quarta-feira, 29 de maio de 2013

Comidas exóticas – Peixe amazônico é levado vivo à panela

Espécie é muito consumida na região Norte. (Foto: Antonio Lima/ Divulgação)
Peixe é levado vivo à panela. (Foto: Estadão Conteúdo/ Valéria Gonçalvez
Se a vida veio da água, o bodó certamente foi um dos primeiros habitantes deste planeta. Com aparência estranha e nem um pouco apetitosa, essa espécie de água doce tem pele grossa, parecendo até uma casca dura. Lembra um pouco animais da pré-história que pouco mudaram após milhares de anos.

Sua particularidade está na degeneração precoce da sua carne após seu abate. O Liposarcus Pardalis, Acarí-Bodó, ou somente bodó, tem que ser comercializado ainda vivo, pois contém enzimas em seu trato digestivo que rapidamente alteram o cheiro e a cor da sua carne quando abatidos, tornando-os impróprio para o consumo em poucos minutos.

Em um bate papo informal com uma amiga de Manaus, descobri que algumas pessoas levam o peixe tipicamente amazônico ainda vivo para a panela, ou mesmo à grelha. Outras pessoas nem ao menos retiram suas vísceras e consomem o peixe inteiro, com tudo dentro.

Existem locais onde esse animal estranho é tido como prato típico. No Amazonas, já fizeram festival gastronômico com ele. Em Iranduba, uma festa promoveu receitas para quebrar esse preconceito que ronda o bodó.

Sanduiche de bodó, empadinha de bodó, bodó a milanesa, bodó assado... Foram mais de 15 receitas oferecidas ao público. Não sei o resultado desta festa em relação à aceitação do peixe, mas acredito que o preconceito deve existir ou persistir por muito tempo, afinal de contas, "ô bichinho estranho".


fonte: http://br.mulher.yahoo.com


   Ps. E levado vivo para a grelha  consumido a carne  as vísceras  e descartada. (o blog)





quinta-feira, 16 de maio de 2013

Inglês captura arraia gigante de água doce


Foto: Reprodução
Quando o pescador Jeremy Wade decidiu ir atrás de um arraia gigante, sabia que a batalha seria dura. Ele levou quatro horas para fisgar um dos peixes de água doce mais perigosos do mundo, nas águas do Rio Paraná, perto de Buenos Aires, na Argentina.
A batalha durou quatro horas Foto: Reprodução
“Meus braços e pernas estavam totalmente acabados, no final. Eu estava muito cansado”, disse Jeremy, que é apresentador do programa “Monstros do rio” e procura animais perigosos em rios de todo o mundo.

Com 127 kg, a arraia que ele pescou na Argentina é um dos maiores animais de água doce já encontrados. O veneno dela é capaz de matar uma pessoa.
Para conseguir capturar o animal, o pescador precisou sair do barco e arrastar a arraia para a areia. Por pouco, a vara de pesca de Jeremy não quebrou, com o peso dela.




fonte: http://extra.globo.com
          mailonline

terça-feira, 14 de maio de 2013

Capturada "arraia gigante" em Mato Grosso

Arraia capturada em Mato Grosso (foto: Agência da Notícia)
Uma arraia gigante, com aproximadamente 1 metro 40 centímetros e pesando aproximadamente 30 kg, foi fisgada, ontem, no córrego Cacau, às margens da br-158, em Confresa, na região Araguaia. Ela foi capturada pelo agricultor Saratiel Saturno, que estava pescando e, inicialmente, a vara se mexeu, imaginava que seria uma peixe grande, mas não esperava que fosse uma arraia. "Nem mesmo no rio Araguaia nunca vi uma desde tamanho, imagina num córrego pequeno como Cacau pra mim era impossível ter um bicho desse tamanho ali dentro, é inacreditável mesmo", disse Xavier, ao site Agência da Notícia.

Ele ligou para o filho, Leonardo, ajudá-lo a retirar o bicho, que ferroa e pode matar. Saratiel Xavier relata que a maior arraia encontrada na região pesava 12kg e aproximadamente 80 centímetros.

A arraia capturada em Mato Grosso não é a maior do país mas está entre as maiores no Estado. No início de março, pescadores pegaram uma pesando 64 kg, no rio Uruguai, no interior de Porto Mauá, no Rio Grande do Sul.

