domingo, 31 de julho de 2011

Perdidos na Selva: Pescaria quase termina em tragédia em Rondônia

Desde dezembro, os brasilienses planejavam a pescaria

Eles ficaram doze dias perdidos na mata.

Os dias de angustia passaram, agora é tempo de tentar apagar da memória os dias difíceis que ficaram para trás.

A viagem planejada, o lazer, a espera do aposentado e do empresário ambos de Brasília, transformaram-se em dias de terror.

Desde dezembro, os brasilienses planejavam a pescaria. Mas só neste mês entraram em contato com o experiente guia de turismo Moacir Macedo, que atua na área há 22 anos, morador da cidade de Espigão do Oeste, idealizaram juntos uma pescaria num rio famoso por ser um bom lugar para prática de pesca esportiva.

O Rio Tenente Marques que fica localizado entre os estados de Mato Grosso e Rondônia pode ser acessado por Vilhena, indo pela estrada de Juína.

Segundo Moacir, ele já havia alertado para os turistas que a gasolina era pouco, mas os turistas quiseram seguir mais adiante e então se perderam. Ficaram fatalmente sem combustível para o barco, obrigando-os a parar e esperar por resgate, uma ajuda que estava longe de chegar.

Moacir, cansado de esperar, foi em busca de ajuda, a pé se aventurou na mata sozinho. Disse a seus companheiros que em três dias retornaria, mas isso não aconteceu. Moacir também se perdeu, e ficou sete dias perdido sem comida, descalço, porque sua botina havia descolado por conta da umidade, todo rasgado e com muita fome tomando apenas água, correndo o perigo de ser atacado por algum animal selvagem. Enfim, no dia 26 de julho de 2011, encontrou ajuda e o corpo de Bombeiros de Vilhena foi acionado, dando início à operação de resgate dos brasiliense perdidos .

Ao chegarem no local onde Moacir havia deixado seus companheiros, o desespero, eles não estavam mais lá, só deixaram um bilhete no barco dizendo que eles haviam ido procurar ajuda.

Mas os dois também se perderam na mata, deixando para trás o barco e a comida. Levaram o gás, a barraca e pouquíssima comida, mas o gás acabou o isqueiro não acendia, e a barraca foi consumida pelas formigas. Os dois andaram, sem saber, em círculos não conseguindo sair do lugar. O desespero tomou conta.

“Houve um momento em que eu não via, mas o céu, era só árvore”, disse um dos aventureiros.

O lazer virou sofrimento, o que era para ser prazeroso se tornou infernal, eles gritaram por ajuda mas não os ouviam, não vinha ninguém além dos bichos das árvores e Deus, o senhor supremo que eles mencionam o tempo todo foi Deus. “Foi Deus quem guiou os bombeiros e nos encontrou”, contam eles

O ouvido afiado dos bombeiros de Vilhena, treinados para esse tipo de resgate, os levou até onde estavam os brasilienses. Alívio, emoção misturada com a fome e o corpo cansado e exausto, os três perderam doze quilos cada um.

O drama terminou ontem, terça-feira, 26, ao meio-dia, eles foram encontrados a aproximadamente 600 metros da Margem do Rio Tenente Marques, que corta o parque indígena do Aripunã. Chegaram em Vilhena às 19h00, estão sendo tratados com soro e tomaram vacinas contra vários tipos de vírus.

O telefone deles não para de tocar, é a família ansiosa por notícias de seus entes queridos.

Assim que receberem alta, irão embarcar no primeiro avião rumo à Brasília, e pescaria? “Pescaria nunca mais, nem em piscina”, contaram eles sorrindo.

Se despediram e agradeceram a Deus e aos bombeiros de Vilhena e ao Hospital Regional.

“À nível de Brasil o atendimento está excelente, fomos muito bem tratados”, agradeceu um dos brasilienses.

fonte: http://www.rondoniadinamica.com

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Dieta variada

Pesquisador da Unesp estuda hábitos alimentares do tubarão-azul, em cujo estômago foram encontrados animais que vivem a mais de 500 metros de profundidade, pombas e lixo

Por  Fábio Reynol
Agência FAPESP – Entre os anos de 1992 e 1999, o oceanógrafo Teodoro Vaske Júnior acompanhou navios de pesca ao longo da costa do Nordeste brasileiro. As embarcações utilizavam o espinhel oceânico, sistema de anzóis estendidos por uma corda de dezenas de quilômetros de extensão apoiada em boias.

