quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Recursos administrativos suspendem licitação do Aquário do Pantanal, obra de R$ 80 mi

Aviso da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) publicado nesta segunda-feira (27) em Diário Oficial suspende a licitação para a construção do prédio do Centro de Pesquisa e de Reabilitação da Ictiofauna Pantaneira, o Aquário do Pantanal. A reunião entre as empresas e a comissão julgadora seria realizada na quarta-feira, dia 29, às 9 horas. Mas, está sendo suspensa por força de recursos administrativos interpostos. A obra é orçada em R$ 80 milhões e o governo quer começar construção em março de 2011.

A reportagem do Midiamax já entrou em contato com o governo do Estado, mas até a publicação desta matéria não havia qualquer detalhe sobre os recursos administrativos interpostos. Não há ainda nova data prevista para a licitação da obra.

A primeira data para que as empresas comprovassem estar habilitadas para o julgamento das propostas era 16 de dezembro. Mas, como todas as cinco concorrentes foram consideradas inabilitadas, a Agesul ampliou o prazo em oito dias para que as empresas comprovassem as exigências previstas no edital referentes à habilitação.

Na quarta-feira, somente as empresas habilitadas teriam as propostas abertas e analisadas. Em caso de nova inabilidade de todas as correntes, o governo teria que abrir nova concorrência.

Conforme a Agesul, disputam a licitação a Egelte Engenharia Ltda, UNI Engenharia e Comércio Ltda, Consórcio Azevedo & Travassos – DM, constituído pelas empresas DM Construtora de Obras Ltda e Azevedo e Travassos S/A, Construtora Celi Ltda e a MPD Engenharia Ltda.

Ainda de acordo com a Agesul, algumas empresas deixaram de cumprir alguns itens, entre eles a exigência de um biólogo ou oceanógrafo e medidas de estacas (fundações de edificações) exigidas no edital para a construção do Aquário.

O Aquário do Pantanal

O Aquário do Pantanal foi anunciado em outubro de 2009 pelo governador André Puccinelli (PMDB) com uma das obras emblemáticas do MS Forte, um conjunto de ações para o desenvolvimento do Estado.

A obra será construída no Parque das Nações Indígenas e terá 18.636 metros quadrados. O arquiteto Ruy Othake assina a obra.

O aquário de água doce terá 6 milhões de litros de água, 263 espécies e 7.000 animais. O local deve entrar em operação no início de 2012 e terá capacidade para receber 20 mil visitantes por dia.

O espaço irá abrigar um centro de conferências, laboratórios e biblioteca para livros e teses sobre o Pantanal, instalações que foram desenhadas lado a lado com os 25 tanques de peixes, jacarés, sucuris, entre outras espécies.

Além do ambiente interno, que inclui um túnel de 180 graus, o aquário terá cinco tanques externos, que poderão ser percorridos a pé ou em um trajeto aquaviário em barco com fundo de vidro.

O projeto apresenta uma estrutura de 90 metros de comprimento e 18 de altura. O prédio possuirá um amplo saguão, equipado com banheiros, setor de informações, auditório para 250 pessoas, restaurante, lanchonete, biblioteca e bancada de interação, entre outros detalhes.

Escadas rolantes, comuns e elevadores próprios para portadores de necessidades especiais levam o visitante aos tanques e a um ambiente especial para as sucuris. Nos ambientes externos, ficarão plantas nativas do Pantanal, jacarés, ariranhas e lontras, entre outros animais. Com informações da assessoria da Agesul
.fonte: http://www.midiamax.com

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Brasil quer estar entre os 5 maiores na pesca

Criação Pirarucu-Am
SÃO PAULO - Com a expectativa de se tornar o quinto maior produtor de pescado em cativeiro (aquicultura) do mundo nos próximos dez anos, o Brasil deve fechar 2011 com uma produção superior a 570 mil toneladas de peixes, contra as 500 mil esperadas neste ano. Além disso, o Ministério de Pesca e Aquicultura prevê chegar a 2015 com um consumo anual superior a 12 quilos por habitante, ante os nove quilos esperados este ano.

O País, que ocupa atualmente a 18° posição entre os maiores produtores de aquicultura no mundo, pode ficar entre os dez maiores já em 2015, quando se espera uma produção de aproximadamente 1 milhão de toneladas de peixes. As informações são da Secretaria Nacional da Aquicultura.

Desde 2003, quando a secretaria foi fundada, os planos do governo se baseavam na ampliação da oferta de peixes em cativeiro. Para isso foi criado um decreto que permitia o uso de águas da União pelos produtores. Segundo Felipe Matias, secretário nacional da aquicultura, inicialmente, a autorização não gerou uma grande procura dada a burocracia para receber tal permissão. Naquele ano, a produção da aquicultura nacional era de 278 mil toneladas e até 2005 os volumes somente caíam, chegando a 257 mil toneladas de pescado.

Somente em 2008 a produção de pescado em cativeiro obteve o primeiro grande resultado, de acordo com o secretário, saltando de 289 mil toneladas em 2007, para 365 mil. "As pessoas queriam produzir nessas águas e não conseguiam. Em 2003, o decreto regulamentou o cultivo e possibilitou essa guinada. Os resultados só foram aparecer em 2008, quando começamos a fazer as cessões ( o mesmo que os títulos de terra) dessas águas para que as pessoas produzissem", afirmou Matias, acrescentando que a União possui mais de 5 milhões de hectares em águas, que servem para a produção de peixes.

Em 2009, quando a produção já ultrapassava a casa das 415 mil toneladas, o presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva resolveu criar o Ministério da Pesca e Aquicultura, que movimentava por ano mais de US$ 5 bilhões.

No plano de desenvolvimento criado em 2008, a meta estipulada para a produção da aquicultura até 2011 era chegar a 570 mil toneladas. "Este plano tem como meta atingir 570 mil toneladas de pescado até 2011. Esse ano bateremos as 500 mil. Se esse crescimento continuar, o que não uma tarefa difícil, bateremos com folga a meta para o ano que vem", completou o secretário.

Atualmente, a aquicultura é responsável por 33% do total de pescado produzido no País, que é de 1.240 milhão de toneladas. Em 2003, juntando a pesca de captura e a pesca em cativeiro, o Brasil produzia apenas 990 mil toneladas de pescado. No mundo essa porcentagem sobe para 43%, devendo chegar em 2011 com mais de 50%. "Em 2011, a produção em cativeiro será maior que a produção de captura. E isso é uma tendência mundial. A nossa produção atual no Brasil, de 415 mil toneladas, representa 33% do total. Certamente, nos próximos cinco anos, nós também vamos ultrapassar os 50%", disse Matias.

