Aviso da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) publicado nesta segunda-feira (27) em Diário Oficial suspende a licitação para a construção do prédio do Centro de Pesquisa e de Reabilitação da Ictiofauna Pantaneira, o Aquário do Pantanal. A reunião entre as empresas e a comissão julgadora seria realizada na quarta-feira, dia 29, às 9 horas. Mas, está sendo suspensa por força de recursos administrativos interpostos. A obra é orçada em R$ 80 milhões e o governo quer começar construção em março de 2011.
A reportagem do Midiamax já entrou em contato com o governo do Estado, mas até a publicação desta matéria não havia qualquer detalhe sobre os recursos administrativos interpostos. Não há ainda nova data prevista para a licitação da obra.
A primeira data para que as empresas comprovassem estar habilitadas para o julgamento das propostas era 16 de dezembro. Mas, como todas as cinco concorrentes foram consideradas inabilitadas, a Agesul ampliou o prazo em oito dias para que as empresas comprovassem as exigências previstas no edital referentes à habilitação.
Na quarta-feira, somente as empresas habilitadas teriam as propostas abertas e analisadas. Em caso de nova inabilidade de todas as correntes, o governo teria que abrir nova concorrência.
Conforme a Agesul, disputam a licitação a Egelte Engenharia Ltda, UNI Engenharia e Comércio Ltda, Consórcio Azevedo & Travassos – DM, constituído pelas empresas DM Construtora de Obras Ltda e Azevedo e Travassos S/A, Construtora Celi Ltda e a MPD Engenharia Ltda.
Ainda de acordo com a Agesul, algumas empresas deixaram de cumprir alguns itens, entre eles a exigência de um biólogo ou oceanógrafo e medidas de estacas (fundações de edificações) exigidas no edital para a construção do Aquário.
O Aquário do Pantanal
O Aquário do Pantanal foi anunciado em outubro de 2009 pelo governador André Puccinelli (PMDB) com uma das obras emblemáticas do MS Forte, um conjunto de ações para o desenvolvimento do Estado.
A obra será construída no Parque das Nações Indígenas e terá 18.636 metros quadrados. O arquiteto Ruy Othake assina a obra.
O aquário de água doce terá 6 milhões de litros de água, 263 espécies e 7.000 animais. O local deve entrar em operação no início de 2012 e terá capacidade para receber 20 mil visitantes por dia.
O espaço irá abrigar um centro de conferências, laboratórios e biblioteca para livros e teses sobre o Pantanal, instalações que foram desenhadas lado a lado com os 25 tanques de peixes, jacarés, sucuris, entre outras espécies.
Além do ambiente interno, que inclui um túnel de 180 graus, o aquário terá cinco tanques externos, que poderão ser percorridos a pé ou em um trajeto aquaviário em barco com fundo de vidro.
O projeto apresenta uma estrutura de 90 metros de comprimento e 18 de altura. O prédio possuirá um amplo saguão, equipado com banheiros, setor de informações, auditório para 250 pessoas, restaurante, lanchonete, biblioteca e bancada de interação, entre outros detalhes.
Escadas rolantes, comuns e elevadores próprios para portadores de necessidades especiais levam o visitante aos tanques e a um ambiente especial para as sucuris. Nos ambientes externos, ficarão plantas nativas do Pantanal, jacarés, ariranhas e lontras, entre outros animais. Com informações da assessoria da Agesul
SÃO PAULO - Com a expectativa de se tornar o quinto maior produtor de pescado em cativeiro (aquicultura) do mundo nos próximos dez anos, o Brasil deve fechar 2011 com uma produção superior a 570 mil toneladas de peixes, contra as 500 mil esperadas neste ano. Além disso, o Ministério de Pesca e Aquicultura prevê chegar a 2015 com um consumo anual superior a 12 quilos por habitante, ante os nove quilos esperados este ano.
O País, que ocupa atualmente a 18° posição entre os maiores produtores de aquicultura no mundo, pode ficar entre os dez maiores já em 2015, quando se espera uma produção de aproximadamente 1 milhão de toneladas de peixes. As informações são da Secretaria Nacional da Aquicultura.