A arraia é muito perigosa. O apresentador de TV australiano Steve Irwin (caçador de crocodilos) morreu, em 2006, quando mergulhava, na Austrália, e foi atacado por uma arraia levando ferroada no peito.

fonte 
http://www.sonoticias.com.br

sábado, 11 de maio de 2013

Empresas suecas exportaram salmão com alto teor de dioxina

foto mulheresquecomandam.com.br
ESTOCOLMO, 08 Mai 2013 (AFP) - Empresas suecas exportaram ilegalmente salmão contaminado do Mar Báltico a outros países europeus, revelaram meios de comunicação do país escandinavo nesta quarta-feira.

A União Europeia (UE) proíbe desde 2002 a exportação de salmão sueco do Báltico devido ao alto nível de dioxina, uma substância que pode causar câncer e provocar danos no sistema reprodutor.

Mas duas companhias foram denunciadas por ignorar esta proibição, colocando centenas de toneladas na França e na Dinamarca, de onde foram novamente exportadas para outros países europeus, segundo os informes.

Uma companhia francesa, a Pêcheries Nordiques, confirmou à AFP ter importado 103 toneladas deste salmão em 2011 e 2012, antes de perceber o problema.

'Ninguém pode dizer que (a importação) seja algo ilegal. As análises nos permitiram detectar o problema', alegou François Agussol, diretor-geral da companhia.

O produto pode ser comercializado em Suécia, Finlândia e Letônia, onde os moradores são sensibilizados aos problemas de contaminação do mar e sabem que devem limitar seu consumo.

O governo sueco desaconselha ainda que mulheres grávidas e crianças comam este tipo de salmão mais de três vezes ao ano.

O caso é mais grave do que as fraudes recentemente descobertas na Europa de introdução de carne de cavalo em produtos congelados.

'Em comparação com o escândalo da carne de cavalo, este peixe tem sérios efeitos a longo prazo na saúde', afirmou Pontus Elvingsson, inspetor da Agência Sueca de Alimentos, citado pela emissora SVT.

France Presse
fonte:http://g1.globo.com/

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Português resolve enigma sobre peixe cabeça-de-cobra

Fotografia © DR

Uma equipa de cientistas liderada por um português resolveu um enigma que dura há mais de 140 anos relacionado com a espécie de peixe cabeça-de-cobra, uma investigação publicada recentemente na revista internacional Plos One.


Esta espécie de peixe, originária da Índia tropical, mantinha-se desde 1865 como um problema por resolver entre a comunidade científica, que em parte questionava a sua validade enquanto espécie, devido à sua semelhança com outra do sudoeste asiático.

A equipa de 14 cientistas internacionais, liderada pelo geneticista português Agostinho Antunes, usou análises morfológicas e genéticas moleculares para resolver o problema da identidade do peixe cabeça-de-cobra ('Channa diplogramma'), espécie da família "channidae", que incluiu peixes de água doce muito usados na alimentação na Ásia tropical.

A investigação concluiu, assim, que o peixe cabeça-de-cobra é uma espécie diferente da outra existente do sudoeste asiático com quem tem semelhanças.

"É assim ressuscitado o peixe cabeça-de-cobra 'Channa diplogramma' como espécie distinta. O peixe cabeça-de-cobra constitui uma espécie de elevado interesse económico", refere o cientista Agostinho Antunes, num texto enviado à agência Lusa.

O investigador do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIMAR) da Universidade do Porto avisa ainda que esta espécie deveria ser alvo de medidas de conservação eficientes para evitar a sua extinção na natureza

fonte: http://www.dn.pt

terça-feira, 30 de abril de 2013

78 novas espécies de peixes no Rio Madeira

Pesquisador afirma que monitoramento só mostra que construção de hidrelétricas teve impacto ambiental ainda maior que o previsto


Biólogos que trabalham no monitoramento da fauna do rio Madeira descobriram 78 novas espécies de peixes no afluente do rio Amazonas. O estudo, realizado desde 2011, também mostrou que a diversidade de peixes é muito maior que a esperada: foram catalogadas 990 espécies habitando o rio. A pesquisa confirmou que o rio Madeira é um ponto de “confluência de peixes”, onde animais vindos de outras bacias hidrográficas chegam ao rio Guaporé – principal afluente do Madeira – após migrarem quilômetros.