O otimismo do setor é tão grande com o crescimento de 20% ao ano, que a expectativa para os próximos cinco anos é ficar entre os dez maiores produtores globais de aquicultura. "Se dermos sequência ao crescimento de 20% nós devemos, nos próximos cinco anos, ficar entre os dez maiores produtores do mundo de aquicultura, com uma produção superior a 1 milhão de toneladas de pescado. E nos próximos dez anos, ou seja, 2020, seremos o quinto maior", afirma.

Em relação aos volumes importados pelo Brasil, que este ano devem ficar próximos a 500 mil toneladas (ante as 524,5 mil toneladas de 2009), Matias acredita que, com o crescimento da produção em 2011, serão vistos volumes bem menores. "Importamos volumes grandes de pescado, como o bacalhau, a sardinha, a merluza e o salmão, mas isso deve mudar nos próximos anos".

A barreira da certificação

Matias contou que o mundo já começa a se preparar para as produções certificadas a exemplo de outras carnes. Entretanto, em um encontro global, realizado na Tailândia, para discutir o assunto, o secretário afirmou que o Brasil assumiu a posição de confronto. Isso porque alguns países desenvolvidos pretendem usar a certificação para barrar a entrada de pescados de outros países.

"O Brasil tem uma posição muito clara e foi de confronto. Somos favoráveis e queremos investir em certificação porque gera qualidade. Mas não aceitamos que isso seja usado como barreira, pois alguns países - principalmente europeus - estavam querendo usar isso como barreira. Os países em desenvolvimento precisam de mais tempo para isso", disse Matias. "O mundo está dizendo que o gigante acordou (Brasil) e estão temerosos sobre o que podemos fazer em relação a competitividade", finalizou. Atualmente menos de 5% da produção nacional de aquicultura possui certificado.

A pesca em cativeiro se divide em duas categorias: a aquicultura continental e marinha. A continental é baseada em pescados de água doce, como a Tilápia, e representa 81% do total. Já a marinha é estabelecida em águas salgadas com a produção de ostras, mexilhões e camarões. "Somos muito fortes na aquicultura continental e é isso que gera o receio de outros países produtores".

Com a expectativa de se tornar o quinto maior produtor de pescado em cativeiro (aquicultura) do mundo nos próximos dez anos, o Brasil deve fechar 2011 com uma produção superior a 570 mil toneladas de peixes, contra as 500 mil esperadas neste ano. Além disso, o Ministério de Pesca e Aquicultura prevê chegar a 2015 com um consumo anual superior a 12 quilos por habitante, ante os nove quilos esperados este ano.

O País, que ocupa atualmente a 18° posição entre os maiores produtores de aquicultura no mundo, pode ficar entre os dez maiores já em 2015, quando se espera uma produção de aproximadamente 1 milhão de toneladas de peixes. As informações são da Secretaria Nacional da Aquicultura.

Desde 2003, quando a secretaria foi fundada, os planos do governo se baseavam na ampliação da oferta de peixes em cativeiro. Para isso foi criado um decreto que permitia o uso de águas da União pelos produtores. Segundo Felipe Matias, secretário nacional da Aquicultura, inicialmente, a autorização não gerou uma grande procura, dada a burocracia para receber tal permissão. Naquele ano, a produção da aquicultura nacional era de 278 mil toneladas e até 2005 os volumes somente caíam, chegando a 257 mil toneladas de pescado.

Apenas em 2008, a produção de pescado em cativeiro obteve o primeiro grande resultado, de acordo com o secretário, saltando de 289 mil toneladas em 2007, para 365 mil. "Em 2003, o decreto regulamentou o cultivo e possibilitou essa guinada", afirmou Matias, acrescentando que a União possui mais de 5 milhões de hectares em águas que servem para a produção de peixes.

Fonte: http://www.dci.com.br

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Calendário reúne melhores fotógrafos do fundo do mar

Foto: David Flee/Bite-Back

Organização quer conscientizar sobre os riscos da pesca excessiva

O calendário de 2011 da organização britânica de conservação marinha Bite-Back apresenta imagens de 12 dos mais premiados fotógrafos de vida submersa no mundo.

Cada fotógrafo ilustrou um mês, com comentários sobre a importância da preservação de animais marinhos como os tubarões, um dos principais temas do projeto.
O calendário de 2011 da organização britânica Bite-Back apresenta trabalhos dos melhores fotógrafos de vida submersa no mundo. Na imagem, um peixe-boi
Segundo a organização, mais de 70 milhões de tubarões são mortos todos os anos, e 12 espécies desaparecerão completamente até 2017.

A Bite-Back tenta alertar empresas e supermercados ingleses para o perigo da pesca excessiva de determinadas espécies típicas da região.

Dados da organização dizem que o mundo pode ficar sem peixes já no ano de 2048. O diretor da campanha do calendário, Graham Buckingham, diz que não podemos contar com o fato de que os oceanos nos alimentarão indefinidamente sem o receio de perder algumas espécies para sempre.

Ele diz que o trabalho da organização já fez com que supermercados ingleses mudassem os peixes que vendem e encorajou restaurantes orientais a suspender a venda de sopa de barbatanas, uma das principais causas da morte de tubarões.

O calendário 2011 da Bite-Back custa R$ 21 e pode ser comprado pela internet no site da organização


fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO PARA TODOS!

Foto BBC Brasil

    Desejamos a todos  boas pescarias em 2011,   e que os grandes peixes encontre as nossas iscas.

      

domingo, 19 de dezembro de 2010

Vale apena rever a matéria e conhecer o Bacalhau antes de comprar.


Bacalhau é um peixe?



por Marcos Nogueira
Bacalhau não é um peixe, mas vários. Cinco espécies marinhas podem ser vendidas com esse nome. Existe, porém, o chamado “bacalhau legítimo”: opeixe Gadus morhua, considerado o melhor de todos. Ele também é conhecido como cod ou bacalhau do Porto – uma referência à cidade portuguesa, apesar de não haver bacalhau em águas lusitanas. É que o Porto é um importante centro de comércio do peixe seco e salgado que chega do Atlântico Norte, em especial da Noruega. Portugal se tornou o maior mercado consumidor de bacalhau do mundo por causa dos maluquetes que se aventuravam pelos oceanos nos séculos 15 e 16. Aquele peixe duro e seco podia cheirar mal, mas demorava alguns meses para estragar. Por isso, era o alimento ideal para ser estocado nos porões das naus de Cabral e companhia. O bacalhau caiu no gosto da população portuguesa e, por tabela, da brasileira – o  consome 30% do bacalhau produzido na Noruega, o que em 2002 correspondeu à bagatela de 18 mil toneladas.Por causa da atual escassez de bacalhau (decorrente da pesca predatória), o preço do dito cujo está pela hora da morte. Mas o peixe absorve muita água e ganha cerca de 20% do seu peso após ficar de molho por um ou dois dias – o  de dessalgação depende do tamanho dos pedaços de bacalhau. Além do mais, o sabor forte do bacalhau se destaca mesmo em pratos que levam pouco peixe e um montão de batatas, por exemplo.