Desde 2003, quando a secretaria foi fundada, os planos do governo se baseavam na ampliação da oferta de peixes em cativeiro. Para isso foi criado um decreto que permitia o uso de águas da União pelos produtores. Segundo Felipe Matias, secretário nacional da aquicultura, inicialmente, a autorização não gerou uma grande procura dada a burocracia para receber tal permissão. Naquele ano, a produção da aquicultura nacional era de 278 mil toneladas e até 2005 os volumes somente caíam, chegando a 257 mil toneladas de pescado.
Somente em 2008 a produção de pescado em cativeiro obteve o primeiro grande resultado, de acordo com o secretário, saltando de 289 mil toneladas em 2007, para 365 mil. "As pessoas queriam produzir nessas águas e não conseguiam. Em 2003, o decreto regulamentou o cultivo e possibilitou essa guinada. Os resultados só foram aparecer em 2008, quando começamos a fazer as cessões ( o mesmo que os títulos de terra) dessas águas para que as pessoas produzissem", afirmou Matias, acrescentando que a União possui mais de 5 milhões de hectares em águas, que servem para a produção de peixes.
Em 2009, quando a produção já ultrapassava a casa das 415 mil toneladas, o presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva resolveu criar o Ministério da Pesca e Aquicultura, que movimentava por ano mais de US$ 5 bilhões.
No plano de desenvolvimento criado em 2008, a meta estipulada para a produção da aquicultura até 2011 era chegar a 570 mil toneladas. "Este plano tem como meta atingir 570 mil toneladas de pescado até 2011. Esse ano bateremos as 500 mil. Se esse crescimento continuar, o que não uma tarefa difícil, bateremos com folga a meta para o ano que vem", completou o secretário.
Atualmente, a aquicultura é responsável por 33% do total de pescado produzido no País, que é de 1.240 milhão de toneladas. Em 2003, juntando a pesca de captura e a pesca em cativeiro, o Brasil produzia apenas 990 mil toneladas de pescado. No mundo essa porcentagem sobe para 43%, devendo chegar em 2011 com mais de 50%. "Em 2011, a produção em cativeiro será maior que a produção de captura. E isso é uma tendência mundial. A nossa produção atual no Brasil, de 415 mil toneladas, representa 33% do total. Certamente, nos próximos cinco anos, nós também vamos ultrapassar os 50%", disse Matias.
O otimismo do setor é tão grande com o crescimento de 20% ao ano, que a expectativa para os próximos cinco anos é ficar entre os dez maiores produtores globais de aquicultura. "Se dermos sequência ao crescimento de 20% nós devemos, nos próximos cinco anos, ficar entre os dez maiores produtores do mundo de aquicultura, com uma produção superior a 1 milhão de toneladas de pescado. E nos próximos dez anos, ou seja, 2020, seremos o quinto maior", afirma.
Em relação aos volumes importados pelo Brasil, que este ano devem ficar próximos a 500 mil toneladas (ante as 524,5 mil toneladas de 2009), Matias acredita que, com o crescimento da produção em 2011, serão vistos volumes bem menores. "Importamos volumes grandes de pescado, como o bacalhau, a sardinha, a merluza e o salmão, mas isso deve mudar nos próximos anos".
A barreira da certificação
Matias contou que o mundo já começa a se preparar para as produções certificadas a exemplo de outras carnes. Entretanto, em um encontro global, realizado na Tailândia, para discutir o assunto, o secretário afirmou que o Brasil assumiu a posição de confronto. Isso porque alguns países desenvolvidos pretendem usar a certificação para barrar a entrada de pescados de outros países.
"O Brasil tem uma posição muito clara e foi de confronto. Somos favoráveis e queremos investir em certificação porque gera qualidade. Mas não aceitamos que isso seja usado como barreira, pois alguns países - principalmente europeus - estavam querendo usar isso como barreira. Os países em desenvolvimento precisam de mais tempo para isso", disse Matias. "O mundo está dizendo que o gigante acordou (Brasil) e estão temerosos sobre o que podemos fazer em relação a competitividade", finalizou. Atualmente menos de 5% da produção nacional de aquicultura possui certificado.
