domingo, 22 de agosto de 2010

PEIXE SERRA (Pristis pectinata)

Características – focinho em formato de serra com 24 a 32 dentes de cada lado , esqueleto cartilaginoso como os tubarões e raias. A serra possui poros que são sensíveis ao movimento e à eletricidade. A serra é usada principalmente para auxiliar na captura de comida. Com ela, o peixe revolve a superfície arenosa ou lamacenta, à procura de pequenos crustáceos e moluscos e investe contra cardumes de peixes, atordoando-os. Quando se faz necessário, a serra é também usada como defesa - o peixe move esta estrutura horizontalmente, com grande força, o que pode causar estragos significativos a qualquer animal que se aventure a atacá-lo. É o único tubarão, com exceção do tubarão-cobra, que possui seis fendas branquiais no lugar de cinco ou sete. Sua carne é muito apreciada. É de coloração cinza-azulada, tem nadadeiras triangulares escuras atrás da cabeça e nadadeira dorsal dupla. Parte inferior branca, amarelo claro ou pardacenta. Barbatana caudal grande e oblíqua com lóbulo inferior extremamente reduzido. Pode alcançar 5 m de comprimento e sua serra possuir 1,5 m por 20 cm de largura, e peso de 350 Kg . As mandíbulas têm dentes pequenos. Ambas as maxilas têm 10 a 12 fileiras de dentes, com 88 a 128 dentes na maxila superior e 84 a 176 na maxila inferior. Os dentes são arredondados anteriormente e têm uma borda sem corte na face posterior. Os olhos e espiráculos se encontram na superficie dorsal. Podem viver por 30 anos
.
Habitat – espécie costeira, mas pode cruzar águas profundas para alcançar ilhas. Ascende rios e pode tolerar água doce. Visto geralmente em baías, lagoas, estuários, e bocas de rio. Profundidade de até 120 m.

Ocorrência – todo litoral brasieliro
Hábitos – pode entrar em rios, e já foi encontrado na confluência dos rios Negro e Amazonas, a cerca de 720 km da foz. Quando perseguido por um tubarão, o peixe-serra sobe à superfície, onde sua serra se transforma em uma arma muito perigosa para o tubarão.
Alimentação – peixes, camarões, lulas e organismos bentônicos.
Reprodução – ovovivíparo. Reproduzem-se através do fertilization interno como ocorrem em todos os elasmobrânquios. A maturidade é atingida com aproximadamente 10 anos de idade. Nascem cerca de 15 a 20 filhotes de cada vez, medindo aproximadamente 60 cm, já armados com uma pequena serra.
Predadores naturais – tubarões
Ameaças – poluição, destruição do habitat e pesca predatória. Travado facilmente nas redes de pesca, sua remoção sem ferimento é difícil. Também caçado pela sua serra, vendida como souvenir. O comércio da espécie passou a ser considerado um crime internacional. A resolução é da Convention on International Trade in Endangered Species (CITES), órgão internacional que procura regulamentar o comércio de espécies da fauna e flora ameaçadas de extinção. A captura e comércio do peixe serra já são proibidos pelas leis brasileiras desde 2004. Não existe uma pesca direcionada exclusivamente ao peixe serra. Sua captura é incidental, ou seja, ocorre durante a pesca de outras espécies. Entretanto, a captura de um indivíduo é comemorada, pois sua “serra” ou “catana” pode valer até mais de mil dólares no mercado internacional. A retirada da peça custa o sacrifício do animal. A serra acaba sendo utilizada para vários fins. Os dentes da serra são comercializados para serem usados como esporas em rinhas de briga de galo; a serra como um todo é utilizada também como enfeite ou adorno exótico; e existe ainda a crença de que a serra cura a asma, o que não possui nenhuma comprovação científica. As barbatanas, assim como a dos tubarões, são exportadas para o oriente onde servem de ingrediente para uma sopa típica. Com menor importância, a carne também é comercializada. Está criticamente ameaçada de extinção, segundo listas internacionais e regionais. Atualmente, calcula-se que só 10% da população original. Ocupam uma importante posição como predadores nos ecossistema marinho e estuarino e que a conscientização dos pescadores e da população, aliada a efetiva fiscalização, são essenciais para a sobrevivência da espécie

fonte: www.vivaterra.org.br/




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