domingo, 14 de junho de 2009

Carretilhas - Conheça e arremesse sem cabeleiras

Vamos mostrar um pouco nesta matéria sobre as carretilhas. Ogrande problemas de todos que iniciam com este equipamento é o pouco conhecimento do produto e muito não usam nem 20% de tudo o que uma carrtilha pode oferecer.

Conheça sua carretilha e arremesse sem cabeleiras

Veja abaixo os dois tipos de carretilhas, sendo os de perfil alto e baixo.

Carretilha Perfil Alto (Redondo)

Carretilha Perfil Baixo (Anatômico)

Uma série de fatores podem diferenciar as carretilhas em relação aos arremessos e são dois os cuidados necessários para um bom arremesso com carretilhas:

1-Saber utilizar todos os pontos da carretilha, onde se faz as diversas regulagens para o arremesso e a regulagem da fricção que é o conjunto que protege o seu equipamento contra ruptura (carretilha, linha e vara).

2-Saber arremessar de forma correta utilizando todo o potencial do seu equipamento.

Freio Mecânico

Este item é responsável pela regulagem no início do arremesso. Ela é feita através da porca calota, que mecanicamente aperta a ponta do eixo do carretel deixando o seu giro mais solto ou travado, regulando o peso da isca.

Para o pescador com pouca experiência no uso de carretilhas, a regulagem é feita da seguinte forma:

-Montado o equipamento (vara, carretilha, linha e isca), deixe a vara na horizontal, na altura dos ombros, feche totalmente o freio mecânico e destrave o carretel. A isca deve ficar perto da ponteira da vara, pois o freio está fechado. Solte vagarosamente o freio mecânico até que o carretel gire e a isca desça suavemente até o chão/água. Para uma regulagem perfeita, quando a isca tocar o chão/água, o carretel deve parar de girar.

Desta forma o arremesso vai ser mais curto, porém com menor possibilidade de fazer cabeleiras. Com muito treino e adaptação ao equipamento, pode-se soltar o freio mecânico deixando o carretel totalmente solto, possibilitando um arremesso bem mais longo. Nesse caso o controle do freio é feito com o dedo polegar sobre o carretel.

Freio Magnético

O freio magnético tem um conjunto de magnetos (imãs) que atuam no carretel. Os imãs são fixos na tampa lateral da carretilha. Um botão lateral posicionado do lado oposto da manivela de recolhimento e numerado de 0 a 10, regulam o freio.

Quanto mais próximos do 10, mais imãs atuam no carretel e mais preso fica. E quanto mais próximo de 0(zero), mais livre ficará o carretel.

Para regular, posicione o freio magnético na posição 10(mais presa) e inicie os arremessos abrindo um ponto de cada vez até encontrar o ponto ideal para arremessar bem e sem cabeleiras.

Este freio é muito útil para arremessar contra o vento.

Freio Centrífugo

Os freios centrífugos funcionam da mesma forma que os magnéticos, porém, tem mais precisão e são de mais difícil acesso, pois ficam no interior da carretilha.

Esse sistema de freio é acionado durante o arremesso, evitando que o carretel gire mais do que a saída de linha, evitando a cabeleira.

Mostraremos abaixo 3 exemplos de carretilhas com 2, 4 e com 6 buchas.

São eixos radiais presos ao conjunto do carretel. Nestes eixos são colocados pesos(buchas). No arremesso, com o alto giro do carretel, estes pesos são jogados contra uma calota(aro) e por atrito vai freando o carretel controlando a saída da linha.

Em uma carretilha com 4 buchas você pode deixar por exemplo 3 buchas fechadas e uma aberta, ou deixar totalemnet aberta para um arremesso amsi solto ou fecha-la por completo fazendo todo o trabalho dos freios no arremeso. Essa regulagem depende do conhecimento e da facilidade de arremessod e cada um. Aconselho a começar com os freios fechados e depois com o tempo vá abrindo um a um.

Fricção

É um dispositivo de regulagem da compressão do carretel que permite liberar a linha com a pressão desejada. Com a linha muito solta o peixe tem facilidade de levar muita linha e enrosca-la; E com a linha muito presa, pode-se rompe-la logo nas primeiras corridas do peixe.

