa que retirada de peixes da ensecadeira tem autorização do Ibama.




contato@agenciaamazonia.com.br


PORTO VELHO, RO – Milhares de peixes boiaram, mortos, no rio Madeira, a seis quilômetros da capital de Rondônia, após o início da construção da barragem da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, a primeira projetada para este Estado da Amazônia Ocidental Brasileira. É o primeiro acidente ecológico na fase inicial das obras do chamado Complexo Madeira. Quando concluídas, Santo Antônio e Jirau (sob embargo judicial, após ser transferida a área de sua construção) deverão produzir, juntas, seis mil megawatts de energia elétrica.



Acidente ecológico é o primeiro desafio aos construtores da primeira usina / TV RONDÔNIA

Estima-se em cerca de duas toneladas o total de peixes mortos. Nesta segunda-feira, uma equipe da TV Rondônia mostrou a área onde se se acumulam peixes de diversas espécies, entre os quais surubins, jaraquis, pirapitingas e pescadas. Elas morreram por falta de oxigenação da água, informam os biólogos.


Funcionários da Madeira Energia S/A (Mesa) improvisaram máscaras para entrar na área repleta de peixes. A fedentina e os urubus são obstáculos. Em nota, a Mesa informou que desde o início do mês de outubro vem atuando no lançamento de ensecadeiras entre a margem direita do rio Madeira e a Ilha do Presídio. “Nesse processo, são formados pequenos lagos, nos quais ficam confinados peixes que são continuamente retirados e devolvidos ao leito do rio”, assinala a empresa.


Área de construção da ensecadeira da Usina de Santo Antônio / JOSÉ CARLOS SÁ

“120 mil peixes resgatados”

Ainda de acordo com a nota, esse trabalho de resgate foi autorizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

É executado por uma equipe técnica da Universidade Federal de Rondônia contratada pela Mesa. “Ao longo destes últimos 70 dias, o procedimento de resgate tem sido realizado com sucesso, contabilizando-se cerca de 120 mil peixes resgatados", assinala a nota. "A ação de resgate de peixes está, neste momento, em sua fase final, quando, em geral, se concentram as espécies de pequeno porte”, acrescenta.


Apesar dos cuidados tomados pela empresa, sexta-feira passada ocorreu mortandade de peixes de pequeno porte. Uma equipe formada por 57 pessoas – biólogos, pescadores, operadores de máquinas e motoristas – acelera o trabalho de salvamento e devolução de peixes ao rio.

Eles estão usando bombas de esgotamento de água, bombas para recirculação, compressor de ar para aeração da água e barcos. Orientada pelo Ibama, a Mesa colocou em câmaras frias parte dos peixes sem condições de aguardar o resgate. Os biólogos verificarão as condições sanitárias desses peixes para doá-los a entidades filantrópicas cadastradas.


fonte:
http://www.agenciaamazonia.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=3096&Itemid=507

Desastre ambiental em Rondônia repercute no Brasil

“Peixes do rio Madeira estão morrendo de pirraça”, diz Ricardo Boechat. Empreiteira teve de usar pás-carregadeiras e caçambas para remover 10 toneladas de peixes apodrecidos

18/12/2008 - 17h08min - Atualizado em 18/12/2008 - 17h08min

Da redação do TUDORONDONIA

Porto Velho - O desastre ambiental no rio Madeira, em Rondônia, em que já morreram cerca de 10 toneladas de peixe devido a falta de oxigenação da água, em conseqüência das obras de construção da Usina de Santo Antônio, começa a chamar a atenção do Brasil. Nesta quinta-feira, o Jornal da Band repercutiu o assunto. O jornalista Ricardo Boechat, apresentador do telejornal, chegou a ironizar as explicações do consórcio que está construindo as obras.
“A empreiteira diz que está tomando todas as providências para evitar a situação, o que nos leva a concluir que os peixes estão morrendo de pirraça”, disse Ricardo Boechat.

Na quarta-feira o TUDORONDONIA apurou que a morte dos peixes continua ocorrendo no local onde está sendo construída a usina. A situação é tão dramática que chegou a alarmar até pescadores experientes contratados pelo Consócio para participarem do resgate.

Já se sabe que a morte das primeiras três toneladas de peixe ocorreu devido a um descuido, pois o resgate demorou a ocorrer.

Os urubus continuam se banqueteando no canteiro de obras, pois diversas espécies de pescado, inclusive consideradas nobres, como o surubim, continuam morrendo diariamente.

Um funcionário da empreiteira relatou que foram utilizadas pás-carregadeiras para remover os peixes mortos e transportá-los em várias caçambas até o local d eincineração. “A podridão no canteiro de obras impregna até nas nossas roupas, de maneira que quando entramos nos ônibus para voltar para casa estamos fedendo a peixe podre”, disse um o funcionário.

leia mais sobre o problema no link Tudo Rondônia

http://www.tudorondonia.com.br/ler.php?id=9552



Segue receita do nosso Bacalhau Brasileiro.


Pirarucu de Casaca

Ingredientes:
1 kg de pirarucu seco (filé)
1 kg de farinha do uariní
½ kg de batata portuguesa
½ kg de cenoura
4-ovos cozidos
1-vidro de azeitona-verde (pequeno)
1-vidro de azeitona-preta (pequeno)
1-maço de feijões verde
1-maço de cheiros-verde
1-pacote de. uvas - passas (pequeno)
02-bananas-grande pacova fritas
01-pimentão verde
01-pimentão amarelo
01-pimentão vermelho
01-lata de ervilha
azeite

Modo de preparar:
Coloque o pirarucu de molho de um dia para o outro, lave
com limão e coloque para fritar, depois desfie (reserve).
Cozinhe todas as verduras, batatas, cenoura e os ovos
(reserve).
Corte todas as verduras em rodelas, os pimentões, a
cebola e pique a banana , o cheiro - verde (reserve).
Num pirex, vá arrumando as camadas. Faça uma farofa com
a farinha uarini e regue com leite de coco.
Vá arrumando as camadas :
Uma camada de farofa;
Uma camada de batatas e cenouras;
Uma camada de pirarucu;
Uma camada de verduras
Por último cubra com a farofa e enfeite à gosto.

fonte
http://portalamazonia.globo.com/culinaria.php?idReceita=229
Receita feita por: DILACI D’CARLI
Telefone: (0xx92) 634-4866 / 9144-2656

no blog Bisbilhotecarias@blogspot.com no índice lendas leia a do Pirarucu

domingo, 14 de dezembro de 2008

Pesca do Bacalhau. O período de dominação dos Filipes (1580-1640) levou quase à extinção da pesca do bacalhau



A pesca predatória já ocorria no século XIV conforme a história abaixo relata.