Os espinhéis eram estendidos em alto-mar com iscas em seus anzóis para serem depois recolhidos com os peixes. Vaske notou que, entre os animais capturados, estavam exemplares de tubarão-azul (Prionace glauca).

O pesquisador solicitou então aos pescadores o estômago dos exemplares da espécie, órgão que costumava ser descartado por eles. O objetivo era analisar os conteúdos estomacais em laboratório.

Vaske repetiu a análise na região sul do Atlântico brasileiro entre março de 2007 e março de 2008. No total, foram examinados estômagos de 222 tubarões-azuis – 116 na costa nordestina e 106 capturados na porção sul do litoral brasileiro.

O levantamento inédito no Brasil foi publicado na revista Biota Neotropica, do Programa Biota-FAPESP, e, além de contribuir para aumentar o conhecimento sobre a espécie, trouxe informações sobre uma rica fauna marinha que habita águas profundas e é muito difícil de ser coletada.

“Dos estômagos dos tubarões saem verdadeiras maravilhas, como alguns animais só encontrados em grandes profundidades”, disse à Agência FAPESP o atualmente pesquisador da Universidade Estadual Paulista (Unesp) no Campus Experimental do Litoral Paulista, em São Vicente (SP).

Dotado de mecanismos que garantem resistência ao frio e às altas pressões, o tubarão-azul é capaz de descer cerca de 600 metros de profundidade. No entanto, a espécie prefere a faixa entre 150 e 200 metros abaixo da superfície. “Coletar exemplares nesses níveis de profundidade seria caro e exigiria equipamentos especiais e o tubarão-azul faz esse trabalho ao se alimentar”, disse Vaske.

Entre os animais mais encontrados durante a pesquisa estão espécies de lulas do gêneroHistioteuthis, que fazem migrações verticais ao longo da coluna d’água oceânica. Essas lulas foram encontradas em tubarões coletados tanto na porção nordeste como na sul do Atlântico brasileiro.

A grande diversidade da dieta do tubarão-azul foi comprovada com a ocorrência, nos estômagos dissecados, de mamíferos marinhos, cefalópodes (lulas e polvos), vários tipos de peixes e até aves.

“A descoberta de aves na dieta foi uma surpresa. Não esperávamos encontrar pombas, por exemplo, em tubarões pescados a 120 milhas da costa”, contou Vaske. Ele chegou a retirar uma pomba que havia sido recém-engolida em alto-mar, provavelmente um animal que se perdeu do continente e ao cair na água foi engolido pelo tubarão-azul. Entre as presas mais encontradas na porção sul estavam baleias Mysticeti.

Ao todo, o estudo registrou 51 diferentes espécies de animais retirados do interior dos tubarões sendo: 20 de peixes, 24 de cefalópodes, dois crustáceos e cinco espécies de outros grupos. “Os crustáceos foram poucos porque eles são de tamanho reduzido, o que não é vantajoso energeticamente para os tubarões-azuis”, explicou.

Presente nos três grandes oceanos, Atlântico, Índico e Pacífico, além do mar Mediterrâneo,Prionace glauca é a mais abundante espécie de tubarão oceânico do planeta. Isso se deve, principalmente, à sua numerosa prole, de acordo com Vaske.

Enquanto outras espécies costumam gerar até cinco filhotes, o tubarão-azul produz entre 40 e 60 filhotes por vez. Todavia, essa característica não livrou a espécie de ser ameaçada.

O pesquisador da Unesp conta que o consumo da barbatana em países do Sudeste Asiático elevou o preço da iguaria e incentivou a pesca predatória de várias espécies de tubarão. Pesqueiros especializados costumavam decepar a barbatana e devolver as carcaças dos animais ao mar, prática que foi posteriormente proibida no Brasil.

Hoje, o tubarão-azul é catalogado como espécie “quase ameaçada” na lista vermelha da União Internacional pela Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais. É o quinto nível da tabela antes da extinção da espécie.

Jornada da reprodução

O mapeamento da alimentação do tubarão-azul na costa brasileira pode ajudar a entender melhor os hábitos das suas populações do Atlântico Sul bem como estabelecer a trajetória de sua jornada para a reprodução.

