A análise fez parte do projeto “A Mata Atlântica é aqui – exposição itinerante do cidadão atuante”, realizado durante o ano passado. As avaliações tinham objetivo de checar a qualidade de rios, córregos, lagos e outros corpos d’água em todas as cidades por onde passou o projeto e, assim, alertar a população local.
Para realizar essa análise, a equipe contou com um kit de monitoramento desenvolvido pelo Programa Rede das Águas da própria ONG. O kit classifica a qualidade das águas em cinco níveis de pontuação: péssimo (de 14 a 20 pontos), ruim (de 21 a 26 pontos), regular (de 27 a 35 pontos), bom (de 36 a 40 pontos) e ótimo (acima de 40 pontos).
Os níveis de pontuação são compostos pelo Índice de Qualidade da Água (IQA), padrão definido no Brasil por Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), obtido pela soma da pontuação de 14 parâmetros físico-químicos, biológicos e de percepção, avaliados com auxílio do kit. Cada um destes pode aumentar de um a três pontos, obtendo um mínimo de 14 e máximo de 42. Os parâmetros são: temperatura, turbidez, espumas, lixo, odor, peixes, larvas e vermes brancos ou vermelhos, coliformes totais, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, potencial hidrogeniônico, níveis de nitrato e de fosfato.
As análises que tiveram o melhor resultado foram as do Rio Doce, em Linhares (ES), e a da Lagoa Maracajá, localizada na cidade de Lagoa dos Gatos (PE), ambas com 34 pontos, classificadas no nível “regular”.
Os piores resultados vieram do Rio Verruga, em Vitória da Conquista (BA), com apenas 17 pontos; e a do Lago do Quinta da Boa Vista, na cidade do Rio de Janeiro, com 19 pontos, ambas classificadas no nível “péssimo”.
Nenhum dos pontos de coleta de água destes 43 corpos d’água pode ser classificado com índices bons ou ótimos, o que aponta a grande necessidade de ações de mobilização da sociedade para melhoria da qualidade da água em todos os Estados.
fonte: sosmatatlantica
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