Na pesca do bacalhau, tudo era duplamente complicado. "Maus tratos, má comida, má dormida... Trabalhavam vinte horas, com quatro horas de descanso e isto, durante seis meses. A fragilidade das embarcações ameaçava a vida dos tripulantes" dizia Mário Neto, um pescador que viveu estes episódios e pode falar deles com conhecimento de causa.

Quando chegava à Terra Nova ou Gronelândia, o navio ancorava e largava os botes. Os pescadores saíam do navio às quatro da manhã e só regressavam à mesma hora do dia seguinte, com ou sem peixe e uma mínima refeição: chá num termo, pão e peixe frito. No navio, o bacalhau era preparado até às duas ou três da manhã. Às cinco ou seis horas retomava-se a mesma faina. Isto, dias e dias a fio, rodeados apenas de mar e céu.

Teresa Reis, A pesca do bacalhau"


A pesca do bacalhau realizada pelos pescadores portugueses na Terra Nova e Gronelândia, encontra-se intimamente associada à saga das navegações e descobertas, datando do séc. XIV. Há registo da partida, da ilha do Faial, de Diogo, de Teive em 1452. A partir da viagem dos Corte-Real, em meados do século XVI, foi elaborado o Planisfério de Cantino, onde se divulgava um primeiro mapa menos fantasioso dessas regiões (Terra Nova e Labrador) e com o qual a navegação se tornou mais segura e maior a presença portuguesa na pesca do bacalhau.

Em 1504 havia na Terra Nova colónias de pescadores de Aveiro e de Viana do Minho. Em 1506 um dos principais portos bacalhoeiros era Aveiro. Entre 1520 e 1525 existiu, na Terra Nova, uma colónia de pescadores de Viana do Minho que se dedicava à pesca sedentária - pescavam e secavam o peixe ali mesmo. A permanência ia de Abril a Setembro.

No reinado de D. Manuel I (1465-1521) Aveiro foi o porto que mais navios enviou para a Terra Nova (cerca de 60 naus) e em 1550 saíram cerca de 150 naus. O período de dominação dos Filipes (1580-1640) levou quase à extinção da pesca do bacalhau (em 1624 não havia qualquer barco nos portos de Aveiro). A recuperação da Pesca do Bacalhau só se faz no séc. XIX. Até lá, 90% do consumo interno do bacalhau é importado. Em 1830 foram criados incentivos à pesca com a extinção do pagamento dos dízimos e com a construção de 19 barcos.

Sem alterações notórias, através dos séculos, a tripulação dos Bacalhoeiros era composta por:

  • Capitão
  • Piloto
  • Marinheiros (pescadores)
  • Cozinheiro
  • 1 ou 2 moços (mais recentemente passaram a ser 6, 8 ou 10) conforme a capacidade do navio.

Entre os marinheiros - Pescadores, a divisão era:

  • Escalador
  • Salgador
  • Simples pescador
  • "Os verdes" (os que se iniciavam na faina)

Havia tripulantes com funções específicas: "troteiro", "cabeças', "porão", "garfo", "celhas", etc. E muitos estão enterrados num cemitério em St. John's, do qual ninguém fala, nem sequer atrai visitantes.

As iscas usadas eram amêijoas, lulas.... Só na década de 20, apareceu a assistência aos barcos feita por 2 barcos a vapor - Carvalho Araújo, em 1923, e Gil Eanes, em 1927.

O atraso português no processo de industrialização determinou que esta pesca se prolongasse pelo século XX (até 25 de Abril de 1974) com base numa tecnologia ultrapassada: pesca à linha de mão, munida dum único anzol, a bordo dos dóris, pequenas embarcações individuais de fundo chato e tabuado rincado, com um comprimento de 4 a 5 metros e 80 a 100 Kg de peso, apoiando-se nos tradicionais veleiros de madeira. Tratava-se, contudo, de uma técnica de pesca bastante menos agressiva dos recursos dos que as redes de emalhar ou de arrasto.

Em 1934 foi feita a organização corporativa da Indústria Bacalhoeira. Planeou-se uma grande reorganização da Pesca do Bacalhau, através de:

  • Empréstimos do Estado a armadores portugueses
  • Criação da Comissão Reguladora do Comércio do Bacalhau e da Cooperativa dos Armadores de Navios de Pesca do Bacalhau entre outras.
  • Renovação da frota
  • Desenvolvimento da Pesca do Arrasto

Mas em Portugal continuou-se a insistir na pesca à linha. Os últimos grandes veleiros foram construídos em 1937: Argus, Santa Maria Manuela e Creoula, mas poucos anos se mantiveram nesta faina. A última viagem dum lugre - o Gazela Primeiro - ocorreu em 1969. As capturas tinham começado a diminuir e em 1974 a situação estava num caos. Era difícil recrutar pescadores, que preferiam emigrar, o que lhes proporcionava menos sofrimento e melhor perspectiva de vida. O total de barcos era então de 55, sendo 5 de pesca à linha, 13 com redes de malha e 37 de arrasto.

Crédito: texto parcialmente adaptado de História da Pesca do Bacalhau

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Indígenas são flagrados pescando na piracema em Miranda

por Fábio Pellegrini.

Em pleno período de piracema, época em que é proibida a pesca, quatro homens foram presos pela PMA (Polícia Militar Ambiental) na manhã de hoje em Miranda, sudoeste do Estado.