Quem quer bacalhau? Saiba escolher otipo que se ajusta ao seu paladar e ao seu bolso

Ling

O nome científico deste peixe é Molva molva. Distingue-se dos outros bacalhaus por ser bem mais estreito. Sua carne é mais clara que a do saithe e seu preço também é bastante razoável – por isso, faz bastante sucesso entre os mestres-cucas econômicos

Bacalhau do Porto

O Gadus morhua é o melhor e mais caro bacalhau. O peixeinteiro também é mais largo que as outras variedades. A carne é amarelo-palha e, quando cozida, se desmancha em lascasuniformes. É semelhante ao bacalhau do Pacífico (Gadus macrocephalus), menor, mais barato e de qualidade inferior

Saithe


Nome comercial do peixe Pollachius virens. Esse bacalhau tem carne escura e de sabor bastante acentuado. Muito mais barato que o bacalhau do Porto, é bastante popular no Brasil. Como desfia com facilidade, é utilizado principalmente em bolinhos, saladas e ensopados

Zarbo

Ou, como preferem os cientistas, Brosme brosme. Menor de todos os tipos de bacalhau, o zarbo também tem preço relativamente baixo e muita aceitação no mercado brasileiro. Sua carne não é lá essas coisas, mas não faz feio quando misturada a outros ingredientes.

fonte: http://super.abril.com.b

Os tipos de bacalhau


O bacalhau faz parte da família dos gadídeos (Gadus), peixes típicos de mares gelados do Círculo Polar Ártico e do Pacífico Norte. Das cinco variedades existentes (Cod, Macrocephalus, Saithe, Ling e Zaibo), apenas dois - o Cod Gadus Morhua (Porto) e o Cod Gadus Macrocephalus - recebem no  - por lei - a denominação de bacalhau. Os demais são considerados peixes secos e salgados. Mas todos são bacalhaus.
No Brasil, 87% do bacalhau consumido vem da Noruega. É o "Legítimo Bacalhau", pescado no Atlântico Norte. Veja na tabela abaixo os cinco tipos de bacalhau.
As cinco variedades de bacalhau
Cod Gadus Morhua, o "Legítimo Bacalhau" ou Bacalhau do Porto
Considerado o mais nobre dos bacalhaus, o Porto é fácil de identificar: é o maior, o mais largo, com postas mais altas e com cor palha uniforme. Quando cozido, desfaz-se em lascas claras e tenras.
Cod Gadus Macrocephalus ou Bacalhau do Pacífico
Vem do Pacifico Norte ou do Alasca e é muito parecido com o Porto. Sua carne, quando cozida, é fibrosa e não se desfaz em lascas. Uma maneira de diferenciá-lo do Porto é observar se seu rabo e suas barbatanas apresentam uma espécie de bordado branco nas extremidades.
Saithe
É mais escuro e tem sabor mais forte que o Cod e o Macro. O preço do quilo varia de R$ 30 a R$ 40, e sua carne é ideal para bolinhos, saladas, risotos e ensopados, pois, quando cozida, desfia facilmente.
Ling
O mais estreito dos bacalhaus. Sua carne, clara e bonita, pode ser usada tanto para postas quanto para pratos que pedem a carne desfiada.
Zarbo
O menor de todos os bacalhaus. Sua carne é escura e fibrosa quando cozida.
O Mundo do Bacalhau

Os cinco tipos de bacalhau descritos acima podem receber três classificações de qualidade: Imperial, Universal e Popular. O Imperial é a nata dos bacalhaus: bem cortado, bem escovado e bem curado. O Universal é o bacalhau que apresenta pequenos defeitos que não comprometem a qualidade. Popular é a classificação para o bacalhau que apresenta manchas e falta de pedaços arrancados pelo arpão na hora da pesca.
Por que se come bacalhau na Páscoa

Ovos de chocolate, coelhos de chocolate, caixas e mais caixas de bombons – de chocolate. Embora a guloseima feita de cacau e leite seja um dos pontos fortes das tradições culinárias da Páscoa, é o bacalhau o rei da festa. O peixe salgado e seco, de sabor marcante, saiu da  da família real, em 1808, e ganhou as  da plebe brasileira nos anos seguintes. De lá pra cá, o consumo teve altos e baixos, pois o preço da iguaria sempre esteve atrelado ao dólar. Hoje, mesmo com a moeda americana em baixa, os preços ainda são tão salgados quanto o peixe: variam de R$ 30 a R$ 100 o quilo, de acordo com a variedade (cod, ling, zarbo ou saithe) e o pedaço (lombo, lascas, rabo ou pontas).

Mas como um prato típico do mar frio da Noruega e da Islândia veio aportar no Brasil?A história do gadus morhua, nome científico do bacalhau, remonta o tempo dos vikings. O peixe abundava nos mares onde os filhos de Thor navegavam lá pelo século 9. Para preservar o alimento durante as longas viagens, eles secavam o peixe ao ar livre até que ele perdesse um quinto do seu peso, endurecesse e pudesse ser comido aos pedaços durante as viagens. Mas foram os bascos, na Espanha, que tiveram a idéia de salgar o pescado para preservar o alimento por mais tempo e facilitar o comércio. A partir de então, o bacalhau ganhou a aparência e o sabor marcante que conhecemos hoje. Mas imagine a revolução na alimentação que a cura e a salga do peixe não provocaram naquela época. Como ainda não havia geladeira, os alimentos estragavam facilmente, e o bacalhau curado e salgado durava meses.

Claro que tamanha revolução acabou em guerra. No século 16, França, Portugal, Inglaterra e Alemanha lutaram pelo controle da pesca do bacalhau no mar da Islândia. E ao longo dos séculos seguintes, vários tratados internacionais foram assinados para regular os direitos de pesca e comercialização do peixe. Mas e o Brasil, onde entra nisso? Como todos sabem, o Brasil foi descoberto e colonizado por portugueses, que eram grandes consumidores do pescado na época. Eles usavam o bacalhau como alimentação principal nos navios durante a época dos descobrimentos. Para evitar uma possível falta do produto, os portugueses até tentaram o mesmo processo de salga do bacalhau com outros peixes, mas não deu lá muito certo. Ora o sabor se perdia, ora o peixe curado não durava tanto. O que dava vantagem ao bacalhau é quepor ter um baixo teor de gordura, o bacalhau tem seus nutrientes e sabor preservados durante o processo de cura, salga e secagem. Essa característica transformou o bacalhau em hábito alimentar dos portugueses, que até encontraram uma variedade do peixe no Pacífico Norte, lá pelos lados do Alaska (o Cod Gadus Macrocephalus) para suprir a falta do bacalhau norueguês. Até hoje, o peixe é uma das tradições principais.