A espécie perfaz um ciclo no qual percorre em sentido horário todo o Atlântico Sul aproveitando-se de correntes marinhas. O artigo de Vaske relata que a cópula é feita nas águas do litoral sul do Brasil, entre os meses de dezembro e fevereiro.

Quatro meses depois, entre abril e junho, as fêmeas ovulam e fecundam já nas águas próximas ao Nordeste. Isso ocorre porque elas têm a capacidade de armazenar o sêmen obtido no acasalamento e só liberá-lo para a fecundação posteriormente, escolhendo datas e locais favoráveis.

Do Nordeste, os grupos atravessam o Atlântico e vão maturar os embriões no Golfo da Guiné, no oeste da África, entre os meses de junho e agosto. Por fim, os novos tubarões-azuis são paridos em águas da porção sul do continente africano e sul da América do Sul até o mês de dezembro, quando o ciclo recomeça.

Durante todo esse trajeto, o tubarão-azul percorre regiões de diferentes faunas marinhas. Por esse motivo, levantar os seus hábitos alimentares também é uma maneira de conhecer e monitorar a fauna oceânica.

Lixo oceânico

O trabalho de pesquisa não encontrou somente presas naturais do tubarão-azul. Catalogados como “material antropogênico” estavam produtos que não deveriam ter sido engolidos pelos tubarões, pois são fruto da poluição dos mares.

Fazem parte desse grupo itens como laranja, maçã, abacaxi, alho, cebola, batata, ossos de galinha e materiais perigosos ao peixe, como sacolas plásticas, papelão, madeira, fios, linhas de pesca e até canetas. Em 5% dos estômagos abertos havia pelo menos um anzol de pesca.

“Como são animais muito fortes, é comum tubarões pegarem iscas de espinhéis destinadas a atuns e as arrancarem com os anzóis”, disse Vaske. Em alguns estômagos, o pesquisador chegou a encontrar até dois anzóis.

O lixo jogado nos oceanos é um grande problema, de acordo com a Sea Education Association (SEA), dos Estados Unidos. Uma pesquisa feita pela instituição durante quase duas décadas mapeou boa parte da sujeira que boiava na região do mar do Caribe e no Atlântico Norte.

Com redes de coleta acopladas a barcos, os pesquisadores norte-americanos encontraram regiões com até 200 mil pedaços de detritos por quilômetro quadrado. A área de maior concentração de lixo no Atlântico Norte, de acordo com a pesquisa, está entre os paralelos 22º e 38º, para onde as correntes marinhas levam a sujeira.

Ao anunciar esses resultados no Ocean Sciences Meeting, realizado entre os dias 22 e 26 de fevereiro em Portland, Estados Unidos, a pesquisadora da SEA, Karen Lavender Law, afirmou que a extensão dos impactos ao ambiente marinho de tanto lixo ainda é desconhecida. No entanto, já se sabe que objetos de plástico têm sido engolidos por muitos animais e prejudicado especialmente as aves marinhas.

fonte:
agencia.fapesp.br

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Pesca sem riscos



Folheto ensina pescadores profissionais e esportivos sobre como se precaver de acidentes com algumas espécies

Uma arraia ferrou um pescador e a dor é lancinante. O que fazer para procurar socorro, quando se está distante da cidade? Diante de situações assim, cada vez mais freqüentes nos rios Paraná e Paranapanema (na divisa dos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná), professores e alunos da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), produziram um folheto.

A cartilha tem o objetivo de alertar e orientar pescadores profissionais e esportivos a respeito de acidentes causados por alguns tipos de peixes.

O material será entregue em pontos estratégicos das comunidades ribeirinhas e também para turistas na região, de forma a indicar quais os primeiros cuidados para ferimentos causados por arraias fluviais, mandis, e bagres, entre outros peixes.

Não é só isso. O folder também orienta médicos sobre intervenções cirúrgicas nos casos mais graves.

O projeto é coordenado por Vidal Haddad Júnior, da FMB da Unesp, e envolve a participação de alunos de doutorado.

Os estudantes entrevistaram pescadores das comunidades ribeirinhas da região do Alto Rio Paraná para conhecer as principais causas dos acidentes durante a pesca.

Segundo a Unesp, os folhetos, elaborados em linguagem simples, direta e ilustrada, podem contribuir decisivamente para a diminuição de acidentes desse tipo na região, sendo a iniciativa aplicável em toda a Bacia do Prata.