Por volta de 7 horas, os policiais flagraram, no Pesqueiro Primavera, Antonio Maciel da Silva, 44 anos, Severino Pinto da Silva, 37 anos, Julio Luciano da Silva e Sebastião de Arruda Rondon, 41 anos, utilizando material proibido para pesca como lambada, que são linhadas com vários anzóis.

Dentre os acusados, três são indígenas. O grupo já tinha pescado 14 exemplares de curimbatá fora da permitida. Todos foram encaminhados à delegacia de Miranda, onde foram autuados por crime ambiental.

A piracema vai até o primeiro dia de março de 2009. As penas previstas para quem pesca nesse período são de um a três anos de detenção, multa de R$ 700 a R$ 100 mil, mais R$ 20 por quilo de pescado irregular, além de apreensão de todo o material. Todo o pescado apreendido pela PMA é doado a instituições de caridade.

Fonte

http://www.campogrande.news.com.br/canais/view/?canal=8&id=241372



Poraquê ou popular Peixe Elétrico


Poraquê

O corpo do Poraquê é alongado e tem uma grande nadadeira por baixo da barriga. A cabeça é achatada e na boca ele tem uma fileira de dentes muito afiados.

Sua cor é escura mas a barriga é amarelada. As vezes pode-se ver esses peixes de cor marrom escura com pintas mais claras.

Quando adulto pode pesar até 20 quilos e medir 2 metros.

A coisa mais bacana desse peixe é sua capacidade de dar choques, por isso é conhecido como peixe-elétrico. Poraquê na língua dos índios, tupi-guarani, quer dizer o que coloca para dormir.

O Poraquê também usa ondas elétricas para se guiar no escuro, assim como os morcegos usam ondas sonoras. Além disso esse peixe também respira ar e precisa vir à superfície para respirar a cada 8 minutos.

Onde vive?

No rio Amazonas, nos lugares onde as águas são mais escuras e o fundo cheio de lodo. Nesses locais a visão debaixo d'água é muito ruim, mas é lá que o Poraquê vive.

Alimentação

Se alimenta de peixes de várias espécies e pequenos répteis.

Hábitos

Mais do que falar dos hábitos, esse peixe tem muitas coisas curiosas para comentarmos.

A maior curiosidade dele é o fato de dar choques, ele funciona como uma pilha, porque a frente do seu corpo tem carga positiva e a ponta da cauda tem carga negativa, isso quer dizer que, se uma pessoa pegar na cabeça e na cauda do peixe ao mesmo tempo, vai levar um choque capaz de fritá-la em segundos. Um choque do Poraquê é capaz de matar um cavalo.

Os índios foram mesmo muito observadores e devem sido colocados para dormir algumas vezes, e foi assim que o Poraquê ganhou esse nome tão inteligente.

O maior risco para quem nada no rio, é encontrar o Poraquê na superfície, quando ele sobe para respirar oxigênio.

Poraquê.

É engraçado de dizer isso, mas, você sabia que esse peixe se afoga se não respirar ar? Pois é, os cientistas dizem que o peixe-elétrico é um respirador aéreo obrigatório.

Um choque de 600 volts do peixe-elétrico é cinco vezes e meia mais do que o que se leva colocando o dedo numa tomada de 110 volts.

Muitas vezes a pessoa que leva um choque do Poraquê, desmaia e morre afogada.

Reprodução

Quando os rios enchem entre maio e junho, é a época dos peixes-elétricos namorarem, e esse namoro é dos mais curiosos.

Nessa fase eles nadam soltando choques tremendos contra os outros machos. As fêmeas ficam foram do caminho. Quem vence a disputa do peixe mais chocante, ganha a atenção da fêmea.

O macho vencedor dispara um choque na direção da fêmea e ela desova, o macho então, fertiliza os ovos. Isso foi descrito e descoberto pelo biólogo gaúcho José Alves Gomes, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, em Manaus.

Fonte.

http://pt.wikibooks.org/wiki/Bichos_da_mata/Poraqu%C3%A


Curiosidades: Como morei na região escutei muitas.

Uma delas e que o Peixe Elétrico ou Poraquê na época da cheia dos rios abraça o coqueiro de açaí e emiti uma descarga elétrica e os frutos cai dentro do rio.

(observando as informações acimas não inclui na dieta alimentar frutas mais conforme constatação do pessoal da região ele come o açai.) (Jorge)






quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Exploração de cascudo ameaçado continua


Por: Luca Contro
Publicado em: 11/2008


Mesmo depois de entrar na lista de animais ameaçados, a proteção do hypancistrus zebra - uma espécie rara de cascudo - tem gerado grandes problemas para o Ibama, que sofre com pesca legal e contrabando.

A descoberta do acari zebra, no ano de 1989, gerou furor no mundo da pesca e do aquarismo, entretanto, hoje a realidade do animal é bem mais complicada. Fortemente procurado por sua beleza, atualmente a espécie tem comercialização e pescarias proibidas. “Provavelmente a exploração e a baixa reprodução do animal pode ter contribuído para a entrada do animal na lista de espécies ameaçadas”explica Henrique Anatoly, analista ambiental e ictiólogo do Ibama de Brasília.

Outro grande motivo que incentiva o tráfico da espécie são as dificuldades da reprodução. Em cada cruzamento este tipo de cascudo tem apenas oito filhotes. Pela insipiência dos criadores nacionais ao lidar com a espécie, a reprodução tem sido mais comum no exterior, o que incentiva ainda mais o tráfico internacional.

Falta de números

Anatoly explica que não há números oficiais para as operações ilegais realizadas com o acari zebra atualmente. Porém, o membro do Ibama destaca que, por meio, denúncias já há o conhecimento da presença de diversas rotas específicas do tráfico do animal. Segundo ele, estima-se que de 300 a 500 animais sejam contrabandeados ilegalmente.

Estes números impressionantes têm uma de suas razões nas dificuldades para as fiscalizações. Patrícia Campos, analista ambiental do Instituto Chico Mendes, que realiza trabalho conjunto com Ibama na vigilância, sinaliza a falta de resultados em operações. “Ainda não tivemos nenhuma apreensão, mas a gente sabe que há contrabando por via fluvial e terrestre”.