É o que acontece com o dourado de escamas, uma espécie típica da bacia do Paraná que se aproveita de épocas de alagamento no Pantanal e consegue chegar até o rio Guaporé, próximo a Porto Velho (RO). “Sabíamos que estes peixes conseguiam migrar até o Guaporé, mas o que não sabíamos era que eram tantas espécies e tantos peixes”, disse ao iG o analista socioambiental Alexandre Marçal responsável pelo monitoramento realizado pela Santo Antônio Energia, usina hidrelétrica construída no rio Madeira a sete quilômetros de Porto Velho.

Marçal afirma a diversidade do Madeira é algo que impressiona. Para se ter uma ideia, o biólogo compara com a quantidade de peixes encontrados no rio Negro. O rio que tem as margens na cidade de Manaus, e que é muito estudado, tem cerca de 500 espécies de peixe. “Isso aumenta a importância do rio Madeira e abre potencial para a aplicação de outros estudos”, disse, Marçal. O estudo ainda introduziu chips em 370 peixes de 10 espécies migratórias para monitorá-los.

Carolina Dória, coordenadora do Laboratório de Ictiofauna e Pesca da Universidade Federal de Rondônia (Unir), e que participou do monitoramento em parceria com a empresa, afirma que o rio Madeira é um rio diferente por causa de sua geologia e também por ser o segundo maior afluente do rio Amazonas. “O esforço amostral deste estudo é ímpar, certamente em outros rios da Amazônia poderia ser encontrada esta diversidade, caso estudos como estes fossem feitos”, disse ao iG .


Tiro no pé

As boas notícias em relação à biodiversidade podem servir como um agravante no impacto ambiental ocasionado com a construção das usinas Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira. “Os impactos das usinas hidrelétricas no estoque de peixe é bastante conhecido, portanto eles publicarem esses dados é uma prova de que não sabem exatamente o que fazem”, disse ao iG Artur de Souza Moret, coordenador do grupo de pesquisa sobre energia renovável sustentável da Unir.

O professor explica que com as usinas ocorre a interrupção da migração de peixes causando também o desequilíbrio no ecossistema. “Há a modificação do ambiente e por isso outras espécies de peixe predominam e outras não”, disse.

A usina afirma que o sistema chamado transposição de peixes , um canal com cerca de dez metros de largura e 900 metros de extensão, permite a migração dos animais rio acima, garantindo a reprodução das espécies mesmo com a usina em operação. Com o canal, os peixes poderiam usar este caminho para ultrapassar a barragem na época da piracema.

Porém, com o estudo realizado pela usina, os pesquisadores determinaram áreas onde a construções de novas hidrelétricas seriam prejudiciais. “As usinas de Santo Antônio e Jirau já estão construídas, mas não é interessante que sejam implementadas novas usinas. Principalmente no trecho que vai de as áreas que vão do Guaporé-Mamoré e de Porto Velho a foz do Madeira-Amazonas. É importante que estas áreas sejam preservadas”, disse Carolina ao iG


fonte:
www.ig.com.br
por Maria Fernanda Ziegler 

sábado, 27 de abril de 2013

Cientistas exploram fundo do mar sul-africano em busca de peixe mítico

Equipe de mergulhadores fará buscas diárias às grutas de Jesser Canyon, localizadas na baía de Sodwana, no Oceano Índico sul-africano

Celacanto capturado por pescadores na costa do Quênia em abril de 2001 (Simon Maina/AFP)
Uma equipe de mergulhadores e cientistas franceses e sul-africanos vai lançar, nas próximas semanas, uma expedição na África do Sul em busca do celacanto, peixe mítico das grandes profundezas considerado desaparecido há muito tempo. A expedição Gombessa, como o celacanto é chamado localmente, está prevista para se estender de 5 de abril a 15 de maio, informou nesta sexta-feira o Museu Nacional de História Natural (MNHN) de Paris.

A empreitada reunirá em torno do mergulhador e naturalista francês Laurent Ballesta uma equipe de mergulhadores especialmente treinados para alcançar grandes profundidades, cientistas do Instituto Sul-africano para a Biodiversidade Aquática (SAIAB) e seis cientistas do MNHN e do Centro Nacional de Pesquisas Científicas francês (CNRS). Um gigante pacífico com 2 metros de comprimento, o celacanto foi reencontrado em 1938, na costa leste da África do Sul. "Nós acreditávamos que ele tivesse desaparecido há 70 milhões de anos. O achado é considerado a grande descoberta zoológica do século XX", afirmou o museu em comunicado.