Essa regulagem vai variar de acordo com a linha ou com o tipo de pescaria. O ideal é regular a fricção em ¼ da capacidade da linha, ou seja, em uma linha com resistência para 20kg, regula-se a fricção em 5kg.

Regulagem: Com a ajuda de seu parceiro, engate o anzol/garatéia em uma balança pequena e comece a puxar a vara lentamente. O ponto em que a linha deve começar a ser liberada da carretilha deve estar próximo a ¼ da resistência da linha, nesse caso, na balança deve marcar 5kg.

Se a linha for liberada antes de 5kg, a fricção está muito aberta. Se ultrapassar o peso, a fricção está muito fechada.

Ex.:
Resistência da linha = 20kg
Regulagem da fricção = ¼ = 5kg

fonte: www.nelsonnakamura.com.br

.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Compra de motor de popa usado



Todos os pescadores amadores têm como sonho, comprar seus próprios barcos e carretas. Porém, não são todos que podem investir num conjunto novinho em folha. Então a única saída é comprar tudo usado. Exatamente aí começam os problemas. O barato pode sair caro, se você não tiver cuidado.

Muitas vezes, um motor pode até ter poucas horas de uso, ou então ser de fabricação recente. Entretanto, isso não garante que ele esteja em ótimas condições de uso. Infelizmente, os motores de popa considerados pequenos (entre 4 HP e 25 HP) não saem de fábrica com contagiros nem com marcador de tempo de uso. Devemos, então, acreditar naquela frase conhecida? “Esse motor não tem nem 20 h de uso, não useis nem seis tanques. Tá com duas pescarias”. Difícil não é? O que fazer nessa hora?

O desgaste de um motor de popa é muito diferente de um carro. Diversos fatores fazem com que ele sofra muito mais que um veículo normal.


Desgaste

  1. Geralmente, os motores ficam de um a três meses parados. Isso quando não ficam mais tempo. Por esse motivo, os pistões, além de outros componentes, ficam sem lubrificação. Quando você volta a usá-lo, seguramente, a primeira partida será com o motor ressecado, até que cheque as primeiras gotas de gasolina com óleo. Os fabricantes recomendam que em grandes período de armazenamento do motor, deve-se tirar as velas e pulverizar um lubrificante no orifício onde elas ficam. Pode-se utilizar o próprio óleo que você mistura com a gasolina, TCW-3 ( o óleo cairá direto nos pistões, permitindo um armazenamento mais seguro). Depois disso, recoloque as velas para guardar o motor.
  2. 90% dos pescadores, pesquisados, utilizam o motor em alta rotação. Ou seja, quem agüenta se deslocar de um ponto de pesca para o outro com o motor em meia aceleração ou um pouco mais? Isso só ocorre quando estamos num rio onde é impossível navegar com o motor aberto (termo usado quando estamos em máxima aceleração do motor). Imagine ter um carro em que você “cola” o acelerador até o fundo sempre que sai de casa. Pois é, a gente deixa o motor parado em tempão. Depois, quando o usa, exige tudo dele.
  3. O fato de ter de misturar o óleo com a gasolina, às vezes faz com que cometamos erros básicos carregando o tanque de combustível de óleo e mais ou a menos. A princípio, pouco óleo resulta em baixa lubrificação dos pistões. Com certeza, eles se desgastarão em muito menos tempo que o esperado. Se a falta de óleo for muita, o motor pode fundir com poucas horas de uso. No caso contrário, se colocarmos mais óleo que o necessário, as velas podem encharcar. Os prejuízos não são grands, porém, pode ser difícil ligar o motor com as velas encharcadas. Em algumas ocasiões, ele pode até morrer em funcionamento, se houver exagero na proporção óleo/gasolina. Além disso, a pessoa de quem você está comprando o motor pode não ter tido o cuidado de utilizar óleos compatíveis com as especificações dos fabricantes (o óleo TCW-3).

Mesmo assim, não se deve descartar a hipótese de se comprar motor, barco e carreta usados. Mas os compradores devem ter alguns cuidados para adquirir seus conjuntos.