Os interessados podem ver o PDF do folheto no site da faculdade

fonte: Agência Fapesp
http://eptv.globo.com/terradagente

terça-feira, 26 de julho de 2011

Pesca ilegal no Cururu



Invasor construiu instalação para receber pescadores em APP dentro da Terra Indígena Kayabi, no Pará

Um dos rios mais bonitos e preservados do Brasil, o Cururu, no município de Jacareacanga, no Pará, estava virando área comercial para a prática de pesca ilegal. Ibama, Força Nacional de Segurança e Polícia Federal desarticularam uma rede de agenciamento para esse tipo de atuação dentro da Terra Indígena Kayabi.

O invasor já havia construído até uma instalação precária para receber pescadores predatórios nesta área que é de preservação permanente (APP). O recurso pesqueiro por lá é protegido por lei e também base da alimentação dos indígenas na região.

O Ibama apreendeu diversos petrechos de pesca, dois barcos com motores, uma espingarda calibre doze, além de um gerador de energia elétrica.

As instalações ilegais que serviam de apoio às invasões e à pesca predatória foram devidamente destruídas como forma de cessar o dano ambiental que estava sendo praticado de forma continuada.

O Ibama lavrou 10 autos de infração, sendo um em desfavor do dono da instalação de apoio aos pescadores, e outros nove para cada pescador que estava praticando a infração de pesca em local proibido.

A operação faz parte do plano de combate à grilagem de terras e crimes ambientais cometidos na Terra Indígena Kayabi, nos municípios de Apiacás/MT e Jacareacanga/PA.

fonte:
Terra da Gente, com info Ibama

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Anzóis com repelente de tubarões reduzem pesca acidental

Pergunte ao personagem de Robert Shaw, Quint, no primeiro filmeTubarão: fisgar um desses animais nunca acaba bem.

Felizmente, cientistas desenvolveram um novo tipo de anzol que deve reduzir o número de tubarões apanhados acidentalmente durante a pesca comercial. O anzol SMART (sigla em inglês para Anzol Seletivo Magnético Tratado com Repelente) combina duas tecnologias, o magnetismo e um metal repelente. Incorporados a anzóis padrão, eles são capazes de interferir no sentido elétrico altamente sensível dos tubarões, localizado no focinho.

Ao evitar esses anzóis, os tubarões deixariam as iscas intactas para outros peixes com maior valor comercial, como o atum, que não possui esse sentido elétrico e não será afetado pelo anzol.

Com o apoio de uma bolsa da National Science Foundation (NSF) e Small Business Innovation Research (SBIR), em 2010 o pesquisador da Shark Defense, Patrick Rice, realizou uma série de testes com cações-martelo. Eles recebiam iscas presas a anzóis normais e aos anzóis SMART, ambos sem as farpas para não machucarem os tubarões.

Um total de 50 testes com dois grupos diferentes de tubarões revelou que houve uma redução de 66% das iscas nos anzóis pequenos, usados na pesca recreativa, e de 94% nos anzóis grandes, de tamanho comercial. Os anzóis maiores foram capazes de incorporar mais magnetismo e metais repelentes, o que provavelmente contribui para a maior porcentagem de redução de iscas.

"Combinar um repelente magnético com um repelente galvânico é muito importante, já que muitos estudos demonstram que os tubarões reagem de forma diferente a ímãs ou metais isolados”, explicou Craig O'Connell em um release de imprensa da Shark Defense.

O'Connell pesquisa os efeitos do magnetismo em tubarões para a Shark Defense e publicou estudos sobre o assunto.

"Existem muitas espécies de tubarões e eles procuram presas de diversas formas”, acrescenta. "Disponibilizar dois repelentes aumenta as chances de os tubarões se afastarem”


Crédito: Florida Keys Community College
Por Nic Halverson

Pescadores americanos fisgam tubarão de 390 kg e faturam US$ 12 mil


Se eles toparem fazer uma divisão exata, cada um irá embolsar R$ 4,7 mil


Foto/Ilustração: Reprodução: My Foxla.com

Por: Lielson TiozzoParticipar de competições pode ser bastante lucrativo. Quatro pescadores estadunidenses ganharam um torneio de pesca em Channel Islands, na Califórnia (EUA), ao fisgarem um tubarão de 390 kg e 3,3 metros de comprimento, de acordo com reportagem de TV “Fox”. Este foi o maior peixe capturado.
Pela façanha, o grupo faturou um prêmio de US$ 12 mil (R$18,8 mil). Se eles toparem fazer uma divisão exata, cada um irá embolsar R$ 4,7 mil.  Bom negócio, não?
fonte:revistapescaecompanhia.uol.com.br

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Por recorde, filipinos grelham peixes em trecho de 4 km em rodovia

 (Foto: Ted Aljibe/AFP

Objetivo é entrar no livro Guinness.
Tentativa ocorreu na província de Maguindanao.



