domingo, 29 de março de 2009

Ibama prende 10 toneladas de bagres na Amazônia

Animais foram capturados na costa da Ilha de Marajó.
Peixes estão em época de reprodução, e pesca é proibida.

Do Globo Amazônia, em São Paulo

Dez toneladas de bagres da espécie piramutaba foram aprendidos na última quinta-feira pelo Ibama na última quinta-feira (19). Os peixes foram encontrados em um barco que navegava pela costa na Ilha de Marajó, e foram doados para entidades beneficentes de Icoaraci, um distrito de Belém (PA).

O valor da multa ao proprietário do barco ainda não foi estipulado pelo Ibama, mas já se sabe que, no mínimo, ele terá que pagar R$ 20 por quilo do peixe, além de um uma multa única que varia entre R$ 700 e 100 mil.


Foto: Alex Lacerda, Ibama-PA/Divulgação

Assim como ocorre com grande parte dos peixes amazônicos, a pesca da piramutaba está proibida nesta época do ano, pois o peixe está em fase de reprodução. (Foto: Alex Lacerda, Ibama-PA/Divulgação)

fonte: http://www.globoamazonia.com/Amazonia

Piramutaba
Brachyplatystoma vaillantii

A piramutaba (Brachyplatystoma vaillantii), é uma das menores espécies do gênero Brachyplatystoma (Tamanho máximo registrado: 105cm). Possui o corpo cinza na região dorsal e claro na região ventral e sua nadadeira é mais alongada de que as demais espécies do gênero. O estuário amazônico é a principal área de pesca da piramutaba tanto para a pesca artesanal quanto para a industrial. Sua pesca ocorre ao longo do Rio Solimões e Estuário Amazônico, onde anualmente essa exportação já ultrapassou os US$ 13 milhões, alcançando o 9º lugar da lista de exportações no ano de 1980 no estado do Pará, onde esta prática demonstrou-se de grande importância no país, e nos anos de 1986 e 1987 foi o terceiro tipo de pescado mais exportado pelo Brasil.

Principais fontes: Barthem, 1990; Barthem & Goulding, 1997; Lundberg e Akama, 2005.

Autores da Foto: Batista e Formiga-Aquino

Fonte: http://www.pirada.org/bagres.php?arq=piramutaba

sexta-feira, 27 de março de 2009

No Alasca ursos só comem salmão enlatado



link para download do vídeo Alasca

terça-feira, 24 de março de 2009

Hora do Planeta 2009

Hora do Planeta 2009

Movimento mundial de combate ao aquecimento global, a Hora do Planeta será realizada pela primeira vez no Brasil. Conhecido mundialmente como Earth Hour, o movimento é promovido no país pelo WWF-Brasil e o Rio de Janeiro foi a primeira cidade brasileira a aderir à iniciativa. Até agora, mais de 20 cidades já confirmaram a participação, entre elas Brasília, Curitiba (PR), Lorena (SP), Salgueiro (PE), Itajaí (SC), Manaus (AM), São Geraldo do Araguaia (TO), e Cametá(PA). A idéia é que durante uma hora, no próximo dia 28 de março, as pessoas apaguem as luzes entre 20h30 e 21h30.

Eduardo Paes, prefeito da cidade do Rio de Janeiro, anunciou que irá apagar as luzes de ícones cariocas como o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, o Parque do Flamengo e a orla de Copacabana, que terá a segurança reforçada pelas autoridades competentes.
A comunidade do Morro Dona Marta e o Jockey Club também confirmaram sua participação.

O ato de apagar as luzes foi escolhido símbolo do movimento global porque na maior parte dos países a produção de energia elétrica gera grande quantidade de gases de efeito estufa que causam as mudanças climáticas.






Um ato simbólico pelo futuro do planeta

A Hora do Planeta é um ato simbólico no qual governos, empresas e a população de todo o mundo são convidados a demonstrar sua preocupação com o aquecimento global e as mudanças climáticas.

O gesto simples de apagar as luzes por sessenta minutos, possível em todos os lugares do planeta, tem o significado de chamar para uma reflexão sobre o tema ambiental.

Em 2009, a Hora do Planeta será realizada no dia 28 de março, das 20h30 às 21h30, e pretende contar com a adesão de mais de mil cidades e 1 bilhão de pessoas em todo o mundo.

Além do Rio de Janeiro outras grandes cidades mundiais já anunviaram a participação, como Atenas, Buenos Aires, Edimburgo e Nova Iorque. Mais de 1 mil cidades de 80 países confirmaram a participação na Hora do Planeta 2009 – um número que já superou a meta de adesão e que reflete a vontade da comunidade mundial de influir no futuro do planeta.

Realizada pela primeira vez em 2007, a Hora do Planeta contou com a participação de 2,2 milhões de moradores de Sidney, na Austrália. Já em 2008 o movimento contou com a participação de 50 milhões de pessoas, de 400 cidades em 35 países. Simultaneamente apagaram-se as luzes do Coliseu, em Roma, da ponte Golden Gate, em São Francisco e da Opera House, em Sidney, entre outros ícones mundiais.

“A Hora do Planeta não é um ato de economia de energia, mas um gesto de engajamento social, no qual cada um deve fazer a sua parte para um futuro melhor. Será uma demonstração da nossa paixão pelas pessoas, pela união, pela solução, pela conservação do planeta, e principalmente, pelo futuro e pela vida”, afirma Álvaro de Souza, presidente do Conselho Diretor do WWF-Brasil.

Para mobilizar a população pela Hora do Planeta, o WWF-Brasil lançará a campanha publicitária criada pela DM9DDB e espera contar com a adesão de empresas, entidades, ONGs, associações de bairro e demais movimentos da sociedade civil.

Os cidadãos são convidados a se cadastrar no site www.horadoplaneta.org.br
Cadastre-se e saiba como participar na Hora do Planeta.
Informações 0300 789 5652

Faça parte. Apague as luzes por um futuro mais sustentável!

Trairão




DETALHES Nome Popular Trairão
Nome Científico Hoplias lacerdae e Hoplias macrophthalmus
Família Erythrynidae Distribuição Geográfica Nas bacias amazônica (áreas de cabeceiras dos tributários) e Tocantins-Araguaia ocorre H. macrophthalmus e na bacia do Prata (alto Paraguai) H. lacerdae.

Descrição Peixe de escamas; corpo cilíndrico. Pode atingir 20kg e mais de 1m de comprimento total, mas exemplares desse porte são difíceis de encontrar. A coloração é quase negra no dorso, os flancos são acinzentados e o ventre esbranquiçado.

Possui a lígua lisa, sem dentículos.
Ecologia Espécie piscívora, muito voraz. Vive na margem dos rios e de lagos/lagoas em áreas rasas com vegetação e galhos.

Equipamentos Equipamento médio/pesado; linhas de 17, 20 e 25 lb.; anzóis de n° 6/0 a 8/0, encastoados com arame ou cabo de aço recapado de 50 a 100 lb. Iscas Iscas naturais, como pedaços de peixes (cachorra, matrinxã, curimbatá etc.).

As iscas artificiais também são muito utilizadas, principalmente os plugs de superfície e meia água, spinnerbaits e colheres.


Dicas Muito cuidado ao retirar o anzol da boca do trairão porque a mordida é forte e os dentes afiados.

Recordes Hoplias macrophthalmus - Trairão - 13,5kg/29lb Fonte: PNPDA

Assista o vídeo no Blog ensinando a fazer a traíra sem espinho.

