terça-feira, 7 de outubro de 2008

Essa matéria e pura realidade conheça a fama do jaraqui




O Jaraqui

Como a massa para o italiano e o bacalhau para o portuga, o Jaraqui é o " Prato de resistência " da verdadeira cozinha amazonense. Que me perdoem os refinado e afeitos a sofisticações que enfeitam, mas invariavelmente estragam os pratos nativos, o Jaraqui (Semaprochilodus brama) - êta, palavão bonito !! que já traz consigo a número 1 - não é o maior, nem o mais famoso, tampouco o mais valorizado peixe de nosso rios. É apenas o MELHOR.

De tamanho regular, pesando por volta de 400 g, este verdadeiro maná dos céus garante durante quase todo o ano a comida nas mesas menos abastadas dos amazonenses. Na época de águas mais baixas, quando a pesca nos lagos fica mais fácil, a fartura deste peixe é tamanha, que já vi ser vendido, na Feira da Panair, o cento de Jaraqui por R$ 1,00 (um real).

Come-se o Jaraqui de várias formas, frito, moquecado, assado ou a escabeche; porém o que é bom mesmo é um Jaraqui frito com feijão, arroz branco, farinha seca, cheiro verde, tudo arrematado com um saboroso , perfumado e ardente molho de pimenta murupi. A alternativa do baião de dois também é válida.

Onde comer um bom Jaraqui frito ?

Em Manaus, a exceção dos lesos restaurantes pseudos-refinados (Não caia na besteira de dar uma olhada nas cozinhas), pode-se comer um honesto Jaraqui frito em diversos locais. Esta página estaria incompleta se não gastasse algumas maltraçadas linhas com o Templo do Jaraqui: O GALO CARIJÓ
Restaurante simples, quase um boteco, o GALO CARIJÓ esta situado próximo a área portuária da Manaus, mais precisamente na esquina da Rua dos Andradas com a Rua Pedro Botelho. É local para se entrar de alma aberta e olhos fechado, confiando plenamente apenas nas informações celestiais vinda de um córtex cerebral inundado por informações olfativas inebriantes.

Para terem ídeia da honestidade do pedaço, saibam que durante muitos anos, o proprietário conservou com esmero o diploma letra " D", com que eu e o saudoso Dr. Carlos Durant classificamos, nos primórdios da Sec. Municipal de Saúde de Manaus, a cozinha. É certo que reformas substanciais foram realizadas, e mesmo no auge do cólera o Evandro Melo não fechou o restaurante.

Brincadeiras a parte, se você não se incomoda que alguém a seu lado peça gritando ao Antônio que traga mais uma dose de 61, o GALO CARIJÓ é imperdível, que o diga o Mestre Genival Veloso de França.

PS: Para evitar protestos futuros, de dissidentes do GALO CARIJÓ, recomendamos também a CALÇADA DO ROGÉRIO, off-road situado na Rua José Paranaguá, próximo ao Teatro Chaminé; além do PANELA CHEIA, situado no Conj. Dom Pedro I, e que tem um Jaraqui ovado (não me olhem com recriminações ecológicas)de se comer de joelho, agradecendo aos céus pela graça.

O link esta abaixo não consegui identificar o outor.

http://www.geocities.com/RainForest/4766/jaraqui.htm

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