Filipinos grelharam centenas de peixes nesta segunda-feira (22) em um trecho de quatro quilômetros em uma rodovia na cidade de Buluan, na província de Maguindanao, nas Filipinas, na tentativa de entrar para o Guinness, livro dos recordes.
Centenas de peixes foram grelhados ao lado de rodovia.
Grelhas ocuparam um trecho de quatro quilômetros da rodovia. 
 (Foto: Ted Aljibe/AFP

fonte: g1.com.br 

domingo, 10 de julho de 2011

Japonês fisga peixe 'manhoso' de quase 11 quilos e iguala recorde de 77 anos

Manabu Kurita igualou o recorde do norte-americano George Perry.
Marca foi confirmada pela Associação Internacional de Pesca Esportiva.

O japonês Manabu Kurita pescou um "black bass" (conhecido como achigã), peixe que é bastante "manhoso", de 10,92 kg no lago Biwa, no Japão, e igualou o recorde mundial que já durava 77 anos, confirmou a Associação Internacional de Pesca Esportiva (IGFA).


Japonês Manabu Kurita pescou um peixe 'black bass' de 10,92 quilos. (Foto: AP)

Kurita igualou o recorde do norte-americano George Perry, que fisgou seu exemplar no lago Montgomery, na Geórgia (EUA), em 2 de junho de 1932. A IGFA levou seis meses para ratificar o recorde do japonês, já que ele pegou o peixe no dia 2 de julho de 2009.

fonte: http://g1.globo.com/

sábado, 9 de julho de 2011

Couros de peixes do Amazonas serão utilizados em bancos de automóveis

Projeto sobre curtimento do couro do pescado amazônico irá implantar laboratório para processamento do material

foto Euzivaldo Queiroz
foto Euzivaldo Queiroz
Pesquisadores do Inpa vão usar couro de peixe para fabricação de estufados de veículos

Couros de peixes lisos e escamosos do Amazonas passarão a ser utilizados na produção de bancos para veículos, bolsas e acessórios. Através do projeto ‘Curtimento de couro de peixe’, pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) em parceria com Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) deverão implantar, ainda no segundo semestre, uma Unidade Gestora de Couro de Peixe.

A unidade funcionará como um laboratório onde será realizado o processamento dos couros para o fornecimento a empresas interessadas.

De acordo com o pesquisador da Coordenação de Pesquisas em Tecnologia de Alimentos do Inpa e coordenador do projeto, Nilson Aguiar, o instituto está em fase de compra dos equipamentos necessários para no processamento do material. A unidade funcionará nas dependências do Inpa, na avenida Ephigênio Sales.

Nilson explicou que as pesquisas sobre a utilização de couro de peixe vem sendo realizadas há 16 anos pelo instituto. “Nos últimos dois anos conseguimos essa parceria com a Suframa e começamos a planejar a estrutura do laboratório. O processamento do couro de peixe requer cuidados específicos”, disse.

Segundo o pesquisador, o Inpa tem um projeto aprovado orçado em R$ 1,4 milhão para as atividades com os peixes. O trabalho de curtimento pode ser feito com quase todos os peixes da região: surubim, tambaqui, tucunaré, curimatã, dourada, pirarucu, pirarara. “Esses peixes tem cores exóticas, o que acaba despertando a atenção para a produção de acessórios”, apontou.

Interesse

O coordenador do projeto destacou que a empresa Knorr Indústria, do Rio Grande do Sul, se interessou nos couros que devem ser processados no Amazonas. Inicialmente, os produtos seriam utilizados na produção de bancos de couro para veículos. A empresa teve conhecimento de uma dissertação de mestrado apresentada pelo instituto e comunicou o interesse.