A pesca em cativeiro se divide em duas categorias: a aquicultura continental e marinha. A continental é baseada em pescados de água doce, como a Tilápia, e representa 81% do total. Já a marinha é estabelecida em águas salgadas com a produção de ostras, mexilhões e camarões. "Somos muito fortes na aquicultura continental e é isso que gera o receio de outros países produtores".
Com a expectativa de se tornar o quinto maior produtor de pescado em cativeiro (aquicultura) do mundo nos próximos dez anos, o Brasil deve fechar 2011 com uma produção superior a 570 mil toneladas de peixes, contra as 500 mil esperadas neste ano. Além disso, o Ministério de Pesca e Aquicultura prevê chegar a 2015 com um consumo anual superior a 12 quilos por habitante, ante os nove quilos esperados este ano.
O País, que ocupa atualmente a 18° posição entre os maiores produtores de aquicultura no mundo, pode ficar entre os dez maiores já em 2015, quando se espera uma produção de aproximadamente 1 milhão de toneladas de peixes. As informações são da Secretaria Nacional da Aquicultura.
Desde 2003, quando a secretaria foi fundada, os planos do governo se baseavam na ampliação da oferta de peixes em cativeiro. Para isso foi criado um decreto que permitia o uso de águas da União pelos produtores. Segundo Felipe Matias, secretário nacional da Aquicultura, inicialmente, a autorização não gerou uma grande procura, dada a burocracia para receber tal permissão. Naquele ano, a produção da aquicultura nacional era de 278 mil toneladas e até 2005 os volumes somente caíam, chegando a 257 mil toneladas de pescado.
Apenas em 2008, a produção de pescado em cativeiro obteve o primeiro grande resultado, de acordo com o secretário, saltando de 289 mil toneladas em 2007, para 365 mil. "Em 2003, o decreto regulamentou o cultivo e possibilitou essa guinada", afirmou Matias, acrescentando que a União possui mais de 5 milhões de hectares em águas que servem para a produção de peixes.
Organização quer conscientizar sobre os riscos da pesca excessiva
O calendário de 2011 da organização britânica de conservação marinha Bite-Back apresenta imagens de 12 dos mais premiados fotógrafos de vida submersa no mundo.
Cada fotógrafo ilustrou um mês, com comentários sobre a importância da preservação de animais marinhos como os tubarões, um dos principais temas do projeto.
O calendário de 2011 da organização britânica Bite-Back apresenta trabalhos dos melhores fotógrafos de vida submersa no mundo. Na imagem, um peixe-boi
Segundo a organização, mais de 70 milhões de tubarões são mortos todos os anos, e 12 espécies desaparecerão completamente até 2017.
A Bite-Back tenta alertar empresas e supermercados ingleses para o perigo da pesca excessiva de determinadas espécies típicas da região.
Dados da organização dizem que o mundo pode ficar sem peixes já no ano de 2048. O diretor da campanha do calendário, Graham Buckingham, diz que não podemos contar com o fato de que os oceanos nos alimentarão indefinidamente sem o receio de perder algumas espécies para sempre.
Ele diz que o trabalho da organização já fez com que supermercados ingleses mudassem os peixes que vendem e encorajou restaurantes orientais a suspender a venda de sopa de barbatanas, uma das principais causas da morte de tubarões.