O bacalhau aportou no Brasil junto com os primeiros portugueses, mas só com a vinda da família real para cá, em 1808, é que ele foi incorporado aos hábitos alimentares brasileiros. De 1808 até a Segunda Guerra, o bacalhau era um produto relativamente barato (mesmo sendo importado da Noruega) e fazia parte até da dieta da população de menor poder aquisitivo. Pratos à base do peixe eram consumidos à farta nas sextas-feiras, nos dias santos e nas festas familiares. Mas com a Segunda Guerra veio a escassez de comida na Europa, e o preço do bacalhau foi às alturas, restringindo o consumo popular. O peixe virou artigo de luxo, e passou a freqüentar as mesas brasileiras somente no Natal e na Páscoa, as principais festas cristãs.

Aliás, a religião é o motivo pelo qual o bacalhau se transformou em tradição na Páscoa. Durante a Idade Média, a Igreja Católica obrigava seus fiéis a jejuar e a excluir de suas dietas carnes consideradas quentes. O número de dias de abstinência era grande e não ficava restrito somente à Quaresma, o período de 46 dias entre a Quarta-feira de Cinzas e o Domingo de Páscoa. O consumo do bacalhau, uma carne fria, era incentivado nesses dias de abstinência. Os portugueses, católicos e amantes do bacalhau, eram os maiores consumidores. O hábito do bacalhau nos dias de jejum veio para o Brasil com os portugueses. Ao longo dos anos, porém, o rigor do calendário de jejum católico se perdeu, mas nas datas mais expressivas da religião – Natal (Nascimento de Cristo) e Páscoa (Ressurreição de Cristo) - o hábito de comer bacalhau ainda persiste.

O cardápio da Páscoa, porém, mantém outras tradições. Bacalhau na Sexta-Santa, cordeiro e ovos de chocolate no Domingo de Páscoa. E para que você aproveite um pouco dessa tradição, este artigo termina com duas receitas típicas portuguesas para o bacalhau: Bolinho de bacalhau e Bacalhau na brasa com batatas coradas.



: http://lazer.hsw.uol.com.br

sábado, 11 de dezembro de 2010

APAIARI (Astronotus ocellatus)

Características – é uma espécie de grande beleza pela grande variedade de cores que apresenta. Peixe de escamas com o corpo apresentando manchas escuras verticais irregulares e uma grande mancha ocelar na parte superior do pedúnculo da nadadeira caudal. Às vezes apresentam forte coloração avermelhada nos flancos e no ventre. Os ocelos são escuros no centro e alaranjados ao redor. Atinge cerca de 35 a 40 cm de comprimento total e cerca de 1,5 kg de peso.
Habitat – lagos de várzea e lagoas marginais, adaptado a águas paradas e rasas de fundo lamacento ou arenoso.

Ocorrência – Bacias Amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata. Foi introduzido nos açudes do Nordeste e na bacia do Rio São Francisco.
Hábitos – não são migradores.
Alimentação – onívoros, com forte tendência carnívora, consumindo pequenos peixes, insetos, crustáceos e frutos e sementes.
Reprodução – tem reprodução monogâmica até 3 vezes ao ano, atingindo a maturidade sexual por volta de 10 a 12 meses, com cerca de 1.500 a 2.000 ovos por desova. Formam casais na época da reprodução e protegem a prole.
Ameaças – são bastante apreciados como alimento e os alevinos como peixe ornamental. Poluição, destruição do habitat e caça para o tráfico de animais selvagens são as principais ameaças.
fonte http://www.vivaterra.org.br

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

TABARANA (Salminus hilarii)

Características – peixe de escamas de porte médio com cerca de 40 cm de comprimento total. O focinho é pontiagudo e a boca terminal com dentes cônicos em duas fileiras, tanto na maxila superior quanto na mandíbula. A coloração é cinza esverdeado e as nadadeiras avermelhadas. A nadadeira caudal possui uma faixa escura na região central. Apresenta mancha na região umeral e na base da nadadeira caudal. Linha lateral com 66 a 72 escamas. Apresenta 10 escamas entre o início (origem) da nadadeira dorsal e a fileira de escamas da linha lateral.
Habitat – pequenos rios, poções profundos logo abaixo de corredeiras com águas mais calmas, galhadas e paredões rochosos .
Ocorrência – bacias do Paraná e do São Francisco.

Alimentação – carnívoros. Sua dieta inclui peixes, camarões e insetos.
Reprodução – desova no próprio rio, sendo que as fêmeas com comprimento entre 30 cm e 36 cm chegam a apresentar até 52 mil óvulos nas suas gônadas.
Ameaças – pesca predatória, poluição e destruição do habita
fonte: http://www.vivaterra.org.br/

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

QUATRO OLHOS (Anableps anableps)

Características – também conhecido como tralhoto, alcança 30 cm de comprimento e peso de 400 g . Possui o olho dividido em partes aéreas e aquáticas. Cada olho é uma estrutura dupla, que se projeta acima da linha da água. A córnea está dividida por uma banda pigmentada horizontal numa zona superior, fortemente convexa e numa zona inferior, plana. A íris possui duas projeções que dividem a pupila em duas, A superior adaptada à visão aérea e a inferior, adaptada à visão aquática.
Habitat – água doce, às vezes em partes de lagoas salobras e litorais de mangue.
Ocorrência – da Venezuela ao delta do rio Amazonas

Hábitos – vive em cardumes. Pode permanecer em fundo de lama exposto ao ar durante a maré baixa.
Alimentação – insetos, algas e pequenos peixes.
Reprodução – apresentam dimorfismo sexual com os machos possuindo um gonopodium. Curiosamente, machos e fêmeas possuem os seus orgãos sexuais orientados, ou para a direita, ou para a esquerda. Devido a este facto, os machos destros apenas podem copular com fêmeas canhotas e vice-versa.
Ameaças – destruição do habita
fonte: http://www.vivaterra.org.br

CANDIRU (Vandellia cirrhosa)




Características – também chamado de peixe-vampiro, pertence ao grupo comumente chamado de peixe-gato ou bagres. Podem alcançar comprimentos de 2,5 a 15 cm, com corpo muito delgado, com 6 mm de largura. Seu corpo é muito liso. Possui ossos afiados com uma série dos espinhos situados em torno da cabeça usados ao se alimentar, perfurando as escamas dos peixes e extraindo o sangue ao fixar-se no local. Tem forma de enguia e é quase invisível na água.