A Knorr tem parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), que já mantem um laboratório de processamento de pele de peixes. De acordo com Nilson, uma equipe de técnicos e pesquisadores do projeto começou a fazer um treinamento na universidade para atuar no laboratório do Amazonas. “Essa equipe deve repassar as informações para os profissionais que também devem ser incluídos nas atividades do laboratório”, informou.

fonte: acritica.com
por TAYANA MARTINS

    sexta-feira, 8 de julho de 2011

    Pesca prematura do tambaqui compromete o futuro da espécie, alerta pesquisador


    Pesquisa foi realizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus, na bacia do Rio Purus


    Tambaqui, um dos peixes mais apreciados na região amazônica, pode ficar ameaçado

    A captura do tambaqui quando a peixe ainda está muito jovem compromete o futuro da espécie, segundo avaliação do pesquisador Luiz Henrique Claro Júnior, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), pólo de Tefé, interior do Amazonas.

    Luiz Henrique é coordenador da pesquisa “Biologia e pesca do tambaqui na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus”. A pesquisa servirá de base para a elaboração do plano de manejo.

    O estudo foi apresentado durante o Seminário de Avaliação dos Programas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), que acontece esta semana em Manaus, na sede do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

    Luiz Henrique Claro Junior alertou que tambaquis estão sendo capturados muito cedo, longe do ideal para a reprodução da população nos rios o que acaba por iniciar o processo de extinção da espécie.

    O local escolhido para iniciar o levantamento foi a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus, situada na Bacia do Rio Purus, no Estado do Amazonas.

    A reserva abrange quatro municípios e as atuações do projeto se concentraram na região do lago Ayapuá (de agua preta) e no setor de várzea conhecido como Cáua-Cuiuanã.

    A pesquisa foi realizada em parceria com os moradores das comunidades. Durante o estudo, eles foram capacitados em coleta de dados, medição do comprimento padrão do peixe, a retirada das escamas para a coleta de dados e identificação do sexo do animal.

    Essas informações serviram para fazer o monitoramento da pesca feita na região.

    “A participação dos pescadores foi necessária para tirar o maior número de informações sobre a biologia da espécie em estudo”, destacou o pesquisador.

    Resultados Finais

    Apesar da logística aplicada na realização da pesquisa alguns resultados foram favoráveis, como o fato da comunidade local ter se tornado uma fonte de informações importante para o projeto.

    “Apesar dos avanços percebemos que é necessária ainda a realização de outras pesquisas que não foram feitas por falta de equipamentos ou informação”, afirmou

    fonte: acritica.com 
    por EUZIVALDO QUEIROZ

    quinta-feira, 7 de julho de 2011

    Hidrelétricas ameaçam ritual e sobrevivência de indígenas que consomem apenas peixe

    (Divulgação/Survival Internacional )
    Os Enawenê Nawê, do Mato Grosso, realizam todos os anos o ritual de pescaria que dura vários meses. Ritual é reconhecido pelo Iphan

    Indígenas Enawenê Nawê estão com sua sobrevivência cultural, espiritual e física ameaçada por hidrelétricas

    Reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio cultural brasileiro, o ritual Yãkwa (pescaria anual), dos indígenas Enawenê Nawê, do Mato Grosso, está com sua existência ameaçada por causa das obras de hidrelétricas previstas para a região.

    Os Enawenê Nawê, diferente de outras etnias indígenas, não consomem carne vermelha, apenas proteína de peixe.

    No ritual, eles armazenam o peixe para a aldeia que deve durar até a próxima pescaria, no ano seguinte. O peixe também faz parte da cultura e da manifestação espiritual deste povo.

    O ritual de pescaria (que chega a durar meses) acontece sempre neste período do ano (a atividade ainda está acontecendo), mas já há preocupação com a drástica redução dos peixes no rio Juruena.

    Segundo Sarah Shenker, da ong Survival Internacional, que esta semana divulgou um alerta sobre as ameaças ao ritual, os indígenas estão preocupados por causa da falta de peixe registrada nos dois últimos anos.

    “Em 2011, o ritual começou há duas semanas. Ainda está acontecendo. Mas eles não sabiam se vão encontrar peixe este ano para mandar para sua aldeia”, disse Sarah, em entrevista por email ao critica.com.

    De acordo com o mais recente documento divulgado pela ONG Survival Internacional, os índios Enawenê Nawê temem que as 80 hidrelétricas planejadas para a bacia do rio Juruena extinguem os peixes e, por conseguinte, sua própria existência cultural e física.