Campos destaca que a falta de pessoal e a dificuldade para se chegar aos locais onde atuam os pescadores ilegais, com grande conhecimento da região, compromete o sucesso da proteção ao acari zebra. A analista ambiental explica que a geografia do Rio Xingu, região endêmica do animal, favorece as práticas ilegais, já que os pescadores costumam a se posicionar em “ilhas” do manancial.

O acari zebra foi descrito no ano de 1991 e causou uma enorme procura entre os fãs do aquarismo no Brasil e no mundo. Hoje, ameaçado de extinção, estima-se que um dos principais alvos do contrabando do animal são os países sul-americanos vizinhos, inclusive com a possibilidade do uso de pistas e aeroportos ilegais, como explica Anatoly.

fonte http://pesca-cia.uol.com.br/noticias/noticias.aspx?c=1644

sábado, 29 de novembro de 2008

Como Pegar Lambari


Quer pescar lambari sem o velho incomodo deles ficarem roubando as iscas toda vez? A melhor isca que encontrei até hoje é a utilização de uma missanga colocada por traz do anzol e que não saia pela frente. Atentar para prender a linha no anzol de modo que a missanga consiga deslizar na linha e voltar para o anzol. Jogue um pouco de quirera na água e coloque o anzol no meio da quirera. Coloque dois anzóis , deixando um palmo de distancia entre o anzóis. É batata, pega-se dois lambari por vez quando a lagoa ou rio tem grandes cardumes. Experimente e você nunca mais vai querer macarrãozinho, bicho de pão, massinha, formiga, cupim ou qualquer outra isca.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Porque não tem mais notícias no site Prefeitura de Resende será que os reporteres beberam água do rio.

Entrei na google e pesquisei por imagens de peixes mortos no paraiba e achei a seguinte foto com o link baixo que e da prefeitura de Resende , só que tentando entrar no link da erro.
http://www.resende.rj.gov.br/page/informe_amar_marabr.asp&usg=__kfX73nxdFjs82s0QT8wurU3rlH0=






entrei no site da prefeitura http://www.resende.rj.gov.br .
e não tem mais nada sobre o acidente.

Tentei encontrar fotos dos Peixes mortos no Rio Paraíba do Sul

Procurei pela google até a data de 27-11-2008 e não achei nem um lambari.





Fotos encontradas.






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Erramos: Rio Paraíba do Sul está liberado para uso depois de vazamento de produto tóxico

Colaboração para a Folha Online

Diferentemente do publicado na reportagem Rio Paraíba do Sul está liberado para uso depois de vazamento de produto tóxico (Cotidiano - 20/11/2008 - 19h02), a quantidade de produto tóxico que vazou no rio foi de cerca de 7.500 litros, e não 1.500 litros. O texto, produzido pela Agência Brasil, foi corrigido.

Notícia Errada - Rio Paraíba do Sul está liberado para uso depois de vazamento de produto tóxico

da Agência Brasil 20-11-2008 - 19:02

Exames feitos no rio Paraíba do Sul, no interior do Rio de Janeiro, mostram que a água, contaminada por um vazamento de pesticida, já está liberada para uso. A concentração do produto tóxico é considerada aceitável e não prejudicial à saúde, de acordo com a Feema (Fundação Estadual do Meio Ambiente).

O vazamento do pesticida Endosulfan ocorreu na madrugada de terça-feira (18), por causa da falha no descarregamento do produto na indústria química Servatis, no município de Resende, no sul fluminense. Cerca de 7.500 litros do produto escoaram para o rio Pirapetinga e, posteriormente, para o Paraíba do Sul, maior rio fluminense.

De acordo com o chefe da Feema na região, José Roberto Araújo, o derramamento prejudicou o abastecimento de água e provocou a mortandade de grande quantidade de peixes em diversos municípios da região do sul Estado, como Porto Real, Barra Mansa e Volta Redonda.

"Estamos preparando o relatório com todas as informações, inclusive com a entrevista feita com o pessoal da empresa e o conteúdo da reunião com o Ministério Público ontem [19]. E esse relatório técnico será encaminhado à Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca), que vai decidir sobre o valor da multa, a punição ou enquadramento por crime ambiental", afirmou Araújo.

Segundo nota divulgada pela Secretaria Estadual do Ambiente, a Servatis já foi autuada. Além disso, a Feema e a Companhia Estadual de Águas (Cedae) continuarão a monitorar as águas da região.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Estão assustados com a cobra e esqueceram dos resíduos tóxicos , lixões etc. etc...

Anaconda em Resende

Esta Anaconda morreu eletrocutada na cerca elétrica que separa a nova Fábrica da Votorantim em Resende (RJ) e uma fazenda vizinha perto ao Rio Paraíba do Sul.
Esse fato parou as construções da fábrica e o dia inteiro foi o maior entra e sai de biólogos do Rio e de São Paulo para analisarem a cena que trouxe muita preocupação a todos.
Será preciso rever conceitos sobre acampar e passar a noite às margens do rio pescando.
Reparem no formato de sua barriga que ela estava bem alimentada.
Segundo a turma da segurança da Votorantim e o pessoal da Prefeitura de Resende, os órgãos responsáveis estão assustados, pois este animal, segundo os especialistas, só existe na Amazônia e no Pantanal.
É, os especialistas também se enganam.

fonte: http://www.cabreu.com.br





A sucuri, também conhecida como anaconda, é uma cobra sul-americana da família Boidae, pertencente ao género Eunectes.Tem a fama de ser uma cobra enorme e perigosa . Existem quatro espécies, das quais, as três primeiras ocorrem no Brasil:

  • Eunectes notaeus, a sucuri-amarela, menor e endêmica da zona do pantanal;
  • Eunectes murinus, a sucuri-verde, maior e mais conhecida, ocorrendo em áreas alagadas da região do cerrado e da amazônia, sendo que, neste último bioma, os animais costumam alcançar tamanhos maiores;
  • Eunectes deschauenseei, a sucuri-malhada, endêmica da Ilha de Marajó; e a
  • Eunectes beniensis, a sucuri-da-bolívia.
São ainda conhecidas como arigbóia, boiaçu, boiçu, boiguaçu, boioçu, boitiapóia, boiuçu, boiuna, sucuriju, sucurijuba, sucuriú, sucuruju, sucurujubaviborã
e
fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anaconda


Matéria sobre o Rio Paraíba do Sul publicada em 2004 assinada pelo atual ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc

RIO PARAÍBA DO SUL

(jornal do Brasil, 20/09/2004)

Este nosso grande e maltratado rio Paraíba do Sul é, do ponto de vista do desenvolvimento humano integrado, mais importante do que a baía de Guanabara e a de Sepetiba. Trata-se da água doce de que dispomos para o abastecimento da população, para a irrigação agrícola e para a indústria; é água que gira turbinas para fornecer energia, é leito de transporte, bacia de pesca, de lazer, é identidade e integração de um vale de municípios importantes.