Habitat – tocas em fundos arenosos ou lamacentos
Ocorrência – são peixes endêmicos da América do Sul. Bacias Amazônica, Prata, São Francisco e na do Leste.
Hábitos – peixe muito temido pelos povos nativos. É um parasita. Nada até as cavidades das guelras dos peixes e se aloja lá, alimentando-se de sangue nas guelras. É atraído pela urina e sangue, e se o banhista estiver nu, o peixe nadará e penetrará num orifício do corpo (ânus, vagina ou uretra, por meio do pênis). Instalando-se aí, alimenta-se de sangue e tecido do corpo, da mesma forma que faria na guelra do peixe. Localiza seu hospedeiro seguindo o fluxo da água das guelras até sua fonte. Urinar enquanto se banha, aumenta as chances do candiru se hospedar na uretra humana. Ao urinar na água, a pessoa está dando sinal verde para que o candiru ataque, pois se sente atraído pela uréia ou amônia. Se houver alguma tentativa para retirá-lo da uretra, o candiru abre os dois dentes (semelhantes a espinhos) que ficam lateralmente nos opérculos, embaixo da cabeça, rasgando o tecido. Ao se tentar a extração do animal, estes dentes na região opercular se encravam cada vez mais nas carnes, provocando grande hemorragia. Portanto, não é recomendado puxar o peixe. O ideal é tentar impedir que ele penetre mais no corpo e a solução é cortá-lo ou segurá-lo. Uma vez fora da água, o candiru acaba morrendo. A única maneira de tirá-lo é através de intervenção cirúrgica. Freqüentemente, a infecção causa choque e morte nas vítimas antes que o candiru possa ser removido. Nadador rápido e poderoso. É um peixe ativo durante o dia e à noite.
Alimentação – sangue. Apesar de se alimentarem exclusivamente de sangue, não o fazem como as sanguessugas, conforme muita gente pensava. De pequeno porte, eles penetram por orifícios da vítima e mordem diretamente as artérias. Após a penetração, ele morde, com seus dentes afiados, uma das artérias dos hospedeiros.
Reprodução – ainda não se conhece muito bem o ciclo reprodutivo
Predadores naturais – piranha
Cuidados - para escapar de um encontro desagradável com esses peixes, basta seguir algumas recomendações básicas:
* Evite nadar sem trajes de banho que cubram os órgãos genitais.
* Não nade em locais desconhecidos sem antes falar com pessoas que conheçam a região.
* Evite entrar na água com cortes e arranhões recentes que possam sangrar.
* Jamais urine na água, já que a uréia pode atrair candirus e outros predadores.
* Caso seja atacado por um candiru, não puxe em sentido contrário porque os seus dentes podem rasgar a uretra. Procure um médico imediatamente.
fonte: http://www.vivaterra.org.br

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ibama apreende 600 kg de peixes e 125 mil metros de redes de pesca na Bahia

A equipe de fiscalização do Ibama/BA apreendeu, no período de 02 a 15/11, um total de 125 mil metros de redes de pesca, o que equivale a 125 quilômetros em linha reta do produto, durante a operação de defeso da piracema realizada na região que compreende a calha do rio São Francisco.

A apreensão foi considerada um recorde pelos integrantes da equipe e um golpe naqueles infratores, que, anualmente, insistem em desrespeitar o período da piracema, iniciado em 01/11/2010 e com término previsto para 28/02/2011.

No decorrer da operação, também foram apreendidos aproximadamente 600 quilos de peixes de diversas espécies, como curimatã e surubim, e emitidos treze autos de infração, no valor total de R$ 255 mil.

Composta por dez servidores do Ibama e quatro agentes da polícia civil ambiental de Ilhéus, a equipe percorreu, durante os treze dias de operação, cerca de doze municípios ao longo do rio São Francisco, entre os quais, Juazeiro, Sobradinho, Casa Nova, Remanso, Pilão Arcado, Xique-Xique e Petrolina, e vistoriou inúmeros estabelecimentos de comercialização de pescados, como frigoríficos, peixarias e boxes nos mercados municipais, com o objetivo de verificar os valores relacionados nas declarações de estoque.

http://www.ibama.gov.br

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Italiano bate recorde ao pescar peixe de 2,5 metros em rio

Especialistas estimam que ele tenha entre 20 e 30 anos de idade.
Após pesá-lo e medi-lo, pescador soltou o peixe novamente no rio.

O italiano Roberto Godi, de 32 anos, estabeleceu um novo recorde na Europa ao pescar o maior peixe em água doce. Ele fisgou um peixe-gato (conhecido no Brasil como bagre) de 2,5 metros de comprimento e 113,45 quilos, superando por mais de um quilo a antiga marca.

Segundo reportagem do jornal inglês "Daily Mail", Godi pescou o peixe gigante em um rio em Mantova, norte da Itália. Após pesar e medir o peixe, o pescador decidiu soltá-lo novamente no rio. Pelo tamanho, especialistas estimam que ele tenha entre 20 e 30 anos de idade.

fonte http://g1.globo.com

Dono de 'pet shop' diz ter peixe de 43 anos em aquário

Pacu negro já viveu duas vezes mais do que a média da espécie.

Steve Gruebel adquiriu o peixe em 1967, segundo o 'NY Daily News'.

Steve Gruebel com seu pacu negro de 43 anos de idade. (Foto: Reprodução/NY Daily News)

Dono de uma loja de animais em Nova York (EUA), o norte-americano Steve Gruebel, de 60 anos, disse que possui um peixe de 43 anos de idade e 20 quilos, segundo reportagem do jornal "New York Daily News".

O pacu negro se chama Buttkiss e foi adquirido por Gruebel em 1967. Ele vendeu o pacu um ano depois, quando ele tinha apenas cinco centímetros. Mas, em 1970, Buttkiss foi devolvido pelo comprador.

Hoje, o pacu mede 58,4 centímetros e vive em um aquário de 1,2 metro. Gruebel disse que tem medo de movê-lo de lugar, porque Buttkiss pode não sobreviver à mudança. Por causa da idade, o peixe apresenta glaucoma no olho direito.

De acordo com o "New York Daily News", Buttkiss já viveu duas vezes mais do que a média de um pacu.

fonte: http://g1.globo.com

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Peixe amazônico produz substância similar ao leite materno para alimentar filhotes

Uma pesquisa de cooperação internacional revela que o acará disco, espécie de peixe comum no município de Barcelos, no interior do Amazonas, tem uma característica própria na hora de cuidar dos filhotes. Ele produz um muco que, segundo os pesquisadores, é rico em nutrientes e tem função similar ao leite materno nos mamíferos (como acontece em humanos).


Os estudos foram feitos pelos pesquisadores estrangeiros Jonathan Buckley, Richard J. Mauder, Andrew Foey, Janet Pearce e Katherine Sloman em parceria com o cientista brasileiro Adalberto Val, coordenador geral do projeto Adapta e diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

Neste processo de alimentação, os filhotes 'beliscam' a pele dos 'pais' para obterem o alimento.