O calendário 2011 da Bite-Back custa R$ 21 e pode ser comprado pela internet no site da organização
Bacalhau não é um peixe, mas vários. Cinco espécies marinhas podem ser vendidas com esse nome. Existe, porém, o chamado “bacalhau legítimo”: opeixe Gadus morhua, considerado o melhor de todos. Ele também é conhecido como cod ou bacalhau do Porto – uma referência à cidade portuguesa, apesar de não haver bacalhau em águas lusitanas. É que o Porto é um importante centro de comércio do peixe seco e salgado que chega do Atlântico Norte, em especial da Noruega. Portugal se tornou o maior mercado consumidor de bacalhau do mundo por causa dos maluquetes que se aventuravam pelos oceanos nos séculos 15 e 16. Aquele peixe duro e seco podia cheirar mal, mas demorava alguns meses para estragar. Por isso, era o alimento ideal para ser estocado nos porões das naus de Cabral e companhia. O bacalhau caiu no gosto da população portuguesa e, por tabela, da brasileira – o consome 30% do bacalhau produzido na Noruega, o que em 2002 correspondeu à bagatela de 18 mil toneladas.Por causa da atual escassez de bacalhau (decorrente da pesca predatória), o preço do dito cujo está pela hora da morte. Mas o peixe absorve muita água e ganha cerca de 20% do seu peso após ficar de molho por um ou dois dias – o de dessalgação depende do tamanho dos pedaços de bacalhau. Além do mais, o sabor forte do bacalhau se destaca mesmo em pratos que levam pouco peixe e um montão de batatas, por exemplo.
Quem quer bacalhau? Saiba escolher otipo que se ajusta ao seu paladar e ao seu bolso
Ling
O nome científico deste peixe é Molva molva. Distingue-se dos outros bacalhaus por ser bem mais estreito. Sua carne é mais clara que a do saithe e seu preço também é bastante razoável – por isso, faz bastante sucesso entre os mestres-cucas econômicos
Bacalhau do Porto
O Gadus morhua é o melhor e mais caro bacalhau. O peixeinteiro também é mais largo que as outras variedades. A carne é amarelo-palha e, quando cozida, se desmancha em lascasuniformes. É semelhante ao bacalhau do Pacífico (Gadus macrocephalus), menor, mais barato e de qualidade inferior
Saithe
Nome comercial do peixe Pollachius virens. Esse bacalhau tem carne escura e de sabor bastante acentuado. Muito mais barato que o bacalhau do Porto, é bastante popular no Brasil. Como desfia com facilidade, é utilizado principalmente em bolinhos, saladas e ensopados
Zarbo
Ou, como preferem os cientistas, Brosme brosme. Menor de todos os tipos de bacalhau, o zarbo também tem preço relativamente baixo e muita aceitação no mercado brasileiro. Sua carne não é lá essas coisas, mas não faz feio quando misturada a outros ingredientes.
fonte: http://super.abril.com.b
Os tipos de bacalhau
O bacalhau faz parte da família dos gadídeos (Gadus), peixes típicos de mares gelados do Círculo Polar Ártico e do Pacífico Norte. Das cinco variedades existentes (Cod, Macrocephalus, Saithe, Ling e Zaibo), apenas dois - o Cod Gadus Morhua (Porto) e o Cod Gadus Macrocephalus - recebem no - por lei - a denominação de bacalhau. Os demais são considerados peixes secos e salgados. Mas todos são bacalhaus.
No Brasil, 87% do bacalhau consumido vem da Noruega. É o "Legítimo Bacalhau", pescado no Atlântico Norte. Veja na tabela abaixo os cinco tipos de bacalhau.
As cinco variedades de bacalhau
Cod Gadus Morhua, o "Legítimo Bacalhau" ou Bacalhau do Porto
Considerado o mais nobre dos bacalhaus, o Porto é fácil de identificar: é o maior, o mais largo, com postas mais altas e com cor palha uniforme. Quando cozido, desfaz-se em lascas claras e tenras.
Cod Gadus Macrocephalus ou Bacalhau do Pacífico
Vem do Pacifico Norte ou do Alasca e é muito parecido com o Porto. Sua carne, quando cozida, é fibrosa e não se desfaz em lascas. Uma maneira de diferenciá-lo do Porto é observar se seu rabo e suas barbatanas apresentam uma espécie de bordado branco nas extremidades.
Saithe
É mais escuro e tem sabor mais forte que o Cod e o Macro. O preço do quilo varia de R$ 30 a R$ 40, e sua carne é ideal para bolinhos, saladas, risotos e ensopados, pois, quando cozida, desfia facilmente.
Ling
O mais estreito dos bacalhaus. Sua carne, clara e bonita, pode ser usada tanto para postas quanto para pratos que pedem a carne desfiada.
Zarbo
O menor de todos os bacalhaus. Sua carne é escura e fibrosa quando cozida.