O rio Paraíba já vem poluído de São Paulo. Em pesquisa recente detectamos forte concentração de metais pesados, como mercúrio, chumbo e cromo na represa do Funil, em Itatiaia, e no fígado de peixes carnívoros como o tucanaré e a traíra. A secretaria de meio ambiente de São Paulo não fiscaliza devidamente suas indústrias e nem informa ao Rio o veneno que nos “exporta”. A Feema não monitora o reservatório do Funil há vários anos e Furnas, que o explora, deveria pedir compensação a São Paulo e limpar seu fundo.

A poluição industrial do médio Paraíba ainda é inaceitável. São dezenas de indústrias químicas e siderúrgicas que contaminam nossas águas, antes de Santa Cecília,na captação do rio Guandu, que abastece 9 milhões de pessoas. A CSN, em Volta Redonda, poluía mais do que todas as outras somadas. O benzo-pireno gerado nos altos fornos e na carbo-química ocasionou deformações nos olhos, nas nadadeiras e papilomas cancerígenos em peixes como o piau, o lambari e o cascudo.

Depois de 12 anos de lutas, os ecologistas, com apoio da UFRJ e do Ministério Público, impuseram à CSN investimento de 120 milhões de reais, que redundou em significativa redução dos poluentes; falta controlar as emissões atmosféricas, incluindo a do benzeno, que deixou 650 operários com leucopenia, doença que quebra o sistema imunológico. Outras grandes poluidoras não se movem, embora exista uma linha de créditos do BNDES, com juros de abrir um sorriso no vice-presidente José Alencar, para tecnologias limpas.

Gravíssima é a poluição por lixo e por esgoto in natura. Os municípios paulistas e fluminenses que margeiam o imenso rio Paraíba nele despejam 90% do seu esgoto sem tratamento e mantém lixões sem impermeabilização ou tratamento do chorume.

Nossa lei 2661 de 1996 obriga o prévio tratamento primário completo, no mínimo, antes do lançamento do esgoto num corpo receptor, lagoa, rio ou baía, e para isso garante recursos dos royalties do petróleo; estes têm sido desviados sobretudo para asfaltar estradas, que pelo visto atendem mais às demandas eleitorais de aliados. O BNDES dispõe de um bilhão de reais para o saneamento básico do rio Paraíba do Sul, mas esta operação esbarra no endividamento dos municípios e em barreiras burocráticas.

Ecologistas e prefeitos da região estão se mobilizando para que o presidente Lula e o Congresso viabilizem esta operação, que pode salvar o Paraíba e evitar milhares de mortes por doenças de veiculação hídrica, como a hepatite e a diarréia. A política estadual de resíduos sólidos foi estabelecida por nossa lei 4191/ 03, que determina o fim dos lixões, a construção de aterros sanitários impermeabilizados, com tratamento de chorume, coleta seletiva, reciclagem e apoio às cooperativas de catadores. Neste ano foram vistoriados e multados lixões de 23 municípios, inclusive do vale do Paraíba, que contaminam solo, águas e catadores até com lixo hospitalar. A maioria recebeu recursos federais ou estaduais, do Pró – Lixo, mas quase nada realizaram e sequer prestaram contas.

O TRE deveria agir nestes casos para impedir a candidatura destes alcaides poluidores. A defesa dos mananciais e o reflorestamento das margens do rio Paraíba, incluindo seus afluentes e o rio Guandu, são prioridades anunciadas pela Ministra Marina Silva. A sociedade deve se mobilizar, a justiça deve coibir a impunidade ambiental, os recursos devem fluir de forma transparente, e a população deve fazer a sua parte, acompanhando obras,usando o voto, a consciência ambiental e mudando seus hábitos predatórios. Água é vida, SOS rio Paraíba do Sul.

Carlos Minc, deputado estadual (PT-RJ) é presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da ALERJ.

domingo, 16 de novembro de 2008

Frigorífico causa desastre ambiental em rio de Mato Grosso

Toneladas de peixes foram mortos por resíduos lançados pela empresa.
Denúncia foi feita por e-mail por leitora do Globo Amazônia.

Arraias, cascudos, matrinxãs, pacus e dezenas de ouras espécies de animais aquáticos de um trecho do rio Areões, de Nova Xavantina (MT), morreram na última semana por causa da poluição das águas causada por um frigorífico da região. A denúncia foi feita por e-mail ao Globo Amazônia pela internauta Beatriz Kemerich, cujos pais moram na região, e também foi checada em campo por fiscais do Ibama, que verificaram o crime ambiental.

Foto: João Lima Filho / Arquivo pessoal

Toneladas de peixes, inclusive arraias, foram encontradas boiando no rio Areões, no município de Nova Xavantina (MT). (Foto: João Lima Filho / Arquivo pessoal)

O problema começou na última sexta-feira (7), quando fazendeiros das margens do Rio Areões perceberam que centenas de peixes mortos começaram a aparecer boiando na água. Eles acionaram técnicos da Universidade do Estado do Mato Grosso (Unemat), que analisaram a água e verificaram o baixo índice de oxigênio.

Nesta quarta-feira (12), fiscais do Ibama foram ao local e descobriram que a poluição havia sido causada por resíduos lançados pelo Frigorífico Independência, que fica nas margens de um afluente do Areões. A empresa foi interditada e multada em R$ 2 milhões.