Como cuidar das varas de pesca.

vara_chamada1.jpg
As boas varas do mercado têm na durabilidade um dos seus grandes destaques. Algumas são verdadeiras jóias com acabamento primoroso, proporcionando precisão nos arremessos e muita sensibilidade. Porém, mesmo com toda a tecnologia usada, elas não estão isentas de danos no transporte ou situações de uso onde alguns riscos são inevitáveis. Por isso, para manter aquela vara de estimação, verdadeira companheira de pesca, em estado de nova, vale por emprática alguns cuidados.

.1. Após a sua pescaria, lave com água e sabão neutro e deixe-a secar na sombra para não manchar a pintura. Nunca use produtos que contém ácidos.

.2. Os passadores e a ponteira devem ser lavados com pequena escova, água e sabão, para que a composição do fio e da resina utilizados na sua fixação, não seja alterada.

.3. Se os passadores e a ponteira já estiverem com início de oxidação, provocada pela maresia, use uma esponja de aço fina.

.4. Se a pintura do blanck (conudo ou corpo da vara) estiver fosca, use polidor automotivo líquido, para realçar o brilho.

.5. Se o blanck estiver com sua pintura original riscada ou desgastada, utilize lixa d'água n. 400 para remoção da tinta; em seguida, pinte o blanck com tinta spray automotiva, protegendo os passadores e a ponteira com fita crepe.

.6. Quando o cabo de cortiça ou EVA estiver liso e escorregadio (ocasionado pelo suor das mãos), use esponja de limpeza doméstica com água e sabão, ou ainda lixa d'água n. 200.

.7. Se após a limpeza o cabo de EVA estiver ressecado, dificultando a pegada, utilize vaselina líquida até que fique macio e com a cor renovada.

.8. Guarde sua vara de pesca em suportes que a mantenham na posição vertical, para que o blanck não adquira memória ou entorte.

.9. Quando for viajar para longas distâncias, utilize tubo de transporte. Os melhores são os de PVC com dispositivo de amarração do feixe de varas em seu interior.

.10. Quando transportar suas varas de pesca dentro de tubos, amarre o feixe para que o conjunto de varas tenha a sua resistência somada e assim suporte melhor as eventuais batidas.

Revista Pesca Esportiva - Edição 111

domingo, 22 de março de 2009

Dia Mundial da Água

Clique na foto para ampliar

Planeta Água

Guilherme Arantes

Composição: Guilherme Arantes



Água que nasce na fonte
Serena do mundo
E que abre um
Profundo grotão
Água que faz inocente
Riacho e deságua
Na corrente do ribeirão...

Águas escuras dos rios
Que levam
A fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população...

Águas que caem das pedras
No véu das cascatas
Ronco de trovão
E depois dormem tranqüilas
No leito dos lagos
No leito dos lagos...

Água dos igarapés
Onde Iara, a mãe d'água
É misteriosa canção
Água que o sol evapora
Pro céu vai embora
Virar nuvens de algodão...

Gotas de água da chuva
Alegre arco-íris
Sobre a plantação
Gotas de água da chuva
Tão tristes, são lágrimas
Na inundação...

Águas que movem moinhos
São as mesmas águas
Que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra
Pro fundo da terra...

Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água...(2x)

Água que nasce na fonte
Serena do mundo
E que abre um
Profundo grotão
Água que faz inocente
Riacho e deságua
Na corrente do ribeirão...

Águas escuras dos rios
Que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população...

Águas que movem moinhos
São as mesmas águas
Que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra
Pro fundo da terra...

Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água...(2x)

Link para donwload mp3 música Planeta Água.
Link para Vidéo YouTube Planeta Água
Link do site que foi extraída a foto

segunda-feira, 16 de março de 2009

Foto enviada pelo Amigo Dr. Jorge Fernandes de Manaus-AM

foto de Pescaria
Silvio Shimdt de Blumenau - SC, com um a bela aruanã, pega no lago da Hidroelétrica de Balbina em Março/2009.





foto Dr. Jorge Fernandes.




HUMOR:

Esta é do meu amigo Sgt Ribamar. Conta ele que, quando mais jovem, estava pescando junto com seu pai, o Sr. Alfredo, uns cará-açu lá pela bandas do Curarí ( Região do Rio Solimões próximo a Manaus), quando a isca acabou.O Sr. Alfredo começou a olhar pelo igapó a fim de arrumar uma solução. Foi quando ele viu no meio do capinzal um cobra com um sapinho na boca. Ele rapidamente agarrou a cobra, retirou o sapinho da boca e colocou um gole de pinga pela goela do réptil, soltando-a a seguir.Passado algum tempo, o meu amigo Ribamar (na foto da Pirarara no blog ao fundo) ouviu algo batendo do lado da canoa. Ao olhar para ver o que era teve uma surpresa era a mesma cobra, agora, com dois sapinhos na boca.
----------------------



Tenho saudades de nossas pescarias.
pretendo na próxima baixa (setembro) aparecer e pescar muito.
envie mais fotos e novidades.


um grande abraço e boas pescarias

Jorge Loureiro

Ribeirinhos fazem pesca sustentável de peixes ornamentais no AM

Coleta é realizada na reserva de Amanã, no norte do estado.
Veja álbum de fotos de como é feita a captura.

Iberê Thenório Do Globo Amazônia, em São Paulo

Depois de muitas pesquisas, moradores da Reserva de Amanã, no norte do Amazonas, conseguiram fazer sua primeira coleta sustentável de peixes ornamentais. Com todo o cuidado para não depredar o ambiente ou causar impacto na vida dos animais aquáticos, os ribeirinhos coletaram 750 exemplares de acará-disco, peixe muito procurado por apaixonados por aquários.

Foto: Henrique Lazzarotto-Instituto Mamiraúa/Divulgação

Na primeira coleta, 750 espécies de acará-disco foram capturadas com pequenas redes. (Foto: Henrique Lazzarotto-Instituto Mamiraúa/Divulgação)

Os estudos para capturar peixes coloridos sem causar danos à reserva começou em 2003. Segundo o biólogo Alexandre Hercos, que realizou as pesquisas com o apoio do Instituto Mamirauá, cientistas conseguiram selecionar 13 espécies de peixes ornamentais para a pesca dentro da reserva.

Veja galeria de fotos da coleta dos peixes ornamentais

Para fazer a escolha, foi feito um levantamento de quais eram os animais mais abundantes, as espécies que tinham maior valor comercial e as que estavam autorizadas para comercialização pelo Ibama. “Estabelecemos algumas cotas para a coleta, para que a captura seja sustentável”, explica Hercos.

Fonte: http://g1.globo.com/Amazonia

saiba mais sobre a reserva Amanã


sábado, 14 de março de 2009

Conservando iscas artificiais

Escrito por Roald Andretta

Muitas iscas artificiais podem ser caras, outras raras, algumas simples ou até objetos de desejo.

Elas tanto acompanham os pescadores ao longo dos anos que, comparadas às naturais, podem proporcionar bastante economia. A coleção vira objeto de estimação e a caixa completa é indispensável para uma pescaria tranqüila, mesmo que não se tenha tempo para usá-las todas.

Para conservar estas jóias, podemos adotar alguns peocedimentos básicos:

.1. Escolha bolsas ou caixas onde as iscas possam ser armazenadas individualmente. Nãp guarde iscas plásticas (soft-baits) de cores diferentes no mesmo compartimento, sob o risco de deixá-las manchadas.

.2. Após usar plugs ou iscas metálicas em água salgada, lave-as com água doce, secando antes de guardá-las. Arroz cru junto às iscas faz o mesmo efeito da sílica-gel, ou seja, absorve umidade e evita ferrugem. Garatéias e anzóis enferrujados, além de enfraquecer, podem manchar a pintura dos plugs.