O Mundo do Bacalhau
Os cinco tipos de bacalhau descritos acima podem receber três classificações de qualidade: Imperial, Universal e Popular. O Imperial é a nata dos bacalhaus: bem cortado, bem escovado e bem curado. O Universal é o bacalhau que apresenta pequenos defeitos que não comprometem a qualidade. Popular é a classificação para o bacalhau que apresenta manchas e falta de pedaços arrancados pelo arpão na hora da pesca.
Por que se come bacalhau na Páscoa
Ovos de chocolate, coelhos de chocolate, caixas e mais caixas de bombons – de chocolate. Embora a guloseima feita de cacau e leite seja um dos pontos fortes das tradições culinárias da Páscoa, é o bacalhau o rei da festa. O peixe salgado e seco, de sabor marcante, saiu da da família real, em 1808, e ganhou as da plebe brasileira nos anos seguintes. De lá pra cá, o consumo teve altos e baixos, pois o preço da iguaria sempre esteve atrelado ao dólar. Hoje, mesmo com a moeda americana em baixa, os preços ainda são tão salgados quanto o peixe: variam de R$ 30 a R$ 100 o quilo, de acordo com a variedade (cod, ling, zarbo ou saithe) e o pedaço (lombo, lascas, rabo ou pontas).
Mas como um prato típico do mar frio da Noruega e da Islândia veio aportar no Brasil?A história do gadus morhua, nome científico do bacalhau, remonta o tempo dos vikings. O peixe abundava nos mares onde os filhos de Thor navegavam lá pelo século 9. Para preservar o alimento durante as longas viagens, eles secavam o peixe ao ar livre até que ele perdesse um quinto do seu peso, endurecesse e pudesse ser comido aos pedaços durante as viagens. Mas foram os bascos, na Espanha, que tiveram a idéia de salgar o pescado para preservar o alimento por mais tempo e facilitar o comércio. A partir de então, o bacalhau ganhou a aparência e o sabor marcante que conhecemos hoje. Mas imagine a revolução na alimentação que a cura e a salga do peixe não provocaram naquela época. Como ainda não havia geladeira, os alimentos estragavam facilmente, e o bacalhau curado e salgado durava meses.
Claro que tamanha revolução acabou em guerra. No século 16, França, Portugal, Inglaterra e Alemanha lutaram pelo controle da pesca do bacalhau no mar da Islândia. E ao longo dos séculos seguintes, vários tratados internacionais foram assinados para regular os direitos de pesca e comercialização do peixe. Mas e o Brasil, onde entra nisso? Como todos sabem, o Brasil foi descoberto e colonizado por portugueses, que eram grandes consumidores do pescado na época. Eles usavam o bacalhau como alimentação principal nos navios durante a época dos descobrimentos. Para evitar uma possível falta do produto, os portugueses até tentaram o mesmo processo de salga do bacalhau com outros peixes, mas não deu lá muito certo. Ora o sabor se perdia, ora o peixe curado não durava tanto. O que dava vantagem ao bacalhau é quepor ter um baixo teor de gordura, o bacalhau tem seus nutrientes e sabor preservados durante o processo de cura, salga e secagem. Essa característica transformou o bacalhau em hábito alimentar dos portugueses, que até encontraram uma variedade do peixe no Pacífico Norte, lá pelos lados do Alaska (o Cod Gadus Macrocephalus) para suprir a falta do bacalhau norueguês. Até hoje, o peixe é uma das tradições principais.
O bacalhau aportou no Brasil junto com os primeiros portugueses, mas só com a vinda da família real para cá, em 1808, é que ele foi incorporado aos hábitos alimentares brasileiros. De 1808 até a Segunda Guerra, o bacalhau era um produto relativamente barato (mesmo sendo importado da Noruega) e fazia parte até da dieta da população de menor poder aquisitivo. Pratos à base do peixe eram consumidos à farta nas sextas-feiras, nos dias santos e nas festas familiares. Mas com a Segunda Guerra veio a escassez de comida na Europa, e o preço do bacalhau foi às alturas, restringindo o consumo popular. O peixe virou artigo de luxo, e passou a freqüentar as mesas brasileiras somente no Natal e na Páscoa, as principais festas cristãs.