Conforme as pesquisas, os poluentes presentes na água podem ser passados dos pais para os filhotes onde através do muco os filhotes geram uma espécie de defesa. Por meio desse muco, há a passagem de substâncias essenciais para o crescimento e imunidade do peixe.

O Inpa desenvolveu nova tecnologia diferenciada para realizar o estudo. Foi produzida uma esponja especial onde é coletado o material, depois dissolvida no laboratório para fazer a análise.

A pesquisa foi desataque no site da BBC e deve ser publicada ainda este ano no The Journal of Experimental Biology, publicação internacional sendo a mais importante na área de biologia experimental. O próximo passo agora é fazer a análise genética para saber quais são os genes responsáveis pelo estímulo à produção do muco com nutrientes que só ocorre no período em que há filhotes.
fonte:
Carlos Eduardo Matos
Manoreporter

domingo, 21 de novembro de 2010

Peixe-boi vendido a peso de “ouro” no mercado negro

O peixe-boi é novo ‘ouro’ dos pescadores do Amazonas, segundo constatação do Batalhão Ambiental. Numa operação que durou quatro dias e, percorreu mais de dois mil quilômetros pelos rios Solimões e Tadajós, entre os municípios de Manacapuru, Codajás e Silves, os policiais apreenderam, aproximadamente, 1,6 toneladas de pescado, 900kg de carne de pirarucu, 100 quilos de carne de peixe-boi, além de carne de capivara, marreco e madeira ilegal. Segundo o coronel Dênis Sena, somente durante a seca, mais de 100 peixes-boi foram capturados e mortos por pescadores nessas duas regiões. Sena disse que a espécie ameaçada de extinção, é o novo “ouro” dos pescadores e, uma lata de carne do mamífero, com 15 quilos pode ser vendido a R$ 1,5 mil em Manaus. “É o chamado mixira de peixe-boi. Uma iguaria que é feita do filé do peixe-boi e que é conservada na banha do próprio animal.

Fonte: http://www.blogdafloresta.com.br

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Efeitos ambientais da pesca esportiva

Um pescador isolado que capture algumas percas ou bremas para alimentar a família não causa abalo grave no ecossistema aquático. Mas se multiplicarmos esse efeito pelos 40 milhões de pescadores de vara e carretilha (em inglês) só nos Estados Unidos, podemos ter agravamento significativo dos efeitos dessas capturas casuais. No entanto, a natureza e o ritmo da pesca esportiva permitem que os pescadores recreativos compensem melhor os efeitos potencialmente destrutivos de sua atividade.


Tomemos como exemplo as capturas excedentes. Um pescador sozinho captura apenas um peixe por vez. Dado esse ritmo lento, eles podem praticar técnicas de captura e restituição (em inglês) que resultam em índices relativamente baixos de mortalidade para os peixes descartados. Até mesmo os torneios de pesca esportiva marinha tendem em sua maioria a adotar métodos de captura e restituição [fonte: NOAA - em inglês]. De acordo com a Administração Nacional da Atmosfera e Oceano (NOAA) dos Estados Unidos, os pescadores libertaram 58% dos peixes que capturaram em 2007. O volume de peixes liberados varia de acordo com o tipo. Entre os peixes-gato, o índice de libertação foi de 2004, em 2007; já para o robalo listrado a restituição foi de apenas 21% [fonte: NOAA - em inglês].

Pesca esportiva
© iStockphoto.com /Michael Braun Photography

Libertar os peixes capturados na pesca esportiva não resulta em tanto desperdício quanto se poderia imaginar. Se um peixe for restituído à sua profundidade original em 10 minutos, as chances de sobrevivência dele aumentam [fonte: Sea Grant California - em inglês]. Um método controverso de fazê-lo envolve desinflar sua bexiga com um objeto agudo, como uma seringa hipodérmica. A bexiga de flutuação do peixe é o que permite que flutue e nade. Quando certas espécies de peixes são capturadas rapidamente, a pressão do ar causa inflação exagerada das bexigas. A menos que o pescador as perfure, o peixe pode retornar à superfície do mar e morrer, depois da restituição.


Efeitos econômicos da pesca esportiva
O grande número de pescadores oferece vantagens econômicas a empresas privadas, bem como a agências estaduais e federais de serviços de proteção à fauna que auferem receita com as licenças de pesca. Eis algumas estatísticas importantes quanto ao impacto econômico da pesca esportiva nos Estados Unidos:

• Número de pescadores esportivos reportados nos Estados Unidos: 40 milhões

• Vendas anuais de produtos relacionados à pesca esportiva no varejo: US$ 45 bilhões

• Receita anual com emissão de licenças de pesca: US$ 600 milhões

• Despesas anuais de pesca por pescador, nos Estados Unidos: US$ 1.514

• Maior Estado para a pesca com vara e carretilha nos Estados Unidos: Flórida

[fonte: American Sportfishing Association]

A seleção de equipamento de pesca também pode reduzir a destruição involuntária de espécies. Um estudo conduzido pela Ecological Society of America determinou que combinações de ganchos e linhas causam menos capturas acidentais, e com isso menor impacto ambiental. Ganchos circulares em forma de “Js” metálicos são preferidos pelos pescadores e conservacionistas igualmente. Além de prender um peixe de forma mais firme, em geral se prendem à mandíbula, o que resulta em menor mortalidade [fonte: Quinn].

É claro que a pesca esportiva tem seus problemas ambientais. O lixo descartado pelos pescadores, bem como vazamentos de gasolina e óleo de seus barcos, podem poluir vias aquáticas. Práticas negligentes de ancoragem podem prejudicar as linhas costeiras e resultar em destruição de habitats. Os pescadores dos Estados Unidos também compram 3.975 toneladas de pesos de chumbo para iscas a cada ano [fonte: U.S. Geological Survey]. O chumbo pode prejudicar a fauna, no mar e fora dele.
Mas, em comparação com as operações comerciais de pesca, os pescadores individuais têm mais controle para atenuar o impacto ambiental negativo de suas atividades. Da mesma forma que pessoas podem reduzir suas emissões de carbono sem alterar drasticamente a maneira pela qual vivem, os pescadores recreativos podem continuar a desfrutar de seu esporte enquanto protegem o ecossistema marinho



fonte: http://www.hsw.uol.com.br

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A pesca esportiva faz mal ao meio ambiente?

Um estudo alarmante publicado pela revista Science em 2006 prevê um destino desanimador para os restaurantes de frutos do mar, barracas de peixe e fritas e adeptos dos sanduíches de pasta de atum em todo o mundo. A revista reportou que 29% das reservas pesqueiras (em inglês) mundiais estavam em estado de colapso, o que significa que seus rendimentos são de menos de 10% da produção original [fonte: Black - em inglês]. Sem maiores esforços coordenados para combater a exploração excessiva, a poluição e a perda de habitats marinhos, os pesquisadores responsáveis pelo estudo previram que os mares do planeta podem ver a extinção dos frutos do mar já em 2050 [fonte: Black - em inglês].