.3. Evite misturar as "hardbaits" com iscas plásticas (softs baits) porque muitas delas têm sal na sua composição, provocando oxidação e conseqüente ferrugem das partes metálicas.

.4. As melhores iscas sao as mais usadas e atacadas pelos predadores. No caso de danos com pitões arrancados ou barbelas trincadas, uma cola de contato prolongará sua vida útil.

.5. Uma isca ôca, quando perfurada, dve ser secada antes de ser conservada. a melhor forma de eliminar toda a água de seu interior é fazer um pequeno furo na parte posterior e girá-la presa a uma linha. Assim, a força centrífuga fará a água ser expelida.

.6. As softs-baits (iscas plásticas de material macio) podem ser guardadas em embalagens herméticas. Nesse caso, adcionar algum l;iquido atrativo. Dessa forma, não ressecam e adquirem o sabor e o cheiro do produto.

.7. As soft-baits danificadas por peixes com dentes podem ser facilmente remendadas. Basta aquecer a ponta de uma lâmina, encostar no corte e fundi-las novamente.

.8. Evite usar iscas de madeira para pescar espécies com dentes. Caso isso ocorra, aplique verniz incolor após o uso para impermiabilizar novamente a isca. Se o dano for muito grande, vale um pintura nova.

.9. Regule o freio da carretilha ou molinete, certificando-se de que a tensão na linha não seja superior à carga para a qual a isca foi projetada. Dessa forma, você evita que o cobiçado peixe grande escape, arrebentando a isca.

.10. Nunca puxe com energia uma isca engatada. Uma vez solta, ela pode atingir o barco e se quebrar, ou pior, causar ferimento no pescador.


Publicado pela Revista Pesca Esportiva (No.105)


sexta-feira, 13 de março de 2009

Amazônia: Fundamentos da ecologia da maior região de florestas tropicais

Foto Rio Negro

Clique na imagem para amplia-lá




O número de espécies de peixes na América do Sul ainda é desconhecido, sendo sua maior diversidade centralizada na Amazônia. Estima-se que o número de espécies de peixes para toda a bacia seja maior que 1300, quantidade superior a que é encontrada nas demais bacias do mundo. O estado atual de conhecimento da ictiofauna da América do Sul se equipara ao dos Estados Unidos e Canadá de um século atrás e pelo menos 40% das espécies ainda não foram descritas, o que elevaria o número de espécies de peixes para além de 1.800. Apenas no rio Negro já foram registradas 450 espécies. Em toda a Europa, as espécies de água doce não passam de 200.


Localização
A Amazônia é um território único pela variedade indescritível de sua flora e fauna. Estende-se por nove países da América do Sul, dos quais o Brasil fica com a maior parte, 63,4% do total. É delimitada ao norte e ao sul, respectivamente, pelos maciços das Guianas e do Brasil Central; a oeste, pela Cordilheira dos Andes. Abriga o sistema fluvial mais extenso e de maior massa líquida da Terra, sendo coberta pela maior floresta pluvial tropical. O Amazonas drena mais de 7 milhões de quilômetros quadrados de terras e é, por larga margem, o rio de maior massa líquida, com uma vazão anual média de 200.000 metros cúbicos por segundo. Essa região corresponde a 1/20 da superfície da Terra, a 2/5 da América do Sul, 1/5 da disponibilidade mundial de água doce, 1/3 das reservas mundiais de florestas latifoliadas, e somente 3,5 milésimos da população mundial, com uma densidade de 2 hab./Km2.

Clima
A sazonalidade na bacia amazônica é marcada pela pluviosidade e pela alteração do nível dos rios, que pode chegar a mais de 12 metros em algumas regiões. A precipitação na bacia não é homogênea, tanto em relação ao período do ano quanto às diferentes localidades na Amazônia. Na parte meridional do estuário do rio Amazonas, encontra-se uma zona com maior abundância de chuvas, onde a precipitação atinge mais de 2.600mm; muita mais chuva cai no noroeste da Amazônia, onde as precipitações anuais alcançam mais de 3.600mm. Entre essas faixas ocorrem zonas nas quais as precipitações em certos anos ficam abaixo dos 2.000mm. Notam-se ainda diferenças maiores ou menores entre o período chuvoso e o de estiagem. Na região de Santarém, nas imediações do rio Tapajós, por exemplo, pode ocorrer em certos anos que durante cerca de quatro semanas seguidas, agosto a setembro, não chova nada. Já no noroeste da Amazônia as diferenças podem ser bem diminutas entre as épocas mais e menos chuvosas.
A temperatura média anual fica entre 26 e 27 graus Celsius, com diferenças sazonais de apenas + ou - 1 grau,em que o período da estiagem é mais quente que o das chuvas. No decorrer do dia, entretanto, a amplitude térmica pode ultrapassar 10oC. A umidade relativa do ar é sempre muita elevada, podendo alcançar 100% de saturação durante a noite.

As chuvas e a evapotranspiração
A evapotranspiração é um fenômeno de fundamental importância para se compreender a relação entre o clima pluvial amazônico e a existência da floresta. Cerca de metade da água da chuva que cai na região retorna através de evapotranspiração diretamente à atmosfera, onde novamente se condensa e volta a cair. Existe, pois, uma retroalimentação altamente significativa pela presença da floresta. O clima da região é dependente da floresta e é por isso que se diz que o desmatamento terá um efeito catastrófico sobre o clima.

Os rios da Amazônia
Os rios da Amazônia podem ser separados em três tipos: rios de água preta, rios de água branca e rios de água clara.
Os rios de água branca são aqueles cujas cabeceiras encontram-se próximas aos sedimentos andinos, sendo caracterizados por apresentarem um elevado teor de argila em suspensão, visibilidade de 0,1 a 0,5 metros e pH 6,5 a 7,0. São rios de água branca os rios Amazonas, Branco, Madeira, Juruá e Purus. Esses rios formam em suas margens uma planície de aluviões recentes, as várzeas.
Os rios de água clara são aqueles que se originam no Planalto Brasileiro ou no Planalto Guianense. Carreiam uma quantidade muito pequena de partículas em suspensão, podem apresentar uma visibilidade superior a 4 metros e o pH de 4,0 a 7,0. São rios de água clara os rios Xingu, Tapajós e Tocantins.
Os rios de água preta são aqueles originados nos sedimentos arenosos terciários da Amazônia Central. Este tipo de rio caracteriza-se pela água marrom transparente com visibilidade entre 1,5 a 2,5 metros e apresenta um pH entre 3,5 e 4,0 devido à elevada quantidade de ácidos húmicos e fúlvicos em suspensão, que adquirem ao inundar a vegetação. O exemplo mais típico é o rio Negro.

A Vegetação da Amazônia
A Amazônia não é homogênea. Ao contrário, ela é formada por um mosaico de hábitats bastante distintos. A diversidade de hábitats inclui as florestas de transição, as matas secas e matas semidecíduas; matas de bambu (Guadua spp.), campinaranas, enclaves de cerrado, buritizais, florestas inundáveis (igapó e várzea), e a floresta de terra firme.

Florestas de terra-firme
As florestas de terra-firme caracterizam-se por ocorrer em áreas não sujeitas a inundações. Apresentam uma grande variedade de fisionomias (florestas densas, florestas semi-abertas com babaçu, florestas secas com palmeiras, florestas secas com cipós, florestas secas com cipós e palmeiras, etc.). O tipo predominante apresenta árvores altas (mais de 25 m de altura), copa fechada, muitas lianas, sub-bosque aberto e elevada biomassa. O conjunto das florestas de terra-firme representa cerca de 80% da vegetação da região.