    Conforme a Survival, nos anos anteriores os Enawenê Nawê foram confrontados com uma falta de alimentos catastrófica, e a empresa responsável, do grupo André Maggi, pela construção da barragem foi obrigada a comprar 3 mil kg de peixes para os índios.

    Há, contudo, um temor recorrente devido ao planejamento de que novas hidrelétricas sejam construídas na área de influência do rio Juruena.

    Peixes

    Durante o ritial Wãkwa, os indígenas passam meses na floresta. Eles constroem complexos barramentos com madeiras para capturar peixes. Estes são defumados e transportados em canoas à sua aldeia.

    A Survival reitera que o Yãkwa é uma parte vital da cultura espiritual dos índios e é crucial para sua dieta alimentar, já que, diferente de quase todos os povos indígenas, os Enawene Nawe não comem carne vermelha.

    Em 2008, os Enawenê Nawê enviaram uma carta às Nações Unidas protestando contra as barragens. “Não queremos as barragens sujando nossa água, matando nossos peixes, invadindo nossas terras”.

    Conforme informações da Survival, os indígenas já montaram bloqueios e invadiram um canteiro de obras de uma das barragens.
    O Diretor da Survival Internacional, Stephen Corry, afirmou que se trata de uma amarga ironia que enquanto o Yãkwa é atualmente reconhecido como ritual integrante à herança cultural brasileira, ele logo poderá deixar de existir. “Todo modo de vida dos Enawenê Nawê está ameaçado”, disse.

    fonte: acritica.uol.com.br

    quarta-feira, 6 de julho de 2011

    Professor da Ufam acusado de crime ambiental é solto

    Ning Labbish Chao passou sete dias na cadeia depois de ser preso tentando embarcar com peixes para os EUA

    Labbish está livre desde a tarde desta segunda (13). Na cadeia, ele jogou dominó com presos (Reprodução de Internet )

    O professor aposentado da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e pesquisador Ning Labbish Chao, 64, foi colocado em liberdade na tarde desta segunda-feira (13), depois de ter pago R$ 5 mil de fiança e ter se comprometido a não sair do Brasil sem a autorização da Justiça Brasileira.

    Labbish, que é chinês naturalizado brasileiro, estava preso na Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no Centro, há sete dias, acusado de crime ambiental. Segundo informações da Polícia Federal, que o prendeu, ele foi flagrado transportando amostras de peixes regionais para o exterior.

    Labbish foi abordado por agentes federais quando, no último dia 7, tentava embarcar no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em um voo internacional com destino a Miami, nos Estados Unidos, levando material genético, sem a autorização dos orgão oficiais, o que configura crime de contrabando.

    O professor aposentado foi autuado pelo delegado federal Márcio Magno Carvalho. O delegado informou que a prisão do pesquisador foi resultado de um trabalho de inteligência feito pela Polícia Federal. Labbish foi flagrado na área de embarque e já havia, inclusive, despachado a bagagem.

    Entre o material do professor a polícia encontrou uma caixa de isopor. Ao ser interrogado qual era o conteúdo da caixa, Labbish disse que estava levando material didático (livros). Os policiais levaram a bagagem do professor aposentado para o o equipamento de scanner, que mostrou o verdadeiro conteúdo da caixa.

    Ao invés de livros, os policiais encontraram uma grande quantidade de peixes, esqueletos e escamas. Alguns estavam em tubos de ensaio e outros envoltos em panos com formol. Segundo o delegado, no momento do flagra o professor reconheceu que estava errado.

    O superintendente da Polícia Federal, Sérgio Fontes, disse que o professor tinha licença para fazer pesquisa, mas não tinha autorização para sair do Brasil levando material genético.

    Do aeroporto, Labbish foi levado para a superintendência da Polícia Federal, na Zona Centro-Oeste, onde foi autuado. Em depoimento, Labbish disse que é chinês naturalizado brasileiro e que por muitos anos foi professor e pesquisador da Ufam e que está aposentado há dois meses.

    Ele disse que estava embarcando para Miami, onde montou um laboratório de pesquisas, e que estava levando amostras de peixes para dar continuidade ao seu trabalho de pesquisa.

    Todo material apreendido foi encaminhado para o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Zona Centro-Sul, para ser analisado e periciado.

    O laudo pericial vai ser juntado ao inquérito instaurado pela polícia para investigar o caso. Até ontem a polícia não tinha informações se havia a participação de outras pessoas no crime, mas mantém as investigações.