O celacanto "traz em si os traços da mudança dos peixes para os primeiros vertebrados terrestres de quatro patas": esboços de membros em quatro de suas nadadeiras e uma bolsa de ar que seria o vestígio de um pulmão primitivo. Ele é, segundo o museu, "a testemunha viva e inesperada da saída das águas há 370 milhões de anos". Entretanto, muito pouco se sabe hoje sobre o modo de vida deste animal raro que vivia a mais de 100 metros de profundidade, e do qual poucas observações diretas puderam ser feitas.

Para chegar até o peixe, Laurent Ballesta e sua equipe de mergulhadores deverão, diariamente, retornar às grutas de Jesser Canyon, na baía de Sodwana (Oceano Índico), a 120 metros de profundidade. Assim que tiverem feito contato com o animal, eles colocarão em andamento os protocolos científicos concebidos pela equipe de cientistas do MNHN e do CNRS, chefiada pelo paleontólogo Gael Clément, e os biólogos sul-africanos Kerry Sink e Angus Paterson. A expedição pode ser acompanhada pelo site www.coelacanthe-projet-gombessa.com.

(Com agência France-Presse)

http://veja.abril.com.br

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Japoneses mapearão genoma do peixe-boi da Amazônia

Sequenciamento deve levar de três a seis meses para ficar pronto

Peixe-boi da Amazônia, (Trichechus inunguis) (Divulgação)







O Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa, ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia) e o Centro de Pesquisa em Vida Silvestre da Universidade de Kioto, no Japão, firmaram uma parceria para mapear o genoma do peixe-boi da Amazônia (Trichechus inunguis, uma das três espécies de peixe-boi do mundo, a única de água-doce), anunciou nesta quinta-feira a instituição brasileira.

O projeto, pioneiro com mamíferos aquáticos no Brasil, utilizará um equipamento de última geração da universidade japonesa e permitirá aos pesquisadores obter informações sobre a espécie. A coleta do sangue e a extração do DNA do peixe-boi foram realizadas por um pesquisador brasileiro que enviará as amostras para o Japão. "Quando tiver o genoma do peixe-boi sequenciado, será possível separá-lo do DNA de parasitas, vírus, e saber que doenças afetam o animal. Também facilitará o estudo de seus hábitos alimentares", diz a bióloga Vera Silva, pesquisadora-titular do Inpa e coordenadora do Laboratório de Mamíferos Aquáticos da instituição. "O sequenciamento ampliará o conhecimento sobre a espécie e da mesma foram ajudará nos esforços de conservação."

Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), entidade que faz um ranking das espécies em risco de extinção, o peixe-boi da Amazônia é uma espécie vulnerável, ou seja, corre um risco elevado de extinção na natureza.

fonte:
(Com Agência EFE)
http://veja.abril.com.br

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Biólogos implantam chips em bagres do Madeira para monitorar desova

 Foto: Reprodução/TV Rondônia
O ciclo de reprodução dos bagres, no Rio Madeira, em Rondônia, começa em dezembro. Para acompanhar o percurso dos peixes pelo Sistema de Transposição de Peixes (STP), os biólogos implantam chip nas espécies. O trabalho é feito em um tanque através de uma micro cirurgia com anestésico. O chip possui um número de série, tipo de identidade do animal e GPS. Após a cirurgia o peixe é retirado do tanque, pesado e medido. O trabalho precisa ser realizado com rapidez.

A pesquisa começou em 2011, mas este ano, de fevereiro a abril, será a primeira vez que piracema dos peixes de couro será acompanhada pelo sistema.

Na região onde está sendo construída a Usina Santo Antônio, em Porto Velho, foi construído há dois anos um canal artificial de um quilômetro de extensão no meio da barragem, onde antes havia a cachoeira de Santo Antônio, para que os peixes pudessem fazer o caminho da desova.

Do tanque o peixe é solto no rio. Num raio de dez quilômetros da usina, os biólogos conseguem monitorar o animal. Por meio de 14 antenas de radiofrequência e uma antena acoplada ao barco utilizado pelos técnicos, o sinal emitido pelo chip é identificado e quando localizado um apito sinaliza onde o peixe está.