Florestas de áreas inundadas: a várzea e o igapó
Cerca de 15% da Amazônia é ocupada pelos rios ou inundada em caráter permanente ou sazonal. A constatações de que o nível de fertilidade dos rios refletia na vegetação, levou a maioria dos botânicos a adotar o critério "cor dos rios" para separar as florestas inundadas em várzea e igapó. Assim, são denominadas de florestas de várzea as florestas sujeitas a inundação pelos rios de água branca, e florestas de igapó, as florestas inundadas por rios de água clara ou preta. A floresta de várzea é caracterizada pela maior riqueza em nutrientes. Enquanto o igapó é caracterizado pela acidez e pobreza de nutrientes.

Buritizais
Nas margens dos rios amazônicos e em certas áreas que possuem drenagem insuficiente, é comum encontrar buritizais, isto é, florestas compostas quase que exclusivamente por buritis (Mauritia flexuosa).

Manguezais
Manguezais são florestas costeiras adaptadas à água com elevado teor de salinidade e as variações das marés. Os manguezais ocorrem em toda a costa Atlântica. As três principais espécies de árvores dos manguezais amazônicos são: Rhizophora mangle, Aviccennia tomentosa e A. germinans. As duas últimas penetram no estuário amazônico até próximo à Floresta Nacional de Caxiuanã. Outras espécies ocorrem associadas, como Laguncularia racemosa.

As savanas amazônicas
Além da vegetação florestal, ocorrem na Amazônia enclaves de vegetação de savana. Essa vegetação pode em geral ser classificada em campos de terra-firme, de origem terciária ou quaternária, e campos inundáveis, que podem ser campos marginais de várzeas ou campos interioranos.

Campinaranas ou Caatingas amazônicas
As caatingas amazônicas ou caatingas de areia branca cobrem cerca de 30.000 quilômetros de área, na região do rio Negro. Em geral ocorrem sob a forma de manchas isoladas espalhadas no conjunto da mata tropical de terra-firme. Apesar de sofrerem inundações periódicas, suas plantas tendem a apresentar características de esclerofilia.

Estado atual do conhecimento sobre a biodiversidade amazônica
Em nenhum lugar do mundo existem mais espécies de animais e de plantas do que na Amazônia, tanto em termos de espécies habitando a região como um todo (diversidade gama), como coexistindo em um mesmo ponto (diversidade alfa). Entretanto, apesar da Amazônia ser a região de maior biodiversidade do planeta, apenas uma fração dessa biodiversidade é conhecida. Portanto, além da necessidade de mais inventários biológicos, um considerável esforço de amostragem também é necessário para se identificar os padrões e os processos ecológicos e biogeográficos.

A riqueza da flora compreende aproximadamente 30.000 espécies, cerca de 10% das plantas de todo o planeta. São cerca de 5.000 espécies de árvores (maiores que 15cm de diâmetro), enquanto na América do Norte existem cerca de 650 espécies de árvores. A diversidade de árvores varia entre 40 e 300 espécies diferentes por hectare, enquanto na América do Norte varia entre 4 a 25

Os artrópodos (insetos, aranhas, escorpiões, lacraias e centopéias, etc.) constituem a maior parte das espécies de animais existentes no planeta. Na Amazônia, estes animais diversificaram-se de forma explosiva, sendo a copa de árvores das florestas tropicais o centro da sua maior diversificação. Apesar de dominar a Floresta Amazônica em termos de número de espécies, número de indivíduos e biomassa animal, e da sua importância para o bom funcionamento dos ecossistemas, estima-se que mais de 70% das espécies amazônicas ainda não possuem nomes científicos e, considerando o ritmo atual de trabalhos de levantamento e taxonomia, tal situação permanecerá por muito tempo. Atualmente são conhecidas 7.500 espécies de borboletas no mundo, sendo 1.800 na Amazônia. Para as formigas, que contribuem com quase um terço da biomassa animal das copas de árvores na Floresta Amazônica, a estimativa é de mais de 3.000 espécies. Com relação às abelhas, há no mundo mais de 30.000 espécies descritas sendo de 2.500 a 3.000 na Amazônia.

Um total de 163 registros de espécies de anfíbios foi encontrado para a Amazônia brasileira. Esta cifra eqüivale a aproximadamente 4% das 4.000 espécies que se pressupõe existir no mundo e 27% das 600 estimadas para o Brasil. A riqueza de espécies de anfíbios é altamente subestimada. A grande maioria dos estudos concentra-se em regiões ao longo das margens dos principais afluentes do rio Amazonas ou em localidades mais bem servidas pela malha rodoviária. Foram encontradas 29 localidades inventariadas para anfíbios na Amazônia brasileira. Deste total, apenas 13 apresentaram mais de 2 meses de duração. Isso significa que a Amazônia é um grande vazio em termos do conhecimento sobre os anfíbios e muito ainda há que ser feito.

O número total de espécies de répteis no mundo é estimado em 6.000, sendo próximo de 240 espécies o número de espécies identificadas para a Amazônia brasileira, muitas das quais restritas à Amazônia ou a parte dela. Mais da metade dessas espécies são de cobras, e o segundo maior grupo é o dos lagartos. Embora já se tenha uma visão geral das espécies que compõem a fauna de répteis da Amazônia, certamente ainda existem espécies não descritas pela ciência. Além disso, o nível de informação em termos da distribuição das espécies, informações sobre o ambiente onde vivem, aspectos de reprodução e outros ligados à biologia do animal, assim como sobre a relação filogenética (de parentesco) entre as espécies é ainda baixo.

As aves constituem um dos grupos mais bem estudados entre os vertebrados, com número de espécies estimado em 9.700 no mundo. Na Amazônia, há mais de 1000 espécies, das quais 283 possuem distribuição restrita ou são muito raras. A Amazônia é a terra dos grandes Cracidae (mutuns), Tinamidae (inhambus), Psittacidae (araras, papagaios, periquitos), Ramphastidae (tucanos e araçaris) e muitos Passeriformes como por exemplo, os Formicariidae, Pipridae e Cotingidae.

O número total de mamíferos existentes no mundo é estimado em 4.650. Na Amazônia, são registradas atualmente 311 espécies. Os quirópteros e os roedores são os grupos com maior número de espécies. Mesmo sendo o grupo de mamíferos mais bem conhecido da Amazônia, nos últimos anos várias espécies de primatas tem sido descobertas, inclusive o sagüi-anão-da-coroa-preta, e o sauim-de-cara-branca, Callithrix saterei.

Fonte:

http://www.museu-goeldi.br/biodiversidade/o_amazonia.asp

Tucunaré-azul


Por: Armando Urenha Jr. Foto/Ilustração: Lester Scalon

Nome: Tucunaré-azul Nome científico: Cichla orinocensis

Água doce


Família: Cichlidae

Características: O tucunaré é um peixe de escamas que faz parte de um dos maiores grupos de peixes de água doce do mundo. Só para ter uma idéia, na América do Sul, a família cichlidae conta com cerca de 290 espécies, o que representa cerca de 6 a 10 % da ictiofauna de água doce deste continente. No Brasil, existem pelo menos 12 espécies de tucunarés, sendo cinco descritas. O colorido, a forma e o número de manchas variam bastante de espécie para espécie; porém, todos os tucunarés apresentam uma mancha redonda, chamada de ocelo, no pedúnculo caudal. O tucunaré-azul atinge peso superior a cinco quilos e seu comprimento pode ultrapassar os 80 cm; tem o corpo um pouco comprimido, alto e alongado e cabeça e boca grandes. Na primeira parte da nadadeira dorsal, espinhosa, existe uma progressão em comprimento até o quinto espinho; depois ocorre um decréscimo até atingir o bordo da dorsal ramosa. Essa região atinge tamanho maior em altura que a parte espinhosa. Pode ser identificada pela presença de três ou mais espinhos duros na porção anterior da nadadeira anal e linha lateral, que é completa nos peixes jovens e geralmente interrompida nos adultos, formando dois ramos.