Pesca esportiva
© iStockphoto.com /Michael Braun Photography

O estudo também refletia a demanda dos consumidores por peixes e frutos do mar. O consumo mundial de peixe quase dobrou entre 1976 e 1990, e deve continuar a crescer [fonte: Tibbetts]. Mas, nos últimos anos, os conservacionistas lançaram alertas sobre os impactos ambientais da indústria da pesca comercial. Quase 20% do total de capturas dos operadores de pesca comercial são os chamados produtos excedentes, ou seja, animais marinhos (como tartarugas) que são apanhados de maneira não intencional e não são vendidos [fonte: Eilperin - em inglês]. Um estudo constatou que os pescadores de camarões do Golfo do México jogaram fora 450 milhões de quilos de produtos excedentes em 2002 [fonte: Eilperin - em inglês]. O índice de mortalidade entre esses produtos excedentes é elevado e pode contribuir para a perda de espécies marinhas. A população de bacalhaus nos Grand Banks, ao largo da Terra Nova, foi quase extinta, em larga medida devido à captura de produtos excedentes.
A pesca amadora no Brasil
O Ibama é um órgão pertencente ao Ministério do Meio Ambiente que entre suas diversas funções regulamenta  a prática da pesca de linha e subaquática no Brasil.

Para praticar a pesca amadora de terra-firme, o interessado precisa pagar ao Ibama uma licença de pesca anual, categoria "A". Já para praticar a pesca embarcada ou a pesca subaquática amadora, o interessado precisa paga uma licença de pesca anual, categoria "B".

O Ibama também regula os locais e épocas em que os interessados podem pescar, assim como o tamanho mínimo dos peixes. Por exemplo, é proibido pescar na época do fenômeno conhecido como piracema (migração de peixes para a desova). É também proibido pescar a menos de 200 m de cachoeiras e corredeiras, bem como em áreas de confluência dos rios com seus afluentes nos seguintes estados: RS, SC, PR, SP, RJ, ES, MG, MT, MS.

O órgão ainda determina o tamanho mínimo  do peixe bem como a quantidade que o pescador amador pode capturar – no máximo 30 kg de uma mesma espécie por pescaria (exceto em competições oficiais e autorizadas pela Confederação Brasileira de Pesca e Desporto Subaquático).

Já o tamanho mínimo é definido pela medida entre a ponta do focinho e o final da nadadeira caudal do peixe. Se por acaso o pescador de linha ou subaquático amador capturar por acidente um peixe com tamanho inferior ao permitido deve devolvê-lo à água. A lei ainda permite a captura de, no máximo 10% de espécies com tamanho inferior ao estabelecido sobre o total capturado.

Clique aqui e veja as medidas oficiais do Ibama para peixes deágua doce e salgada

O governo federal e os estaduais dos Estados Unidos intervieram para proteger e reanimar os ecossistemas aquáticos decadentes. No Canadá, a Northwest Atlantic Fisheries Organization reduziu as cotas de captura nas áreas mais habitadas pelos bacalhaus para combater a redução dos números da espécie. Também adotou outros padrões que visam a reduzir em 40% as capturas excedentes [fonte: Reuters]. Em 2006, a Comissão de Caça e Pesca da Califórnia designou uma área de 517 quilômetros quadrados ao largo da costa estadual como restrita ou proibida para as atividades de pesca comercial e recreativa.

O setor de pesca tomou providências próprias para reduzir seu impacto ambiental. Tecnologias avançadas, tais como sistemas GPS e ecobatímetros permitiram que os barcos visem de maneira mais precisa aos locais das espécies, reduzindo as capturas excedentes. Algumas operações pesqueiras também estão reduzindo seu uso de redes longas com ganchos múltiplos ao longo de sua extensão. Esse tipo de rede se estende por áreas consideráveis e tem mais chance de capturar tartarugas marinhas, tubarões e outros animais indesejados.

Mas e quanto aos pescadores que pescam apenas alguns peixes, por amor ao esporte? Ou aos pescadores de subsistência, que dependem daquilo que capturam para satisfazer suas necessidades nutritivas? Será que a pesca não comercial deveria arcar também com uma parcela de culpa pelo estado precário dos oceanos e vias aquáticas mundiais?

fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Homem vai pescar e é fisgado em Bataguassu

Foto: Ollair Nogueira

Um homem foi pescar em Bataguassu, leste de Mato Grosso do Sul, e o anzol enroscou nas suas costas.

Já era final do dia quando dois pescadores chegaram ao hospital. Um deles tinha, nas costas, um anzol enroscado. A dor era suportável.

Minutos depois, após mobilização de equipe médica, o objeto foi retirado do rapaz. A pescaria foi encerrada.

O flagrante do incidente foi registrado pelo Corpo de Bombeiros

fonte: www.correiodoestado.com.br

domingo, 7 de novembro de 2010

Livro sobre o Rio Paraíba do Sul é lançado em São Paulo


Reportagem em texto e fotos conta a história da urbanização em torno do rio para contextualizar suas questões ambientais

O Rio Paraíba do Sul nasce na Serra da Bocaina, no estado de São Paulo, e deságua no Atlântico em Atafona (São João da Barra), ao norte fluminense, quase na divisa do Rio de Janeiro com o Espírito Santo. Após seus 1200 km de percurso, as águas perdem substancialmente o fôlego da vazão por conta de transposições, barragens e assoreamentos. No trajeto do rio, ocorre a maior transposição do Brasil — a do Rio Gandu, que desloca dois terços do seu volume de água para abastecer a região metropolitana do Rio de Janeiro. São 60 mil litros de água por segundo.


Essa e outras questões ambientais da bacia hidrográfica são contextualizadas no livro “Paraíba do Sul – História de um Rio Sobrevivente”, grande reportagem realizada pelos jornalistas Valdemir Cunha (fotógrafo) e Luís Patriani (repórter), que viajaram por todo o percurso do Rio Paraíba do Sul para situá-lo sob seus aspectos ambientais, culturais, históricos e geográficos. Na quarta-feira, 27, acontece o lançamento do livro, a partir das 19h, na Livraria Vila, na Vila Madalena.

No entorno das duas maiores capitais do Brasil, o rio Paraíba do Sul ainda sobrevive à ocupação urbana e ao intenso processo de industrialização do eixo Rio-São Paulo. “Mas essa sobrevivência foi garantida quase ‘por acaso’; pelo próprio rio e sua força cultural. Ela ainda possui muitas interrogações”, defende Patriani.