Aliás, a religião é o motivo pelo qual o bacalhau se transformou em tradição na Páscoa. Durante a Idade Média, a Igreja Católica obrigava seus fiéis a jejuar e a excluir de suas dietas carnes consideradas quentes. O número de dias de abstinência era grande e não ficava restrito somente à Quaresma, o período de 46 dias entre a Quarta-feira de Cinzas e o Domingo de Páscoa. O consumo do bacalhau, uma carne fria, era incentivado nesses dias de abstinência. Os portugueses, católicos e amantes do bacalhau, eram os maiores consumidores. O hábito do bacalhau nos dias de jejum veio para o Brasil com os portugueses. Ao longo dos anos, porém, o rigor do calendário de jejum católico se perdeu, mas nas datas mais expressivas da religião – Natal (Nascimento de Cristo) e Páscoa (Ressurreição de Cristo) - o hábito de comer bacalhau ainda persiste.
O cardápio da Páscoa, porém, mantém outras tradições. Bacalhau na Sexta-Santa, cordeiro e ovos de chocolate no Domingo de Páscoa. E para que você aproveite um pouco dessa tradição, este artigo termina com duas receitas típicas portuguesas para o bacalhau: Bolinho de bacalhau e Bacalhau na brasa com batatas coradas.
Características – é uma espécie de grande beleza pela grande variedade de cores que apresenta. Peixe de escamas com o corpo apresentando manchas escuras verticais irregulares e uma grande mancha ocelar na parte superior do pedúnculo da nadadeira caudal. Às vezes apresentam forte coloração avermelhada nos flancos e no ventre. Os ocelos são escuros no centro e alaranjados ao redor. Atinge cerca de 35 a 40 cm de comprimento total e cerca de 1,5 kg de peso.
Habitat – lagos de várzea e lagoas marginais, adaptado a águas paradas e rasas de fundo lamacento ou arenoso.
Ocorrência – Bacias Amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata. Foi introduzido nos açudes do Nordeste e na bacia do Rio São Francisco.
Hábitos – não são migradores.
Alimentação – onívoros, com forte tendência carnívora, consumindo pequenos peixes, insetos, crustáceos e frutos e sementes.
Reprodução – tem reprodução monogâmica até 3 vezes ao ano, atingindo a maturidade sexual por volta de 10 a 12 meses, com cerca de 1.500 a 2.000 ovos por desova. Formam casais na época da reprodução e protegem a prole.
Ameaças – são bastante apreciados como alimento e os alevinos como peixe ornamental. Poluição, destruição do habitat e caça para o tráfico de animais selvagens são as principais ameaças. fonte http://www.vivaterra.org.br
Características – peixe de escamas de porte médio com cerca de 40 cm de comprimento total. O focinho é pontiagudo e a boca terminal com dentes cônicos em duas fileiras, tanto na maxila superior quanto na mandíbula. A coloração é cinza esverdeado e as nadadeiras avermelhadas. A nadadeira caudal possui uma faixa escura na região central. Apresenta mancha na região umeral e na base da nadadeira caudal. Linha lateral com 66 a 72 escamas. Apresenta 10 escamas entre o início (origem) da nadadeira dorsal e a fileira de escamas da linha lateral.
Habitat – pequenos rios, poções profundos logo abaixo de corredeiras com águas mais calmas, galhadas e paredões rochosos .
Ocorrência – bacias do Paraná e do São Francisco.
Alimentação – carnívoros. Sua dieta inclui peixes, camarões e insetos.
Reprodução – desova no próprio rio, sendo que as fêmeas com comprimento entre 30 cm e 36 cm chegam a apresentar até 52 mil óvulos nas suas gônadas.
Ameaças – pesca predatória, poluição e destruição do habita fonte: http://www.vivaterra.org.br/
Características – também conhecido como tralhoto, alcança 30 cm de comprimento e peso de 400 g . Possui o olho dividido em partes aéreas e aquáticas. Cada olho é uma estrutura dupla, que se projeta acima da linha da água. A córnea está dividida por uma banda pigmentada horizontal numa zona superior, fortemente convexa e numa zona inferior, plana. A íris possui duas projeções que dividem a pupila em duas, A superior adaptada à visão aérea e a inferior, adaptada à visão aquática.