Análise revela que índice de oxigênio na água estava 20 vezes inferior ao ideal. (Foto: João Lima Filho / Arquivo pessoal)

Por meio de sua assessoria de imprensa, o frigorífico informou que uma equipe técnica está no local realizando análises. A empresa diz que só se pronunciará sobre o caso após a conclusão desses estudos.

De acordo com Nilton Padovan, promotor do Ministério Público Estadual de Mato Grosso que investiga o caso, esta já é a terceira vez em que peixes morreram por causa de dejetos lançados pelo frigorífico. “Esta última foi a mais grave”, informa. Segundo o promotor, a análise da água comprova que a mortandade começou logo após o ponto em que o córrego proveniente do frigorífico deságua no Areões.

Por temer que novos acidentes aconteçam, o promotor estuda a possibilidade de entrar com uma ação civil pública pedindo a interdição judicial da empresa. “[Se isso acontecer, o frigorífico] ficaria interditado até que eles mostrassem que estão em condições de operar sem interferir no meio ambiente”, afirma.

Falta de oxigênio


Os estudos feitos nos laboratórios da Unemat mostram que a quantidade de oxigênio dissolvido na água estaria cerca de 20 vezes inferior ao padrão esperado. “Estava com 0,34 mg/litro, quando deve ser entre 5 a 8”, informa João Lima Filho, bolsista do laboratório de Ictiologia e Liminologia da universidade. “Temos toneladas de peixes mortos em uma grande extensão do rio Areões. A mortandade atingiu desde pequenos lambaris até pintados de um metro de tamanho”, relata.

fonte: http://www.globoamazonia.com

Tabela de Defeso da Piracema 2008 -2009 atualizada

O QUE É A PIRACEMA?

Na língua Tupi, Piracema é a palavra que quer dizer “saída dos peixes para a desova”. Os índios já observavam que alguns peixes saíam dos lagos e baías em movimentos migratórios que culminavam com a reprodução, e, mesmo nos dias de hoje, essa ainda é a palavra que melhor traduz toda a complexa seqüência do processo reprodutivo dos peixes em condições ambientais propícias.

Antes, muito antes da reprodução propriamente dita acontecer, os animais interpretam os sinais ambientais de que a estação favorável está para chegar. Dias mais quentes, chuvas mais freqüentes, água mais oxigenada, são alguns desses sinais. Machos e fêmeas dispersos em rios, lagos, baías e áreas de alimentação saem para a calha dos rios, deslocam-se milhares de quilômetros formando cardumes que se dirigem às áreas de desova, onde estarão próximos, maduros, prontos para o acasalamento. A fecundação dos peixes migradores é externa, e a elevada concentração de machos e fêmeos aumenta as chances de fertilização no ambiente aquático.

Os milhões de ovos e larvas, como nuvens suspensas na coluna d’água, serão vítimas de predadores, da escassez de alimentos e de muitas outras condições adversas. Poucos chegarão à fase adulta. A dispersão dos ovos, embriões e larvas para as margens dos rios, feita pelas correntes, concorre para que encontrem maior quantidade de alimento e proteção, reduzindo essa perda.

POR QUE HÁ RESTRIÇÕES À PESCA DURANTE A PIRACEMA?

Durante a piracema, o apelo para conservação da espécie é tão intenso que os peixes se descuidam de suas estratégias de proteção. Tornam-se presa fácil. A viagem de centenas de quilômetros os deixa extenuados, e muitos pescadores aproveitam-se dessa fragilidade para capturá-los facilmente, e em grandes quantidades. Agindo desse modo, interferem em todo o processo de perpetuação da espécie e renovação dos estoques, que será sentido na diminuição do tamanho dos peixes e na quantidade disponível para a pesca nos anos subseqüentes. Por isso é tão importante a proteção dos peixes na época da piracema.

O defeso da Piracema é determinado pela Lei n° 7.679, de 23 de novembro de 1988, e estabelecido anualmente pelo IBAMA, com a colaboração de órgãos, instituições e associações envolvidas com à pesca em cada bacia hidrográfica.

Tabela de Defeso da Piracema 2008 - 2009 / ATUALIZADA EM 12/11/2008. (96.5 KiB, 493 hits)

fonte: http://www.ibama.gov.br/

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

tubarões-martelo

Grandes tubarões brancos certamente não sofrem de falta de auto-estima - afinal, eles são os principais predadores dos oceanos. O tubarão-tigre (em inglês) e o tubarão cabeça-chata (em inglês) são bonitos, mas não são inofensivos - são caçadores silenciosos que ficam com um excelente aspecto­ na televisão e aterrorizam os desavisados freqüentadores das praias. O tubarão galha-branca e o cação-pena também são bonitos, embora não sejam tão temidos quanto seus parentes, o grande tubarão branco e o cabeça-chata. Nesse aspecto, os tubarões-martelo podem parecer um tanto diferentes, pois eles têm bocas pequeninas com pequenos dentes (em inglês) e não são conhecidos por incomodar os seres humanos. Eles não causam tanto medo nos mergulhadores nem nos surfistas. A cabeça de um tubarão-martelo é grande, chata e tem o formato de um martelo, com olhos esbugalhados nas laterais!

O grande tubarão-martelo
©iStockphoto.com/Ian Scott
O grande tubarão-martelo

Independentemente de sua aparência, os tubarões-martelo são uma das espécies mais intrigantes de tubarão. Há nove tipos diferentes de tubarões-martelo, das quais quatro são mais comuns e abundantes:

  • o grande tubarão-martelo
  • o tubarão-martelo-entalhado
  • o tubarão-martelo-liso
  • o cação-martelo-da-aba-curta
Desses quatro, só o cação-martelo-da-aba-curta não é considerado perigoso para as pessoas, mas mesmo com os outros três não é preciso se preocupar muito. Foram registrados apenas 38 ataques de tubarão-martelo a humanos desde 1580, e somente 16 deles não foram provocados. Também não se tem notícia de pessoas mortas por um tubarão-martelo [fonte: ISAF (em inglês)]. Eles não costumam ser agressivos em relação às pessoas, e os ataques não provocados ocorreram provavelmente porque eles ficaram surpresos ou com medo.