Hábitos: Possui um hábito alimentar que varia ao longo de sua vida. Nos primeiros 30 dias de vida, as larvas se alimentam de plâncton. A partir do segundo mês, começam a ingerir larvas de insetos. Quando os alevinos chegam ao terceiro mês, já se alimentam de pequenos peixinhos e camarões. A partir do quinto ou sexto mês, se alimentam exclusivamente de peixes vivos. Essencialmente carnívoro, apenas animais vivos fazem parte de sua dieta: vermes, insetos, pitus, peixinhos, pequenos animais, minhocas, larvas de mosquitos e moscas, rãs, entre outros. Costuma ser insistente ao perseguir sua presa, parando apenas quando consegue capturá-las, ao contrário de outros predadores que desistem após a primeira ou segunda tentativa malsucedida. A espécie é territorialista, defendendo um certo espaço onde se alimenta e se reproduz. São evolutivamente avançados, com padrões comportamentais muito complexos. Ovíparos, na época da desova, os tucunarés-azuis se acasalam e é comum que os machos apresentem uma protuberância de cor vermelha ou mais escura entre a cabeça e a nadadeira dorsal, semelhante ao cupim de um touro. Essa saliência, que desaparece logo após a fêmea desovar, é pouco perceptível no princípio e vai se avolumando até atingir a altura de um quarto do comprimento da cabeça. Cada fêmea pode ovular duas ou mais vezes durante o período de reprodução, sendo que pouco antes da desova, o casal procura uma superfície dura e resistente, como pedras. Depois de limpa a superfície, a fêmea coloca os ovos, que imediatamente são fecundados. A eclosão ocorre de três a quatro dias depois. Ovos e filhotes em fase inicial de desenvolvimento podem ser guardados na boca dos pais, que podem passar vários dias sem se alimentar

Curiosidades: Na língua indígena, tucunaré significa “olho na cauda”; seu nome tem origem, portanto, no ocelo presente no pedúnculo caudal. Antes do acasalamento, o macho costuma limpar cuidadosamente o local escolhido para a desova, com o auxílio da boca e de suas nadadeiras. Quando as larvas nascem, os pais possuem cuidados parentais, fazendo ninhos e cuidando dos filhotes, comportamento incomum entre outras espécies.

Onde Encontrar: O tucunaré-azul é uma espécie sedentária, que não realiza migrações, e vive em lagos, lagoas e na boca e beira dos rios. Durante a cheia, é comum encontrá-los na mata inundada. Originário das Bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins, foi introduzido nos reservatórios da Bacia do Prata, em algumas áreas do Pantanal, no Rio São Francisco e nos açudes do Nordeste. Prefere águas mais quentes, com temperaturas entre 24 a 28 graus, mais claras, até águas amareladas, ricas em material orgânico, mas rejeitam águas avermelhadas ou excessivamente turvas. Os exemplares se concentram em locais onde pode se esconder da presa, tais como galhadas, troncos, vegetação e pedreiras. Muitas vezes buscam águas mais oxigenadas próximas a pedras e locais abertos com passagem de água corrente. Uma das características marcantes do peixe é a de habitar estruturas diferentes de acordo com a época do ano, dificultando a sua prospecção. No sudeste, onde foi introduzido, de acordo com as características da represa, tem hábitos peculiares, além de crescimento variável conforme a represa e comportamento definido em função da temperatura e nível da água. São peixes diurnos e o tamanho mínimo liberado para sua captura é de 35 cm.

Dicas para pescá-lo: Em torneios ou dias em que o peixe está mais manhoso, trabalhar a isca mais rápido pode render bons resultados porque força o peixe a tomar uma decisão instintiva: atacar o plug para garantir a refeição.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Descoberta na Amazônia

Nova espécie de peixe miniatura transparente

Piaba dálmata vive nos Rios Madeira e Purus.
Exemplares encontrados não passam de 20 milímetros de comprimento.

Dennis Barbosa Do Globo Amazônia, em São Paulo

Foto: Fernando Mendonça/Divulgação

A piaba dálmata é transparente, o que permite ver seus órgãos internos, como a bexiga natatória, a bolha que o animal tem dentro do corpo para controlar a profundidade em que nada.

Uma nova espécie de peixe ornamental que habita os Rios Madeira e Purus foi descoberta pela pesquisadora da Universidade Federal do Amazonas e da Universidade do Estado do Amazonas Cristina Bührnheim.

Por seu tamanho reduzido em comparação a outros peixes do mesmo grupo, a piaba dálmata (Amazonspinther dalmata) é considerada uma miniatura – os exemplares coletados têm em média 17 milímetros e não passam de 20 milímetros de comprimento, quando outras piabas chegam a 60 milímetros.

“A miniaturização é um fenômeno evolutivo que ocorre em vários tipos de animais”, explica Bührneim. A ciência, no entanto, não tem uma explicação definitiva sobre por que certos tipos de animais diminuem de tamanho.

O nome "dálmata" decorre das três manchas pretas que o peixe apresenta. Para Bührnheim, a espécie tem potencial comercial. A publicação da descoberta foi feita em dezembro na revista científica "Neotropical Ichthyology".

Foto: Fernando Mendonça/Divulgação

Esta espécie de peixe vive em cardumes e foi coletada pela primeira vez no Rio Madeira, em Rondônia, em local próximo a uma futura usina hidrelétrica.

fonte: http://www.globoamazonia.com


terça-feira, 10 de março de 2009

Um cardume se vê de frente com ferozes marlins e dourados


Por: Luca Contro Foto/Ilustração: You Tube Publicado em: 03/2009

Produzido pelo mergulhador e participante do SeaWatch Terry Maas, as primorosas imagens mostram como agem predadores quando se deparam com um imenso grupo de peixes forrageiros.

Na filmagem é possível observar o comportamento do cardume que repete um ritual que começa a mais de 900 metros de profundidade, criando uma incrível formação. Enquanto isso, os ferozes predadores, marlins e dourados, vão arrastando os animais para superfície, os encurralando e fazendo com que se tornem uma presa mais fácil.

Com voracidade as duas espécies vão golpeando o cardume. O marlin, por exemplo, se move com tal velocidade, que ás vezes é difícil até acompanhar seus movimentos, Assim, depois de seguidos ataques de pássaros, dourados, leões-marinhos e até de baleias, o que antes era um grande cardume vai se reduzindo.

A fonte
Além de nos fornecer imagens belíssimas como essas, o SeaWatch é uma organização ambiental que inclui cientistas, técnicos e voluntários dedicada à preservação do Mar de Cortês, uma península localizado no México.

Essa organização encabeça um programa de observação e proteção da vida marinha na região da Baía de La Paz, localizada no estado mexicano de Baja Califórnia Sur.