Se puder, compre tudo novo. Hoje em dia, além dos consórcios, existem financiamentos com taxas relativamente baixas e prazos de pagamentos longo. Caso a única possibilidade seja mesmo partir para um conjunto usado, leia as dicas a seguir:


Motor

  1. Procure comprar em uma loja do ramo que ofereça garantia sobre as condições do produto. Dê preferência aos revisados pela loja e que possam sair com nota fiscal e uma garantia por escrito, mesmo se for de 30 dias. Caso sua opção seja adquirir de um particular, procure alguém conhecido, especialmente aquele amigo que pesca com você. Assim você saberá os cuidados que ele tem com a máquina.
  2. Teste o motor em funcionamento e tente ouvir se não existe nenhum barulho estridente em alta rotação.
  3. Verifique se a água sai normalmente pelo vigia do motor (orifício próprio de escape de água do sistema de refrigeração). Se isso não ocorrer significa que o rotor da bomba d’água pode estar danificado e fatalmente o motor poderá superaquecer danificando-o bastante. Isso se já não ferveu.
  4. Depois de aquecê-lo por uns 10 minutos, procure fazê-lo funcionar pelo menos mais 10 minutos engatado e em alta velocidade em um tanque com água. Nessas condições, os problemas podem aparecer mais facilmente.
  5. Se possível, peça para desmontar a rabeta e verifique o estado de suas engrenagens e do eixo principal.
  6. Averigue o estado externo da rabeta. Marcas fortes de batidas significam pouco cuidado com o equipamento.
  7. Se tiver oportunidade, teste-o em uso com barco durante pelo menos 2 h. À vezes, os testes em tanques podem não ser suficientes.
  8. Faça o possível para testar o motor com a presença de um mecânico especilializado na marca que você está adquirindo.
  9. Levante a procedência do motor. Descubra o último dono para perguntar sobre o uso geral do motor quando em seu poder.
  10. Procure obter a nota fiscal original do motor. Se for um pouco antigo, isso poderá ser difícil, mas é importante tentar conseguí-la.

Esses procedimentos podem diminuir o risco de se comprar um motor em más condições, mas não garante que estejamos comprando um motor em ordem. Como já foi citado, o ideal é comprar um motor novo. Uma máquina 0 km, bem cuidada, pode ser sua companheira de pesca pelo resto da vida, sem ter de pensar na troca.


Barco

  1. Compre um barco compatível com seu motor. Normalmente, os barcos apresentam, em seu documento ou em uma plaqueta de identificação neles fixada, a capacidade máxima de motor que deve ser utilizado, assim como a capacidade máxima de carga e lotação de pessoas.
  2. Teste-o na água para verificar se não existem grandes vazamentos ou trepidações, em movimento.
  3. Defina qual tipo de pescaria você realizará com mais freqüência (rio, represa ou mar). Existem barcos com fundo em V ou fundo chato. Tipo chata, semichata ou tradicional.
  4. Qualquer tipo ou tamanho de barco deve ser registrado na Capitania dos Portos. Por isso, exija os documentos originais do barco para poder transferi-lo em seu nome.
  5. É necessário o porte de seguro obrigatório da embarcação.


Carreta

  1. Compre uma carreta no tamanho ideal para seu barco.
  2. Assim como os automóveis, elas precisam de documentação própria.
  3. Possuem números de chassis e têm de ser licenciadas todo ano. São isentas somente de IPVA e seguro obrigatório.
  4. Verifique a tonelagem máxima de carga que ela suporta.
  5. Evite ao máximo usar pneus gastos.
  6. Peça a seu despachante de confiança para verificar a regularidade da documentação da carreta, inclusive fazendo vistoria antes de comprá-la.
  7. Dê muita importância à parte elétrica da carreta. Normalmente, a Polícia Rodoviária é mais exigente com o bom funcionamento das setas, lanternas e luz de freio da carreta do que do próprio carro. O que está correto, pois é muito mais arriscado dirigir “arrastando” uma carreta.


Dicas complementares

Para pilotar um motor de popa, é obrigatório portar Carteira de Arrais. Documento equivalente ao da carteira de motorista só que para rios e represas. Existem cursos de uma semana para se habilitar.

Veja matéria pública no blog Mestre arrais

O uso de colete salva-vidas é indispensável. Compre um compatível com seu peso e homologado pelos órgãos competent
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...