"A cada bip é salvo a hora, o local, a data e o código do peixe. Quando passo esses dados para o computador consigo analisar o peixe", explica o biólogo Leonardo Donado Nunes.

Cerca de 370 bagres de 15 espécies diferentes receberam o chip. "Algumas espécies já estão fazendo uma exploração o canal, entram, saem, mas voltam no dia seguinte", diz Alexandre Marçal, biólogo responsável pelo Programa de Monitoramento de Peixes da Santo Antônio Energia, concessionária da usina hidrelétrica

fonte: www.rondonoticias.com.br


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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Pesquisadores esclarecem ‘gosto de barro’ no tambaqui de Roraima


O tambaqui de cativeiro é comercializado
em todo o Estado (Foto: Marcelo Marques G1 RR
Zootecnista afirma que compostos geram o mau sabor.

O peixe serviu como estudo para saber como ocorre a 'contaminação'.

Assado, frito ou cozido. Não importa o preparo. O tambaqui é um dos peixes que têm espaço garantido na mesa de quem vive em Roraima. E em outros estados da Região Norte não é diferente, o consumo é elevado.

O modo de preparo do pescado está sempre em aperfeiçoamento, ganhando novas receitas. Uma forma de driblar o ‘gosto de barro’ que não passa despercebido pelo paladar de quem come.

Vinho, sal ou vinagre não conseguem ‘disfarçar’, não só no tambaqui, mas em outros peixes de água doce, o ‘gosto de terra’, também conhecido como (off-flavor). Essa é outra nomenclatura para caracterizar o famoso 'gosto de barro'.

Para quem não tem familiaridade, sobre o motivo desse paladar ruim, vai uma surpresa: O gosto estranho não está relacionado, exatamente, com o barro. Isso ocorre devido a uma grande concentração de compostos, que são Geosmina e Metil-isoborneol (MIB).

“Detectamos esses compostos que causam o ‘gosto de barro’ na carne dos peixes, especificamente, no tambaqui de viveiro. Eles são produzidos por microorganismos que ficam na água e no solo”, explica o zootecnista e pesquisador da Embrapa Roraima, Moisés Quadros.

O zootecnista, em parceria com o pesquisador Alexandre Matthiensen, criaram uma cartilha para orientar e esclarecer as principais dúvidas a respeito do peixe com 'gosto de barro'. O projeto durou dois anos e teve como estudo as psiculturas do Estado.

De acordo com Quadros, quanto mais compostos forem encontrados na água, maior a chance de eles disfarçarem o sabor natural da carne do pescado. “Os peixes absorvem a Geosmina e Metil-isoborneol pelas brânquias, enquanto respiram, distribuindo-os internamente”, afirma.

Ele ressalta ainda que não é perigoso consumir o pescado com o mau sabor. "Não há nada que confirme alguma doença relacionada ao consumo de peixe com 'gosto de barro'. Nenhuma intoxicação pelos compostos que afetam os peixes foi registrada ".


Os compostos que dão mau gosto no pescado
são absorvidos pelas brânquias (Foto: Marcelo Marques G1 RR)
Falta de cuidados
O pesquisador esclarece que os compostos são muito comuns em tanques e açudes que não possuem controle de qualidade de água. Para ele, a primeira coisa a se fazer é cuidar da qualidade da água. Não alimentar os peixes em excesso e reduzir a quantidade de pescado por metro quadrado.

“Quando a água está muito verde e você mergulhar a mão nela e não conseguir enxergar mais do que 40 centímetros, essa água apresenta uma produção de microalgas elevada. Será necessário fazer uma limpeza ou renovar a água”, destaca.

Além de melhorar a qualidade da carne do peixe, os cuidados no tratamento podem ajudar a aumentar a produtividade.

Tirando o mau sabor
Algumas medidas simples podem ser tomadas para amenizar o ‘gosto de barro’ dos peixes. Conforme o pesquisador, há pessoas que são mais tranquilas e tolerantes ao paladar ruim.
“Mas aquelas que querem alterar o sabor do peixe podem preparar o pescado com cachaça".

Além de amaciar, dá um novo paladar. Já o leite consegue reduzir, consideravelmente, o mau gosto. E o limão possui um muito ácido que acelera a degradação da Geosmina e do Metil-isoborneol ”, orienta Quadros.

fonte: http://g1.globo.com

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