Foi exatamente nesta paradisíaca região que o mergulhador e estudioso da vida marinha Terry Maas realizou essa singular filmagem que você acompanha, por meio do site You Tube:

Confira o Vídeo.


segunda-feira, 9 de março de 2009

Rio Negro - recorde em nível d'água após 86 anos


Rio da bacia amazônica atinge marca de 26 metros e 36 centímetros e causa alagamentos no interior do Estado

Por: Lielson Tiozzo Publicado em: 03/2009

As fortes chuvas que caíram em Manaus (AM) de janeiro a fevereiro causaram um fenômeno inesperado. Em tempos de aquecimento global e de muita seca, a cota do rio Negro atingiu o recorde da maior marca dos últimos 106 anos. Na última quarta-feira, 4, a cota estava em 26 metros e 36 centímetros. A cota mais elevada até hoje foi no dia 27 de fevereiro de 1923, quando a marca atingiu 26 metros e 21 centímetros.

A coleta de dados sobre o nível do rio Negro foi iniciada em 1903, segundo dados do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). A cota de água representa a quantidade de água na vertical, medido por uma régua em um porto de Manaus.

Segundo dados do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), as chuvas que caíram em Manaus entre janeiro e fevereiro foram acima da média histórica desde 1998. Em janeiro deste ano choveu 398 milímetros, 35% acima da média. Em fevereiro, choveu 349 milímetros, superando a média de 347 milímetros esperada para o mês.

A notícia não é tão boa quanto parece. Isso porque no interior do Amazonas, já há pelo menos um município, Barreirinha, a 325 quilômetros de Manaus, em estado de emergência. Há 600 famílias morando em lugares alagados, com risco de perderem suas casas.

Segundo apuração do jornal O Estado de S. Paulo, as últimas grandes cheias no rio Negro, na capital amazonense, foram em 1999 (29 metros e 30 centímetros), 1994 (29 metros e 5 centímetros) e 1989 (29metros e 42 centímetros). A maior, desde 1903, é a de 1953, quando a cota atingiu 29 metros e 69 centímetros.

domingo, 8 de março de 2009

Mulheres na pesca - Sorte ou azar ?


Dia Internacional da Mulher. Parabéns por esse e todos os outros 364 dias do ano.


(Texto: Ilton T. Nomura /Fotos: Divulgação)

Embora o título possa parecer um tanto machista, a verdade é uma só: nunca tantas mulheres participaram de pescarias como atualmente. Habituado a formar grupos de pesca, observei que cada vez mais, a presença de mulheres e crianças era maior e que o preconceito contra a presença “delas” diminuia. Acabando com o mito que mulher em pescaria dá azar, elas não são só mais caprichosas no seu arsenal, como desenvolvem outras habilidades inerentes à elas e enfeitam o redor dos lagos e a paisagem encarando os pescadores palmo a palmo no tamanho dos peixes e no conhecimento do equipamento. Dando apelidos às isquinhas, enfeitando as caixas de pesca e colocando a mão na massa, cada vez mais bonés cor de rosa, tiaras, fitas, batons, espelhinhos e outras bugigangas são comuns nos barcos de pesca e a delicadeza ao segurar os peixes, num misto de alegria, encanto, emoção e medo são a marca registrada de muitas pescarias. Ah, se demoram para arrumaremse? De jeito nenhum! Na pescaria, acordam cedo e se arrumam rapidamente. A pesca propicia às mulheres uma praticidade e rapidez incríveis na montagem do figurino e na maquiagem, composto de short, bermuda ou calça esportiva, camisa ou camiseta e um biquini ou maiô por baixo. Simples, não? Muitas vezes elas se rivalizam com os parceiros na busca do maior peixe e se orgulham dos seus troféus conquistados em meio ao ambiente machista que, às vezes as cercam, contando suas proezas e se vangloriando das lutas memoráveis com os peixes. Lilian Lurico é uma dessas fortes adeptas da pesca esportiva. Médica, praticante do fly fishing, tem na pesca uma verdadeira paixão. Não se incomoda em misturar-se com os homens, nem que seja a única mulher presente. Participa de grupos de pesca e até começou a confeccionar as suas próprias iscas. Se encanta com os lugares e é detalhista ao extremo, conhecendo nomes e marcas de materiais na ponta da língua.



Lilian Sano (primeira) e Dalva Leite (segunda.) exibem suas conquistas
Dalva Leite, empresária de Brasília, após separar-se de seu marido e com dois filhos que a acompanhavam nas pescarias já crescidos, vivencia uma nova experiência: a de aderir a novos grupos de pesca e não se intimida com a presença dos machões. Ela arruma a sua tralha e coloca o pé na estrada para o seu encontro com os peixes. Já foi rejeitada em grupos do “Bolinha”, mas convicta, procura o seu espaço e fica feliz só com o ambiente de pesca e o convívio com a natureza. Andréa Barbosa, jornalista, viu na pesca a emoção de se aventurar por locais selvagens, curtir um pouco o sol sem ficar parada à toa, arremessando suas iscas artificiais e conhecer locais novos. Tatiana Soster, gaúcha, analista de sistemas, encontrou a graça na pesca através de seu namorado André. Embora não tenha se encantado ainda com o hobby que enfeitiça o namorado, se esforça para poder estar presente nos seus momentos de alegria. Do interior de Sorocaba, acompanhava seu pai nas incursões e hoje rivaliza com o seu discípulo na pesca do maior exemplar. “Ele ainda chega lá”, gaba-se   referindo- se às constantes vitórias por parte dela na pesca. Brigas? Não, no final, tudo acaba numa cervejinha bem gelada. Enfim, para as mulheres que praticam hoje a pesca esportiva e querem encontrar grupos familiares receptivos, os organizados pela Tucuna Travel são muito bons, com pessoal de altíssimo nível e passeios elaborados com segurança e conforto. Você pode preparar a sua tralha sem medo. Sorte ou azar?? Sorte delas conhecer a pesca e azar do pescador que não tem uma mulher que goste também do esporte..

Fonte: http://www.nippobrasil.com.br
Texto  originalmente do Tucuna Travel

quarta-feira, 4 de março de 2009

Conheça os mistérios da Macropinna microstoma

04/03 - 14:05
Redação
Pesquisadores do Monterey Bay Aquarium Research Institute – MBARI - recentemente solucionaram o mistério de meio século sobre um peixe de olhos tubulares e cabeça transparente.

Desde quando o peixe Macropinna microstoma foi descrito pela primeira vez em 1939, biólogos marinhos já sabiam que os olhos tubulares do peixe são ótimos coletores de luz. Entretanto, acreditava-se que os olhos fossem fixos no lugar, possibilitando apenas a visão do que estivesse diretamente acima da cabeça do animal.

Um novo estudo, conduzido por Bruce Robison e Kim Reisenbichler, mostra que tais olhos incomuns podem realizar um movimento de rotação dentro de uma camada transparente que recobre a cabeça do peixe. Isto permite que o Macropinna microstoma observe suas potenciais presas ou foque adiante para ver o que a mesma está comendo.

Peixes de águas profundas se adaptaram ao ambiente totalmente escuro em que vivem em uma variedade de maneiras incríveis. Diversas espécies de peixes de águas profundas da família Opisthoproctidae são chamados “olhos de barril” em razão de seus olhos de formato tubular. Estes peixes vivem tipicamente próximos à profundidade onde a luz solar proveniente da superfície se desbota na total escuridão.

Eles fazem uso dos olhos tubulares ultra-sensíveis para buscar as silhuetas vagas de presas que se encontram acima deles. Embora os olhos tubulares sejam ótimos coletores de luz, eles têm um campo de visão bastante estreito. Além disso, até agora a maioria dos biólogos marinhos acreditavam que os olhos do Macropinna microstoma fossem fixos na cabeça, o que permitiria que ele olhasse somente para cima. Isto possibilitaria que o peixe visualizasse somente o que estivesse diretamente à sua frente, e seria muito difícil para ele capturar a presa com sua pequena boca pontuda.

