Muito presente no imáginário de pescadores, esses Dragões Marinhos continuam a nos surpreender.
otos de Guy Marcovaldi/ Banco de imagens Projeto TAMAR |
Como tudo precisa ter um nome, o peixe foi batizado de Dragão Cabeça de Cavalo, e pelas fotos é fácil ver porquê... Somente um dos exemplares pôde ser resgatado inteiro; do outro sobrou apenas a cabeça, o resto do corpo foi devorado por predadores de fundo. Os Dragões são bastante raros e o fato de dois serem capturados em um mesmo local é ainda mais incomum. Da mesma forma, um Dragão com mais 2 metros de comprimento é ainda mais difícil de ser observado, e o da foto tem 2,14 m
Comem pequenos peixes, lulas, camarões e outros crustáceos pelágicos, que capturam com sua enorme boca em forma de tubo. São geralmente de cor prateada com as nadadeiras vermelho-vivas e podem ter algumas marcas escuras no corpo. Praticamente nada se sabe sobre seus hábitos e reprodução além de que seus ovos são flutuantes, grandes e de cor vermelha. Pertence à família Trachipteridae e vive na coluna da água entre os 200 e os 1.000 metros de profundidade.
As lendas sobre dragões marinhos do passado originaram-se de encontros com peixes como esses, de grande tamanho, que eram vistos na superfície.
O peixe demonstrado na foto, entretanto, não foi capturado por esporte. Ele foi pescado no mar brasileiro através de um projeto de captura e estudo de peixes de profundidade da costa brasileria, promovido pelo projeto TAMAR e liderado por Guy Marcovaldi, com participação de Alfredo Carvalho. Diversos exemplares já foram capturados no litoral baiano e todos são utilizados com fins acadêmicos de pesquisa e ensino para aprendermos mais sobre a espécie, seus hábitos e sobre como protege-la melhor.
Alfredo Carvalho Filho, é biólogo, publicitário e autor do livro “Peixes, Costa Brasileira”. Além disso possui uma coluna mensal na revista "Pesca Esportiva".
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