Tubarões-martelo são encontrados em águas temperadas e tropicais em todo o mundo. Algumas espécies, como o grande tubarão-martelo, ficam em águas mais profundas; já outras ficam mais próximas à costa. Eles gostam de águas mais frias e migram em cardumes na direção dos pólos nos meses mais quentes de verão. Eles são pescados (em inglês) comercialmente e como forma de lazer por sua pele e por sua carne e, como a maioria dos tubarões, suas barbatanas são normalmente cortadas em um processo chamado de finning, sendo utilizadas como ingrediente em sopas de barbatana de tubarão na Ásia. A retirada predatória das barbatanas de tubarões é condenada como prática cruel na maior parte do mundo e é ilegal em águas norte-americanas.

Neste artigo, abordaremos as características físicas dos tubarões-martelo e exploraremos as diferentes teorias sobre a utilidade da cabeça com formato tão incomum desse animal. Também aprenderemos sobre seus hábitos de acasalamento, como caçam, o que comem e quais espécies nadam em cardumes.

fonte:

http://ciencia.hsw.uol.com.br/tubarao-martelo.htm

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Abotoado - na Amazônia o nome popular e Bacu não consta no artigo abaixo


Nome Popular
Abotoado, Cuiu-cuiu, Armado, Armau

Nome Científico
Oxydoras spp.

Família
Doradidae

Distribuição Geográfica
Bacias amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata.

Descrição
Peixes de couro. A principal característica dos Doradidas é a presença de uma fileira de placas ósseas na região mediana dos flancos. No centro de cada uma dessas placas existe um espinho curvo voltado para trás. Além dessas placas, algumas espécies da família também possuem o corpo parcial ou totalmente coberto por placas ósseas, nesse caso sem os espinhos. Entre os doradídeos existem espécies com 3-4cm até espécies de grande porte, com mais de 1m de comprimento total e 20kg, como é o caso do Oxydoras niger, o maior Doradidae da Amazônia. No Pantanal (bacia do Prata) ocorre o Oxydoras kneri, um pouco menor, com cerca de 70cm. O gênero Oxydoras se distingue pela coloração cinza escuro uniforme, cabeça estreita, focinho longo, boca inferior, olhos grandes e presença de barbilhões curtos.

Ecologia
Peixes onívoros. A boca inferior e sem dentes e o focinho longo servem para conseguir os alimentos: larvas de insetos e outros invertebrados, inclusive camarões e moluscos, que vivem em meio aos detritos do fundo de rios e lagos. São encontrados em vários hábitats, incluindo matas inundadas, lagos de várzea e canais quando os cardumes sobem os rios. Oxydoras niger, o cuiu-cuiu como é conhecido na bacia amazônica, é muito apreciado como alimento pela população local, sendo freqüentemente encontrado em mercados e feiras. Por causa do grande porte, tem alguma importância para o mercado de exportação.

Equipamentos
O equipamento é do tipo médio/médio pesado; linhas de 20 a 30 lb.; anzóis de n° 2/0 a 6/0; linha de fundo com chumbo oliva.

Iscas
Iscas naturais: minhocuçu, pedaços de peixe, moluscos.

Dicas
Deve-se ter cuidado com a série de espinhos localizados nas laterais do corpo.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Pesca em rios e lagoas do Espírito Santo está proibida até fevereiro

Começa neste sábado (1º) o período de defeso de todas as espécies de peixes nativas de água doce chamado "piracema". A pesca em rios e lagoas ficará proibida até o dia 28 de fevereiro de 2009. Época em que os peixes sobem o leito dos rios para reprodução.

Segundo o Instituto de Meio Ambiente (Ibama), a proibição é para proteger a reprodução das espécies de peixes encontradas no Espírito Santo. Nesta época a pesca é facilitada pela quantidade de peixes nadando contra a correnteza dos rios e é um momento em que a perpetuação das espécies deve ser garantida.

Quem tiver estoque de peixes frescos e congelados deve declarar o que possui até dois dias úteis, após o início do período de defeso, junto ao Ibama ou órgão estadual competente. Caso alguém desrespeitar o período da piracema, será multado pelo Instituto.

Fonte.
http://gazetaonline.globo.com

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Arrais Amador

Habilitação obrigatória para a condução de embarcações de propulsão a remo, à vela e a motor, inclusive Jet-Ski.

A Argonauta conta em seus cursos, com o mais moderno método de ensino utilizado em vários paises no mundo, o sistema multi-sensorial de aprendizagem. O qual desenvolve a matéria através de apostilas, vídeos e acompanhamento direto do instrutor.

Para tal nossas salas de aula são equipadas com Tv 29”, Vídeo, DVD e computadores para a apresentação eletrônica dos tópicos de nossos cursos.

Programa: marinharia, manobras, marés, combate a incêndio, primeiros socorros, cartas náuticas, RIPEAM, balizamento, legislação R-LESTA, meteorologia, eletrônicos, sobrevivência no mar, etc.

O exame para a habilitação é realizado pela Marinha do Brasil, em São Paulo. Consiste de uma prova escrita com 40 questões de múltipla escolha. O resultado é divulgado no mesmo dia, e será entregue um protocolo com validade de 30 dias ate a confecção da carteira definitiva.