Nesta imagem é possível observar que, apesar do peixe estar virado para baixo, seus olhos continuam olhando diretamente para cima. Esta imagem em close-up do video mostra um Macropinna microstoma de aproximadamente 140mm de comprimento.

Robison e Reisenbichler usaram vídeos de veículos remotamente operados (ROVs) do MBARI para estudar Macropinna microstoma nas águas profundas próximas à região costeira da California Central. Em profundidades de 600 a 800 metros abaixo da superfície, as cameras ROV normalmente mostravam estes peixes flutuando na sem movimentos, seus olhos de um verde fluorescente vívido capturado pelas luzes fortes da camera ROV.

O vídeo também revelou uma característica que não havia sido descrita anteriormente – os olhos do peixe são circundados por uma camada transparente cheia de liquido, recobrindo o topo da cabeça do peixe.

Grande parte das descrições e ilustrações existentes deste tipo de peixe não mostra esta camada cheia de liquido, provavelmente porque tal estrutura frágil tenha sido destruída quando o peixe foi trazido das profundezas para a superfície em redes de pesca.

Entretanto, Robison e Reisenbichler tiveram uma sorte incrível: eles conseguiram capturar um Macropinna microstoma com uma rede e trazê-lo para a superfície ainda vivo. O peixe sobreviveu por várias horas em um aquário a bordo de uma embarcação.

Dentro deste ambiente controlado, os pesquisadores puderam confirmar o que já haviam visto no vídeo ROV: o peixe girava seus olhos tubulares ao virar o corpo de uma posição horizontal para vertical. Esta imagem mostra a camada transparente de um Macropinna microstoma iluminada pelas luzes de uma câmera Tiburon do MBARI.

Como nas outras fotos, os dois pontos acima da boca do animal são órgãos olfativos análogos às narinas humanas. Além da incrível movimentação dos olhos, o Macropinna microstoma é dotado de uma série de outras adaptações à vida em águas profundas muito interessantes.

Suas nadadeiras grandes e planas permitem que o mesmo se mantenha na água quase sem nenhum movimento, e também realize manobras muito precisas (muito semelhantes à ROV do MBARI). A boca pequena do peixe leva a crer que o mesmo possa ser bastante preciso e seletivo na captura de pequenas presas.

Por outro lado, o sistema digestivo do peixe é muito grande, o que sugere que o mesmo possa comer diferentes pequenos animais boiando a seu redor, assim como águas-vivas. Na verdade, oestômago dos dois peixes capturados na rede pelos pesquisadores continham fragmentos de águas-vivas.

Após o estudo e documentação das adaptações incomuns do Macropinna microstoma, Robison e Reisenbichler desenvolveram uma hipótese de trabalho sobre como este animal sobreviveria. Na maior parte do tempo, os peixes se mantêm na água sem movimentos, com o corpo na posição horizontal e os olhos olhando para cima. Pode ser que os pigmentos verdes presentes nos olhos filtrem a luz solar entrando diretamente da superfície do mar, ajudando o peixe a identificar o brilho bioluminescente de águas-vivas ou outros animais diretamente acima deles.

Quando a presa é identificada (por exemplo, uma água-viva), o peixe gira os olhos para frente e nada para cima, em modo de alimentação. O Macropinna microstoma compartilha o ambiente das águas profundas com diferentes tipos de águas-vivas. As mais comuns são as siphonophoras (colônias de zoóides) do gênero Apolemia. Estas siphonophoras chegam a atingir 10 metros de comprimento.

Como redes vivas, elas rastejam milhares de tentáculos espinhosos, que capturam copépodes e outros pequenos animais. Os pesquisadores acreditam que talvez o Macropinna microstoma possa realizar manobras cuidadosas em meio aos tentáculos das siphonophoras, apanhando os organismos capturados.

Os olhos do peixe girariam para ajudá-lo a manter os “olhos na presa”, enquanto sua camada transparente protegeria seus olhos das células espinhosas da siphonophora. Os pesquisadores do MBARI acreditam que é possível que o Macropinna microstoma coma animais capturados pelos tentáculos das águas-vivas, tais como esta siphonophora do gênero Apolemia.

A “cabeça” da siphonophora puxa o animal pela água, seus tentáculos espinhosos se arrastando como uma rede boiando. Robison e Reisenbichler esperam realizar outras pesquisas para constatar se suas descobertas sobre o Macropinna microstoma também se aplicam aos outros peixes de olhos tubulares que vivem em águas profundas.

As bizarras adaptações fisiológicas do Macropinna microstoma vêm intrigando oceanografistas durante gerações. Apenas com o advento de modernos robôs submarinhos que os cientistas puderam observar tais animais em seu ambiente nativo, e consequentemente terem uma total compreensão de como estas adaptações físicas os ajudam a sobreviver.


Artigo de B. H. Robison e K. R. Reisenbichler. "Macropinna microstoma and the paradox of its tubular eyes", publicado no site do Monterey Bay Aquarium Research Institute

terça-feira, 3 de março de 2009

Como cuidar das varas de pesca.

vara_chamada1.jpg
As boas varas do mercado têm na durabilidade um dos seus grandes destaques. Algumas são verdadeiras jóias com acabamento primoroso, proporcionando precisão nos arremessos e muita sensibilidade. Porém, mesmo com toda a tecnologia usada, elas não estão isentas de danos no transporte ou situações de uso onde alguns riscos são inevitáveis. Por isso, para manter aquela vara de estimação, verdadeira companheira de pesca, em estado de nova, vale por emprática alguns cuidados.

.1. Após a sua pescaria, lave com água e sabão neutro e deixe-a secar na sombra para não manchar a pintura. Nunca use produtos que contém ácidos.

.2. Os passadores e a ponteira devem ser lavados com pequena escova, água e sabão, para que a composição do fio e da resina utilizados na sua fixação, não seja alterada.

.3. Se os passadores e a ponteira já estiverem com início de oxidação, provocada pela maresia, use uma esponja de aço fina.

.4. Se a pintura do blanck (conudo ou corpo da vara) estiver fosca, use polidor automotivo líquido, para realçar o brilho.

.5. Se o blanck estiver com sua pintura original riscada ou desgastada, utilize lixa d'água n. 400 para remoção da tinta; em seguida, pinte o blanck com tinta spray automotiva, protegendo os passadores e a ponteira com fita crepe.

.6. Quando o cabo de cortiça ou EVA estiver liso e escorregadio (ocasionado pelo suor das mãos), use esponja de limpeza doméstica com água e sabão, ou ainda lixa d'água n. 200.

.7. Se após a limpeza o cabo de EVA estiver ressecado, dificultando a pegada, utilize vaselina líquida até que fique macio e com a cor renovada.

.8. Guarde sua vara de pesca em suportes que a mantenham na posição vertical, para que o blanck não adquira memória ou entorte.

.9. Quando for viajar para longas distâncias, utilize tubo de transporte. Os melhores são os de PVC com dispositivo de amarração do feixe de varas em seu interior.

.10. Quando transportar suas varas de pesca dentro de tubos, amarre o feixe para que o conjunto de varas tenha a sua resistência somada e assim suporte melhor as eventuais batidas.