Habitat – água doce, às vezes em partes de lagoas salobras e litorais de mangue.
Ocorrência – da Venezuela ao delta do rio Amazonas
Hábitos – vive em cardumes. Pode permanecer em fundo de lama exposto ao ar durante a maré baixa.
Alimentação – insetos, algas e pequenos peixes.
Reprodução – apresentam dimorfismo sexual com os machos possuindo um gonopodium. Curiosamente, machos e fêmeas possuem os seus orgãos sexuais orientados, ou para a direita, ou para a esquerda. Devido a este facto, os machos destros apenas podem copular com fêmeas canhotas e vice-versa.
Ameaças – destruição do habita
Características – também chamado de peixe-vampiro, pertence ao grupo comumente chamado de peixe-gato ou bagres. Podem alcançar comprimentos de 2,5 a 15 cm, com corpo muito delgado, com 6 mm de largura. Seu corpo é muito liso. Possui ossos afiados com uma série dos espinhos situados em torno da cabeça usados ao se alimentar, perfurando as escamas dos peixes e extraindo o sangue ao fixar-se no local. Tem forma de enguia e é quase invisível na água.
Habitat – tocas em fundos arenosos ou lamacentos
Ocorrência – são peixes endêmicos da América do Sul. Bacias Amazônica, Prata, São Francisco e na do Leste.
Hábitos – peixe muito temido pelos povos nativos. É um parasita. Nada até as cavidades das guelras dos peixes e se aloja lá, alimentando-se de sangue nas guelras. É atraído pela urina e sangue, e se o banhista estiver nu, o peixe nadará e penetrará num orifício do corpo (ânus, vagina ou uretra, por meio do pênis). Instalando-se aí, alimenta-se de sangue e tecido do corpo, da mesma forma que faria na guelra do peixe. Localiza seu hospedeiro seguindo o fluxo da água das guelras até sua fonte. Urinar enquanto se banha, aumenta as chances do candiru se hospedar na uretra humana. Ao urinar na água, a pessoa está dando sinal verde para que o candiru ataque, pois se sente atraído pela uréia ou amônia. Se houver alguma tentativa para retirá-lo da uretra, o candiru abre os dois dentes (semelhantes a espinhos) que ficam lateralmente nos opérculos, embaixo da cabeça, rasgando o tecido. Ao se tentar a extração do animal, estes dentes na região opercular se encravam cada vez mais nas carnes, provocando grande hemorragia. Portanto, não é recomendado puxar o peixe. O ideal é tentar impedir que ele penetre mais no corpo e a solução é cortá-lo ou segurá-lo. Uma vez fora da água, o candiru acaba morrendo. A única maneira de tirá-lo é através de intervenção cirúrgica. Freqüentemente, a infecção causa choque e morte nas vítimas antes que o candiru possa ser removido. Nadador rápido e poderoso. É um peixe ativo durante o dia e à noite.
Alimentação – sangue. Apesar de se alimentarem exclusivamente de sangue, não o fazem como as sanguessugas, conforme muita gente pensava. De pequeno porte, eles penetram por orifícios da vítima e mordem diretamente as artérias. Após a penetração, ele morde, com seus dentes afiados, uma das artérias dos hospedeiros.
Reprodução – ainda não se conhece muito bem o ciclo reprodutivo
Predadores naturais – piranha
Cuidados - para escapar de um encontro desagradável com esses peixes, basta seguir algumas recomendações básicas:
* Evite nadar sem trajes de banho que cubram os órgãos genitais.
* Não nade em locais desconhecidos sem antes falar com pessoas que conheçam a região.
* Evite entrar na água com cortes e arranhões recentes que possam sangrar.
* Jamais urine na água, já que a uréia pode atrair candirus e outros predadores.
* Caso seja atacado por um candiru, não puxe em sentido contrário porque os seus dentes podem rasgar a uretra. Procure um médico imediatamente.