Para explicar essas transformações, o jornalista faz um resgate histórico desde as incursões dos Bandeirantes e do caminho do ouro em Minas Gerais, passando pelo crescimento das lavouras de cana e café, mineração e início da industrialização. O livro também traz histórias sobre como a vida dos habitantes do entorno foi transformada, no que diz respeito à pesca e ao impacto que a construção da Via Dutra provocou na paisagem.

Riscos ambientais

Hoje, são cinco barragens no Paraíba do Sul, que alteram substancialmente sua vazão. “Umas das partes mais bonitas é a foz do Rio Paraíba do Sul, quando entra em contato com o mar. Mas é visível o que transformação humana faz: o mar está invadindo a Vila Atafona”, revela Cunha.

Patriani ainda alerta para os perigos que uma segunda transposição poderia causar — intervenção sugerida em um decreto do governo do Estado de SP, em 2008. “O Paraíba do Sul não vai sobreviver a uma nova transposição. A água pode nem chegar ao Rio de Janeiro”, sugere.

Outras questões ambientais são colocadas no livro. Boa parte das das cidades e indústrias que cresceram às margens do Paraíba do Sul despeja efluentes tóxicos em suas águas. “A primeira parte do rio é como se fosse outro Paraíba do Sul, onde as cidades do entorno têm uma relação cultural bem mais forte com ele. Até chegar na barragem de Paraibuna, que marca um divisor não só na vazão, mas em toda a paisagem. É partir dela que chegam grandes cidades no percuso, como Jacareí, São José dos Campos e Taubaté. A poulição aumenta muito, e presta-se menos atenção ao Paraíba do Sul”, lamenta Patriani.

Segundo pesquisa realizada no ano passado pela Universidade de Taubaté (UNITAU), no trecho paulista entre Tremembé e Aparecida, amostras de água do Paraíba do Sul têm substâncias como metais pesados, como alumínio e ferro, inseticidas e herbicidas. Tais substâncias causam prejuízos graves ao ecossistema da bacia e à saúde das 9 milhões de pessoas que são abastecidas por ela. Patriani revela que “São José dos Campos tem 46%, e Taubaté 1% de esgoto tratado. Boa parte dos efluentes dessas cidades vão para o 
o rio”.

fonte: http://www.estadao.com.br

sábado, 6 de novembro de 2010

Pesca é só para subsistência de pescadores profissionais e ribeirinhos

Anderson Gallo
Por: Marcelo Fernandes 
Comandante da PMA de Corumbá alertou para cumprimento da lei

“A partir do dia 05 de novembro só estará liberada a pesca para subsistência daquela pessoa que depende da pesca como refeição. Por exemplo, o pescador profissional e o ribeirinho, a legislação fala do artesanal, que é o mesmo do profissional. Eles podem pegar três quilos ou um exemplar para a subsistência. Volto a frisar, não podem comercializar, esse pescado é somente para refeição”, esclareceu o comandante da PMA local a este Diário.

A cota para retirada dos rios, por estas duas categorias, é de três quilos ou um exemplar de pescado dentro da medida estipulada para cada espécie. “Se tiver com um peixe grande, acima de três quilos, entra na cota do exemplar. Se tiver com peixe pequeno de medida, está na cota dos três quilos”, explicou Waldir Acosta. Não pode haver comercialização de forma alguma.

As pessoas devem ficar atentas ainda à pesca praticada usualmente em barrancos ou na beira do rio. Ela também fica proibida. “A legislação é bem clara e permite só a pescaria para subsistência do profissional e do ribeirinho. Nesses casos [barranco e beira do rio] cabe multa administrativa. Se a pessoa estiver com peixe, configura crime ambiental de pescar no defeso”, informou o major Waldir.

Segundo ele, a PMA local promoveu orientação sobre essa questão no Porto Geral, no último dia 02 de novembro. “A ideia é, inicialmente, informarmos sobre a legislação para, após um período, iniciarmos os processos com autos de infração em cima disso”, antecipou.

Outra questão esclarecida pelo Comando da PMA corumbaense trata do uso de barcos durante o período de Piracema. “Andar de barcos não há problema. O que não pode é usar barco motor para pesca de subsistência. É somente o barco a remo. Se for pescador profissional ou ribeirinho, não pode usar barco a motor, somente a remo para a pesca de subsistência”, orientou.

Major Waldir reforçou que se alguém for flagrado pescando estará sujeito às sanções legais. “Se estiver com o peixe fora de medida, já está praticando crime ambiental em questão de medição. Se tiver pescando no período do defeso, cabe apreensão do material; multa de R$ 700 a R$ 100 mil. Se estiver com peixe ainda tem o encaminhamento para a delegacia”, argumentou.

Peixe da Bolívia

A desculpa que o pescado foi adquirido na Bolívia – onde a legislação de pesca não é a mesma que a praticada no Brasil – não vai colar. Quem for flagrado com o peixe e justificar que foi adquirido no país vizinho terá de comprovar a origem e ainda, respeitar, a tramitação legal de importação.

“Para esse pescado para entrar no Brasil ele precisa ter origem. Tem que dar entrada, ter autorização, documentação e estar dentro da cota de entrada de mercadoria no país. Não passando pela Receita Federal e não tendo a documentação de origem, é feita a multa e encaminhamento para a delegacia”, finalizou

fonte: diaonline.com.br

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Pescador pega pintado de 44 quilos em Miranda

O engenheiro agrônomo Carlos Afonso Dias brigou mais de meia hora para tirá-lo da água

Esta aqui não é história de pescador não, especialmente porque está tudo fotografado e filmado. O engenheiro agrônomo Carlos Afonso Dias, de Campo Grande, fisgou um pintado de nada mais nada menos que 44 quilos.

A pescaria aconteceu no dia 6 de outubro, no rio Miranda, na região conhecida como Vinte e Um, onde o grupo até oito pescarias por ano. Segundo Carlos, o grupo foi com o objetivo de pescar somente dourados, mas, no segundo dia de pescaria, no fim da tarde, acabaram as iscas. Para repor o estoque, acabaram pescando quatro Ximborés, um piau da região muito apreciado pelos dourados e pintados.

“Foi jogar a primeira isca e logo assustamos com a violência da puxada, mas segundos após a o peixe escapou. Pouco depois, ele puxou novamente com mais força. Depois disso, foram 35 minutos de muita briga. Não forcei para não correr o risco de perdê-lo, pois estava usando anzol de 0,50, vara de 20 a 25 libras e carretilha perfil alto de médio porte”, explica Carlos.

Depois da batalha, o desafio foi puxar o “monstro” para dentro do barco, que já estava bem cansado, segundo Carlos. Ao pesar, o pescador constatou que o peixe, com quase 1.60m de altura, pesava 44 quilos. Depois de limpo, ainda ficou 38 quilos.

Caso você também tenha uma boa história de pescador, é só enviar aqui para o Correio do Estado.
fonte: www,correiodoestado.com.br