Revista Pesca Esportiva - Edição 111

Cuidados com o Motor de Popa


Mesmo com a avançada tecnologia com que são feitos, os motores de popa necessitam cuidados básicos. Independente das revisões periódicas e necessárias, cada pescador deve adotar alguns procedimentos para prolongar a vida útil do motor e evitar prejuízos.

.1. Nunca deixe gasolina velha nos tanques. A oxidação que ocorre no combustível antigo pode entupir os dutos do motor. Trinta dias de armazenamento é um prazo razoável.

.2. Motor sem uso pode gerar problemas. Ligue mensalmente seu motor por alguns minutos. Esta operação pode ser feita inclusive fora da água, com uso do "telefone" (aparelho para injetar água e possibilitar a refrigeração).

.3. Após cada uso em água salgada, "adoce" o motor. Isto é, faça-o funcionar em água doce por alguns minutos. Lave-o por fora e por dentro e não deixe umidade na parte interna. Após a secagem você pode pulverizar com vaselina líquida, silicone ou outro lubrificante.

.4. Periodicamente retire o hélice e engraxe o eixo, calços e porca de fixação. Ao recolocar, certifique-se do aperto correto e da colocação da trava para evitar a saída da porca.

.5. A carenagem do motor, além de proteção é responsável pela estética e demonstra os cuidados do dono. Seu estado de conservação tem muita influência no valor de revenda.

.6. Lave e encere periodicamente o motor. Só evite passar cêra no anodo de sacrifício (peça fixada junto ao cavalete ou na rabeta, que evita oxidação). O desgaste dessa peça é normal e significa que ela está exercendo sua função.

.7. Cuidado com as aproximações para embarque e desembarque de passageiros em áreas rasas. Uma batida no fundo pode entortar o hélice ou leme. tome maior cuidado ainda com o transporte fora da água.

.8. No transporte rodoviário do barco com o motor, verifique se ele está apoiado no suporte de tráfego.

.9. Nos motores de 2 tempos, use a mistura óleo/gasolina na proporção correta indicada no manual. Nos motores carburados prefira óleo com especificação TCW-3. Nos motores com injeção eletrônica use o óleo especificado pelo fabricante. Nos motores 4 tempos, o ideal é trocar o óleo a cada 6 meses.

.10. Tome cuidados com a instalação do motor. Altura e ângulo correto proporcionam desempenho e economia na navegação. Use o passo correto do hélice. A escolha certa proporciona ao motor atingir o giro máximo na aceleração máxima.

Publicado na revista Pesca Esportiva - edição 113.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Os peixes podem desaparecer nos próximos 40 anos?


Foto cedida pelo Departamento de Pesca e Vida Selvagem de Washington
O salmão vermelho pode estar fora do cardápio dentro de nossa expectativa de vida
por Julia Layton - traduzido por HowStuffWorks Brasil

Um estudo publicado no jornal Science fez uma previsão sombria para a vida oceânica do mundo. De acordo com pesquisadores, não haverá frutos do mar para pesca em 2048, a não ser águas-vivas. Felizmente, eles dizem que as águas-vivas têm o mesmo conteúdo nutricional que o camarão, que é muito bom.

Você não pode alegar que todas as espécies de peixe entrarão em colapso - "colapso" com o significado de que as espécies sejam reduzidas a 10% de seus números conhecidos mais altos - em 2048, sem fazer muitas pessoas erguerem uma sobrancelha. Como isso pode acontecer? Nossos supermercados estão abarrotados de bacalhau, salmão, camarão e atum, além de muitas outras grandes e escorregadias iguarias subaquáticas. Os restaurantes de sushi estão se multiplicando exponencialmente.

Os autores do estudo podem dizer que é parte do problema. De modo geral, o que eles vêem como a iminente erradicação da vida marítima seria o resultado da falta de diversidade em ecossistemas oceânicos derivada da pesca excessiva de determinados tipos de peixes.

Para chegar à conclusão de que não haverá mais peixe em 2048, os cientistas pesquisaram várias fontes de dados, incluindo os dados globais de pesca da Organização de Alimentos e Agricultura das Nações Unidas, os dados de pesca de todos os 64 mais importantes ecossistemas marinhos globais entre 1950 e 2003, resultados de estudos individuais de áreas marinhas por cientistas locais - incluindo um estudo da Baía de São Francisco e seus rios adjacentes - e dados de 48 áreas marinhas protegidas por medidas de conservação. O que eles descobriram não é agradável. No caso da Baía de São Francisco e seus rios adjacentes, como informado em um artigo do San Francisco Chronicle em 2 de novembro, os cientistas investigaram dados da população dos últimos mil anos e descobriram que " mais de 90% das espécies originais que habitam as águas perderam no mínimo metade de suas populações". Além disso, 30% dessas espécies entraram em colapso em um ponto, mas recentemente voltaram a números mais seguros. Parece que, com a perda de até mesmo poucas espécies, o resto do ambiente marinho se degrada mais rapidamente. A diversidade parece desempenhar um papel essencial em manter os ecossistemas marinhos vivos.

A pesquisa aponta várias práticas que contribuem para o estado vulnerável de ecossistemas marinhos em todo o mundo. A pesca excessiva e práticas de pesca destrutivas como o arrastão, onde os pescadores arrastam uma rede pesada ao longo do leito do mar e simplesmente apanham tudo o que há lá embaixo, mesmo que não possam vender, exaurem algumas espécies até o ponto de colapso. Quando certas espécies não desempenham mais sua função no ecossistema, o desequilíbrio torna-o mais suscetível a prejuízos, por exemplo, na forma de um crescimento excessivo de vida tóxica como florescências de algas que exaurem o conteúdo de oxigênio na água. Esse esgotamento do conteúdo de oxigênio diminui a probabilidade de outras espécies de peixe prosperarem. E, obviamente, também a poluição e a alteração climática desempenham um papel na falta de diversidade marinha.

Os críticos do estudo apontam várias falhas que põem em dúvida a estimativa de 40 anos para a ruína da pescaria. Primeiro, eles dizem que nenhum dos dados no estudo refletem um relacionamento direto de causa e efeito. Tudo é baseado no traçado de correlações entre tendências registradas em coleções separadas de dados. Também observam que os dados de pesca das Nações Unidas são considerados por muitos especialistas como não-confiáveis, pois alguns países empregam métodos questionáveis de informar seus números de pesca. Ainda, outras organizações, incluindo a NOAA, viram tendências opostas nas populações marinhas. De acordo com no mínimo um cientista da NOAA, a diversidade em várias populações marinhas nos Estados Unidos está crescendo. Finalmente, os céticos apontam que as descobertas do estudo não levam em conta as medidas de proteção já em vigor para conservar a biodiversidade oceânica e evitar o colapso das espécies. Embora a interpretação dos dados do estudo a partir de ambientes protegidos mostre que os métodos de conservação estão funcionando, o estudo parece desconsiderá-los na previsão de ausência de peixes em 2048.

Mesmo que o atalho para a falta de peixes não seja preciso, a conclusão do estudo de que cerca de 30% das espécies de peixes já em colapso devido à pesca excessiva é, no mínimo, um sinal de advertência.

Para evitar o fim da vida marinha como a conhecemos, o estudo sugere que o mundo aja rapidamente - em duas décadas, eles dizem, os danos terão avançado demais para serem desfeitos. Os especialistas defendem a criação de leis de proteção globais e o aumento das iniciativas atuais de conservação enquanto a vida oceânica ainda é diversificada o suficiente para que os ecossistemas se recuperem.

fonte: http://ciencia.hsw.uol.com.br/sem-peixe.htm

Matéria enviada pelo Colaborador . Oswaldo Neves. Suzano-SP

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...