    Liberdade após pagar R$ 5 mil
    Nesta segunda (13), Ning Labbish Chao foi colocado em liberdade por meio de um pedido de liberdade provisória impetrado pela advogada Emília Carolina Vieira, acatado pela Justiça Federal. A reportagem tentou falar com a advogada do pesquisador por telefone, mas ela disse que não tinha nada a declarar a respeito da pessoa do cliente dela e apenas informou de sua liberação.

    Os pré-requisito para a liberdade de Labbish estipulado pelo juiz federal foi o pagamento da fiança, no valor de R$ 5 mil, a apresentação e retenção do passaporte dele com a assinatura de um termo de compromisso, por parte dele, em que se compromete a deixar o País somente com a autorização da Justiça.

    Pessoas que conhecem o professor aposentado, e pediram para não terem seus nomes publicados, disseram que ele é autoridade na área de biologia, que sempre se dedicou à pesquisa de peixes da família dos Sciaendade, que é uma espécie com grande valor comercial e pescada em larga escala por causa da carne branca, delicada, saborosa e considerada excelente.

    Destaque
    Nesta segunda-feira (13), o secretário executivo de Secretária de Justiça e de Direitos Humanos (Sejus), coronel da Polícia Militar Bernardo Encarnação, informou que Ning Labbish Chao ficou preso na área de inclusão da Cadeia Pública Vidal Pessoa, e demonstrou tranquilidade enquanto esteve no local. Encarnação disse que Labbish conversava normalmente com outros internos e até jogava dominó com eles. Ele deixou a cadeia por volta das 17h15 desta segunda (13).

    Saiba mais

    Conceituado
    O pesquisador Ning Labbish Chao ficou conhecido nacional e internacionalmente por ser o um dos criadores e coordenador do Projeto Piaba, com a participação da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

    Piaba é um projeto científico interdisciplinar, criado para compreender a pesca dos peixes ornamentais associado ao sistema ecológico e sócio-cultural da bacia do médio rio Negro, no Amazonas, procurando meios de preservar os peixes e, ao mesmo tempo, manter a pescaria de peixes ornamentais e outros recursos renováveis em níveis comerciais e ecologicamente sustentáveis.

    O projeto durou até 2004. Em Barcelos, a 405 quilômetros de Manaus, os piabeiros foram organizados em colônias e uma das conclusões foi que a atividade deles era sustentável. Diversos sub-projetos foram apoiados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e várias organizações não governamentais.


    fonte: Acritica.uol.com.br 
    por JOANA QUEIROZ

    UAIreless – a rede de comunicação sem fio dos mineiros

    Durante escavações no Estado do Rio de Janeiro, arqueólogos descobriram, a 100 metros de profundidade, vestígios de fios de cobre que datavam do ano 1.000 dC. Os cientistas cariocas concluíram que seus antepassados já dispunham de uma rede telefônica naquela época.

    Os paulistas, para não ficarem para trás, escavaram também seu subsolo, encontrando restos de fibras óticas a 200 metros de profundidade. Após minuciosas análises, concluíram que elas tinham 2.000 anos de idade. Os cientistas paulistas concluíram, triunfantes, que seus antepassados já dispunham de uma rede digital a base de fibra ótica quando Jesus nasceu!

    Uma semana depois, em Belo Horizonte, foi anunciado com grande estardalhaço por cientistas mineiros o seguinte estudo:

    “Após escavações arqueológicas no subsolo de Contági, Betim, Barbacen, Jizjifó, Pass-Quatro, Sans Dumon, Pousalegre, Santantoin do Monte, Vargin, Nanuque, Águas Formosas, Moncarmelo, Carnerim, Lagoa Dorada, Sanjão Del Rei, Beraba, Berlândia, Belzonte, Bosta do Raguari, Divinópis, Pará de Mins, Furmiga, Vernador Valadars, Tiófilotoni, Piuí, Carmo do Cajuru, Lagoa Santa, Morro do Ferro, Biraci e diversas outras cidades mineiras, até uma profundidade de 500 metros, não foi encontrado absolutamente NADA”.

    Concluindo então que os antigos mineiros já dispunham há 5.000 anos de uma rede de comunicações sem-fio: “wireless”.

    * Nota dos arqueólogos: por isso se pronuncia UAIRELESS…

    fonte: http://www.materiaincognita.com.br/
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