Animal vem pelas embarcações que chegam da China.
(Foto: Reprodução / TV Tem) |
O Ministério Público Federal está preocupado com a proliferação desordenada do molusco mexilhão dourado nos rios da região noroeste paulista. O mexilhão pode trazer consequências graves para a saúde humana e provocar desequilíbrio ambiental. Uma ação civil cobra providências.
Este tipo de mexilhão vive naturalmente nos rios da China e do sudoeste da Ásia. Ele foi trazido para a América acidentalmente por meio de navios mercantes. Hoje, o molusco está espalhado por rios do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
O gerente de psicultura Joseli Dal Santo conhece bem a dificuldade de lutar contra essa praga. Ele cria peixes em tanques fechados com redes, dentro do rio. É preciso ficar de olho para não ter prejuízo. “Com o molusco começa a dar mortalidade de peixes porque a água não passa mais dentro dos tanques e, com isso, falta oxigênio”, afirma.
O animal gruda no casco dos barcos e pode ser transportado também pela água que fica no tanque dos navios, responsável pelo equilíbrio das embarcações. No Brasil, o molusco está presente em vários estados. No noroeste paulista, ele pode ser facilmente encontrado nos rios represados da usina de Ilha Solteira (SP).
O Ministério Público Federal ajuizou uma ação civil pública por causa desta proliferação desordenada do animal nesta região. Estudos comprovaram que o mexilhão pode trazer problemas a saúde humana e prejuízos. “Como não tem predadores naturais, ele vem causando desequilíbrio ambiental muito grande. Contaminando água, prejudicando a geração de energia e trazendo risco para a saúde das pessoas. É preciso ter um controle desta praga”, afirma o procurador da República Thiago Lacerda Nobre.
A ação pede que o Ibama, a União, o Estado e a Cesp, Companhia Energética de São Paulo, que é responsável pela usina de Ilha Solteira, diminuam ou controlem a quantidade de mexilhões no reservatório. “Os réus são obrigados a fiscalizar e orientar a população com relação a prática para evitar estas doenças”, diz o procurador.
A Cesp informou, em nota, que ainda não foi notificada da ação, mas que já faz um trabalho de combate à praga.
fonte: www,g1,com
Do G1 Rio Preto e Araçatuba