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terça-feira, 21 de outubro de 2008

Tucunaré - só na Amazônia existe 14 espécies




O Tucunaré é um peixe de escamas, com corpo alongado e estreito. A coloração é amarela-esverdeada, o dorso é escuro e o ventre, branco. Apresenta manchas e pintas, que variam de tamanho e cor conforme a espécie. A distribuição geográfica ocorre nas bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins.
É sedentária, ou seja, que não realiza migrações. Vive nas bocas dos rios, em lagos e lagoas e, durante a cheia, entra na mata inundada. Os Tucunarés formam casais e se reproduzem somente em rios, onde a água é corrente. Constroem ninhos e cuidam da prole. Entre os alimentos prediletos estão os camarões e pequenos peixes. As iscas artificiais como Plugs de superfície, colheres e spinners, também são aproveitadas. Já as iscas de fundo são recomendadas em dias mais frios, pois dificilmente os Tucunarés sobem até a superfície para atacar. As varas são de porte médio ou pesado, com linhas de 17 a 30 libras e anzóis de 2/0 a 4/0, sem o uso de empates. O arranque com linha grossa é recomendado aos pescadores, para evitar a perda do peixe nas galhadas.
Na Amazônia existem 14 espécies de Tucunarés. Os mais conhecidos são: Os azuis, que proporcionam o maior número de variações com relação a cor em águas doces. Pode chegar a um metro e pesar até sete quilos. O Tucunaré-Amarelo, que tem três listras verticais pretas, pode chegar a 50 centímetros e pesar três quilos e meio. O Pitanga, com uma mancha vermelha na boca. E o Tucunaré-Paca, que tem a coloração marrom, mais clara no ventre e pintas amareladas em todo o corpo. O peso pode ser superior a 12 quilos.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Pesca surpreende no Balneário Rincão

Fernanda Zampoli|De Içara

Quando o barco "Terra Nativa" entrou no mar, na manhã de ontem, no Balneário Rincão, em Içara, os pescadores da Colônia Z-33, não alimentaram muitas expectativas, já que no dia anterior o rendimento havia sido pequeno. Por volta de 9h, na Zona Sul da praia, eles lançaram a rede de arrastão, com cerca de 1,5 metro quadrado, e às 13h, veio a grande surpresa. Num único lance, conseguiram retirar mais de 60 toneladas de corvina. Quantidade histórica para os 30 trabalhadores que se empenharam na tarefa de levar o pescado até a areia. Para que a rede fosse puxada, eles precisaram contar com a ajuda de familiares e amigos , além dos curiosos que foram conferir o fato de perto.

Não foi só a quantidade que chamou atenção de quem passou por lá. Os peixes tinham em média de quatro a cinco quilos, o maior deles calculava-se que pesava cerca de 12 quilos. "Nunca vi disso. Semana passada, em três lances, conseguimos 20 toneladas", comentou o presidente da Colônia de Pescadores Z-33, João Picolo.

Pescado será vendido

no Rio e em São Paulo

Uma das proprietárias da embarcação, Jarleci Ferreira Batista, 55 anos, há mais de 30 anos tira da pesca o sustento da família. O trabalho é feito do Farol de Santa Marta, em Laguna, até o Chuí, no Rio Grande do Sul. Durante as mais de três décadas, foi a primeira vez que ela presenciou, no Rincão, uma retirada desta proporção. O pescado será comercializado em Laguna, Rio de Janeiro e São Paulo. "Esse peixe tem grande aceitação no Rio e em São Paulo. Lá conseguimos vender, em média, a R$ 6, o quilo", afirma. Segundo ela, na região, o quilo da corvina custa entre R$ 3 e R$ 4. O lucro será divido entre os pescadores, que também levaram o pagamento em peixes.

Um caminhão de Laguna levará o pescado até Itajaí, e tamanho era o número de peixes, que a previsão era de que o trabalho fosse noite adentro. A tarde já havia se despedido quando os pescadores terminaram de levar o cardume até a areia. Um filhote de golfinho acabou se prendendo à rede e respirava com dificuldades na beira-mar. O animal foi resgatado pela Polícia Militar, que tentou devolvê-lo ao mar, sem sucesso. A Polícia Ambiental foi acionada para tentar salvá-lo.

A recompensa para quem trabalha no mar

Morador da praia desde que nasceu, o pescador Silvio Fernandes, 28 anos, era um dos mais animados com o resultado do dia. Na quarta-feira, lançou sua rede, que capturou apenas três peixes. Persistente, voltou ao mar ontem e teve muito trabalho. "Costumamos pegar de cinco a dez toneladas. Nunca vi isso antes. Hoje foi exagero", declarou. De acordo com ele, esse é um tipo de peixe que é impossível de ser percebido na água, o que torna difícil qualquer previsão de rendimento. "Ele fica no fundo da água, não vem pra cima. Diferente da tainha, por exemplo, que avistamos facilmente", explicou. Fernandes revelou que nesses dez meses de 2008, a colônia havia pescado uma quantia de aproximadamente 40 toneladas, e somente ontem, em um único lance, conseguiram uma pescaria 20% maior que o acumulado até então. O que para o pescador é motivo de mais trabalho. "Não tem descanso, amanhã já estamos de volta. Enquanto der para trabalhar temos que pôr a rede", enfatizou.

Com 35 anos de praia e 58 anos de idade, o pescador José Carlos da Costa, popularmente conhecido como Zé Mosquito, mesmo sem participar do lance, não continha a satisfação de presenciar a pesca. "Em todos estes anos, nunca vi isso. Este é um peixe que pescamos ‘na cega’. Fico muito feliz, porque se o companheiro pega, é sinal de benefício pra todos, porque também comemos", disse.

Entre as centenas de pessoas que se deslocaram até as proximidades da Plataforma Sul, onde o cardume foi capturado, estava a aposentada Maria Amélia da Silva, 77 anos. Com cirurgia recente em um dos pés, de dentro do carro, acompanhava atenta a movimentação. "Eu adoro peixe, e fico até emocionada de ver uma coisa dessas. É lindo ver o trabalho deles. Eu nunca tinha visto tanto peixe assim", declarou.

Para o oceanógrafo da Epagri/Ciram, de Florianópolis, Argeu Zanz, uma série de fatores pode ter contribuído para o aparecimento do cardume jamais visto antes na região. "Qualquer avaliação agora é precipitada, mas vários fatores podem ter contribuído, desde alimentação até um desvio de rota. Precisamos de um estudo aprofundado para podermos falar melhor", salientou. Conforme o meteorologista Ronaldo Coutinho, as condições do clima, presentes nos últimos dias na região, não influenciaram no aparecimento da grande quantidade de peixe. "Pode acontecer pelo fato de a água estar mais fria, o que a deixa com mais nutrientes, atraindo os peixes para alimentação. É uma questão de corrente marítima, não de tempo", revelou Coutinho.

http://www.atribunanet.com/home/site/ver/?id=79953