"Eu não creio que tenha sido nenhum problema ambiental, porque se não já teria sido constatado. (...) São peixes pequenos, que não têm grande porte e que os pescadores artesanais aproveitam, mas os industriais descartam, rejeitam, porque eles ficam dias, semanas dentro do barco e ficam apenas com produtos de alto valor comercial", afirmou Azevedo.
De acordo com o biólogo, a Polícia Ambiental coletou amostras dos peixes e as encaminhou para o Instituto de Pesca, que fará a análise do material. Azevedo acrescentou que irá entrar em contato com o Ibama para receber esclarecimentos a respeito da fiscalização dos grandes barcos de pesca industrial, que fazem a coleta principalmente do camarão.
"Essa ocorrência já teve aqui na região, não nessa proporção, mas já aconteceu em decorrência da atividade pesqueira", disse o biólogo. De acordo com Azevedo, relatos de moradores apontam para a presença de 10 a 15 barcos de pesca de camarão nas praias do município antes do surgimento dos peixes.
Segundo Azevedo, os pescadores são autorizados a fazer a pesca de arrasto - que utiliza redes para fazer uma espécie de varredura do mar - em determinadas épocas do ano, mas nem sempre a regra é respeitada. O biólogo afirma que o município pretende ampliar ainda mais as restrições à prática. "Tudo aponta para essa atividade. A prefeitura de Mongaguá tem brigado justamente para que a zona de proibição dessa atividade seja ainda mais para o fundo, para a gente não ter esse tipo de problema. Porque além de acontecer esse problema todo de espantar turistas e causar todos esses transtornos, tem a própria questão dos nossos pescadores artesanais", disse.
O caso
Milhares de peixes apareceram mortos na manhã de terça-feira em toda a extensão das praias de Mongaguá, na Baixada Santista. Os animais ocuparam grande parte da faixa de areia entre Praia Grande e Itanhaém e afastaram turistas que aproveitavam o feriado de aniversário de São Paulo.
fonte: http://noticias.terra.com.br/
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